Capítulo 2

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Bem sobre o mostro, eu fiz parecer que ia bater o carro em uma árvore com enormes espinhos, e acabou que o monstro não desviou e ele virou pó dourado. Chegamos no meu apartamento e deixei eles na sala enquanto eu ia pegar minhas coisas, as quais já estavam prontas já que eu tinha acabado de me mudar para cá e não tive tempo para desfazer as coisas. Agora estávamos a caminho desse acampamento em Long Island.

-Já que eu praticamente estou indo para um acampamento com dois estranhos, sem querer ofender, podem me contar um pouco sobre vocês - digo ainda com os olhos focados na estrada

-Nosso nome você já sabe, eu sou um sátiro e um guardião e acho que vamos nos conhecendo ao longo do caminho - ele diz

-Percy Jackson, mas você já sabe disso, descobri ano passado que eu era um semideus e minha vida virou uma confusão - apenas o encaro já que ele havia se sentado ao meu lado

-Quem é seu parente divino? - pergunto curiosa

-Poseidon - fico um pouco surpresa

-O Deus dos mares, um dos meus favoritos, adoro o oceano, os animais marinhos e tudo que envolve a vida marinha, sempre quis virar bióloga marinha - digo e os dois se entreolham estranhos - imagino que não saibam quem é meu pai ou mãe - os dois negam com a cabeça

-Mesmo que soubéssemos não poderíamos dizer, os deuses ficam bravos quando contamos a seus filhos quem eles são antes deles, mas se você viver com sua mãe então seu parente divido é um Deus, se viver com seu pai então seu parente divino é uma deusa - ele diz e eu paro pra pensar sobe minha vida

-Eu não tenho nem pai e nem mãe - respondo e o clima fica meio estranho

-Desculpa, eu não sabia - Grover diz meio triste

-Tudo bem, não tinha como saber - respondo e os dois ficam quietos mas percebo que estão curiosos - Nunca conheci eles, ou não me lembro, apareci na porta do orfanato com 2 anos, cresci e não queria mais ficar lá, não tinha amigos e ninguém gostava de mim por eu ser...diferente, comecei a trabalhar em alguns lugares e juntei meu próprio dinheiro

-Eu me sentia do mesmo jeito, nunca tive amigos, Grover foi o primeiro, eu sei como é ser diferente, o Tdah, dislexia e a hiperatividade sempre dificultaram minha vida, só piorou quando os poderes começaram a aparecer, mas aí eu fui pro acampamento, no começo foi difícil mas depois eu entendi que ali todos eram iguais - Percy explica e me sinto aliviada

-Quando começaram a aparecer? - pergunto e ele fica confuso - você sabe...seus poderes

-Acho que foi quando eu tinha 16 anos, porque a pergunta? - Percy diz e Grover parece desconfiado

-Apenas uma curiosidade - falo pensativa, não sei se devo contar sobre o que posso fazer

O resto do caminho até Long Island foi bem tranquilo, ficamos conversando a viagem inteira, eles são bem legais, foi bom para nós nos conhecermos, e agora finalmente chegamos, mas eu só via uma grande floresta.

-O acampamento é subindo a colina, vamos antes que anoiteça - fala Grover, que eu descobri ser um sátiro, olhando o por do sol

-Espero que dessa vez não apareça nem um monstro - diz o filho de Poseidon

-Até agora não apareceu - digo confiante em chegar em segurança

-A entrada é logo ali - aponta o sátiro, mas logo ouvimos um rugido

-Acho que falei cedo demais - resmungo

-Entrem logo no acampamento, monstros não podem entrar lá - Grover grita e começamos a correr mas eu tropeço em uma raiz de árvore e acabo caindo

-MEGAN! - escuto o grito de Percy ao mesmo tempo que ouço o rugido bem atrás de mim, me viro e vejo uma...fúria

-Deuses, não é meu dia de sorte - antes que me atacasse eu me levanto, fazendo com que a mão dela fique presa na terra

E assim se inicia uma luta, a Fúria novamente vem atrás de mim, eu não sabia o que fazer, então apenas fico desviando, minhas habilidades de luta não adiantariam muita coisa sem saber como matar ela, até que uma voz sussurra na minha mente "use o colar". Arranco o colar do meu pescoço e ele se transforma em uma espada. Eu já estava ficando cansada, e nem sabia onde estavam Percy e Grover, mas não tinha tempo para pensar, começo a ver uma movimentação vindo do acampamento e a Fúria também, então vejo uma oportunidade perfeita, enfio a espada na barriga dela, que urra de dor e logo eu vejo Percy e alguns outros adolescentes se aproximar.

-Megan, vim o mais rápido que pude, cadê o mostro? - pergunta olhando ao redor

-A Fúria já se foi - digo e ele olha a espada em minha mão - hoje não é meu dia de sorte

-Acho melhor entrarmos, e chame as fúrias de benevolentes, os nomes tem poder - ele fala e eu só dou de ombros concordando

Eu estava extremamente cansada, então apenas deixei Percy me apresentar o acampamento rapidamente, minha parte favorita foi a praia, e agora estávamos a caminho da tal Casa Branca para falar com Quiron e o Senhor D, que descobri ser Dionísio, o Deus do vinho.

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