Capítulo 11

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Paulo narrando

Não lembrar de nada que aconteceu na boate depois que me senti estranho, esta me corroendo por dentro.

Um medo de ter feito coisa errada demais.

Algo dentro de mim me lembra todo momento de que eu deveria me declarar pra Malia, e como se não bastasse, me convenceram a fazer um churrasco em casa com todo mundo, apesar de que eu só iria voltar lá amanhã, na segunda.

Voltando pra casa, uma moça vendendo flores próximo ao supermercado onde parei pra comprar as bebidas. Eu pensei muito em comprar uma flor pra Malia, mas não sei se ela iria gostar de receber algo de mim.

Então só compro as bebidas e vou embora.

Chego em casa e os meninos me ajudam a descer todas as bebidas do uber e guarda - las. Subo, tomo um banho e desço pra ficar no climão da area de pscina mexendo no celular e esperando alguém quebrar o clima horroroso.

Malia narrando

Mais uma tentativa de reaproximação e eu confesso que tenho esperança de que a gente se entenda sabe? Mas acho que o problema é que todo mundo, inclusive eu, não conseguimos esquecer as memorias, pular os três anos e simplesmente seguir.

Algo nos barra.

Paulo chegou e cumprimentou todo mundo com um oi generalizado. Acredito que ele é realmente sonso ao ponto de nem se quer me agradecer por ter trago ele pra casa.

O clima na pscina ta terrível.

Léo e Lucas conversam entre si. Sara parece uma barata tonta que não sabe se olha pro Hugo ou pro Paulo que ambos estão focafos no celular e nos copos de bebida. Todos parecem em negação com a vida. Ate mesmo o Fael que a gente sempre vê com as piadinhas sem graça, esta quieto hoje.

Thamy e Yago estão próximos, mas não parece nada demais. Eu não sei ate quando eles vão fingir que não querem ter algo um com outro.

Acho que só eu não tenho solução, e são tantos problemas. Minha mãe, estudo puxado, falta de dinheiro, ter que lidar com o fato do Paulo mal falar comigo...

Se eu não me conhecesse, diria que tanta reflexão de novo não é culpa dos três copos de vodka que viro enquanto penso e observo todos a minha volta.

- Ei, calma Malia. Bebendo desse jeito logo vai ta apagada ou nem vai conseguir curtir o domingo. - Disse a Helena.
- Curtir o que? Todo mundo ta se evitando ao invés de tentar aproximação... Eu to cansada desse teateo de quem ta melhor wue quem quando todo mundo ta pessimo. - Respondi bebendo mais um pouco ao terminar de falar.
- Garota, de tu não fizesse pscicologia seria até estranho. - Clara comenta e ri.

Helena olhou todos, terminou de beber a cerveja que estava bebendo e se levantou gritando..

- PESSOAL VAMOS CONVERSAR OU É MELHOR JOGAR UM EU NUNCA PARA SE DISTRAIR?
- Cara, ninguem ta no clima de brincar... - Sara negou jogar pela primeira vez na vida.
- Quer saber, vamos brincar de eu nunca... - Disse o Paulo com uma cara de apreensivo.

Tivemos uma discussão de quase vinte minutos, ate que decidimos realmente jogar e que quem sabe as confissões nos levariam pra algum lugar diferente do clima terrivel?

Lucas narrando

Era pra ser um domingo animado, mas as lembranças da época em que conseguiamos ser felizes juntos não para de passar na minha cabeça e parece que todo mundo está na mesma vibe de pensamentos.

Quando mais novos, Helena, Nathy e Paulo resolviam tudo com jogos. Parece que isso pelo ou menos ainda não mudou.

Agora somos adultos, e eu temo por essas brincadeiras.

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