Amarelo e doce como mel

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Cellbit suspira e se senta na cama, foi um dia longo, estava cansado.
Passou o dia investigando, suas costas doíam e sua cabeça revirava repetidamente com códigos e informações.
Cansado era apelido, estava exausto.
Escutou passos subindo a escada, o tirando de seu transe, e tudo ficou um pouco mais leve quando viu a bandana azul aparecer em sua visão.

— Hola, gatinho.

— Hola, guapito. — Falou rouco e cansado, fazendo Roier levantar o olhar para o encarar.

— ¿Que pasó, Cellbo?

— Só tô cansado e sobrecarregado, muitas informações para digerir de uma vez só.

O mexicano concordou e se aproximou do marido, sentando ao seu lado.

— Tem alguma coisa que eu possa fazer?

— Um chamego seria bom.

Roier parou e pensou, pensou muito. Pensou em fazer café, mas Cellbit provavelmente passou o dia tomando só isso. Pensou em se deitar logo, mas isso seria muito sem emoção. Até que uma ideia passou pela sua cabeça. Música. Cellbit sempre se acalmava com música.

Puxou o celular e colocou a música da playlist dos dois, sabia que Cellbit gostava e se fosse sincero, amava a tradução e o ritmo.

Quando a música começou, o brasileiro se virou para o outro, confuso.
Roier se levantou e ficou de frente para o outro.

— Me concede essa dança, gatinho?

Cellbit ri de leve e logo abre um sorriso bobo.

— Claro, guapito.

Se levantou e foi até o abraço de Roier, sendo recebido pelos braços do outro imediatamente, começaram a se mover lentamente, a dança sendo mais um abraço do que propriamente uma dança. O brasileiro deitou a cabeça no ombro do outro, fechando os olhos, sentindo o corpo relaxar por inteiro enquanto escutava a música e sentia a mão do outro na sua.

"Você é assim, um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você desde o amanhecer, até quando eu me deito
Eu gosto de você, e gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor"

Estavam se movendo tão lentamente que mal se sentia, Roier agora largou sua mão e abraçou sua cintura, fazendo Cellbit se apoiar inteiramente no outro.

— Roier, se a gente não for pra cama agora eu vou dormir em pé. — Falou o brasileiro em uma voz embargada de sono.

Roier ri e separa o abraço um pouco, apenas para ver o rosto do outro, encontrando um Cellbit totalmente sonolento. O mexicano o beija de leve, separando logo em seguida.

— Vamos, mi amor.

Ambos se deitam na cama e Cellbit se abraça em Roier que começa um cafuné leve nos cabelos do outro.
Era tudo tão leve que era amarelo e doce como mel.
Igual um sonho.

— Buenas noches, cariño — Sussurra Roier, e riu anasalado quando não tem resposta, escutando apenas o ronronar baixo do outro contra seu peito.
Roier fecha os olhos, e sente que se isso for um sonho, ele não quer acordar.

Doce como melOnde histórias criam vida. Descubra agora