Capítulo Único

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Cansaço. Essa era a palavra que definia a situação atual de Geto Suguru.

Era uma noite de domingo. Mais precisamente, 8:00 PM.

Seus braços se levantam e estalam, fazendo o som ressoar pelo apartamento praticamente vazio. Seus olhos vasculham cada espaço por aquele local, observando lentamente os móveis e se tudo estava no local.

Odiava ser perfeccionista assim. Agradecia diariamente por seu perfeccionismo ter sido refletido em seu marido, Gojo Satoru.

Estavam junto a quantos anos? 20 anos? Já havia perdido a conta. Se conheceram quando ambos tinham apenas 15 anos, no primeiro ano do médio. Suguru achava Satoru extremamente irritante e convencido. Todavia, ele tinha motivo para ser assim; era bom em tudo que fazia.

Aquilo irritava Suguru profundamente.

Em algum momento, eles se esbarraram e interagiram pela primeira vez. Naquele momento, Suguru percebeu que Satoru não era tão irritante assim. Sua alegria era contagiante; seu sorriso acolhedor fazia o coração de Suguru se encher de alegria, mesmo que não quisesse admitir.

Então, quando menos percebeu, estava apaixonado. Claro, parece uma história bem clichê, mas o que poderia fazer? Como não se apaixonar por Gojo Satoru? Era algo impossível para si.

E para Satoru não foi diferente. Porém, diferente de Suguru, que escondeu o sentimento para não estragar a amizade, contou imediatamente o que sentia, sem medo algum.

Assim, com um sorriso no rosto, Suguru aceitou namorar com Satoru. E hoje, após 5 anos de namoro, estavam casados a 20 anos, com ambos estando com 40.

Um rubor aparece nas bochechas de Suguru e ele solta uma breve risada ao relembrar da maneira inusitada que ele e Satoru começaram o relacionamento. Bem, não era como se estivesse arrependido de alguma coisa.

Ele anda rapidamente pela casa, vai até o banheiro e adentra o cômodo.

Dito isso, ele começa a se despir rapidamente, estando ciente de que precisava de um banho urgentemente. Suguru, após se despir, entra no box e o fecha logo depois. Ele respira fundo e liga o chuveiro, dando um suspiro de satisfação ao sentir a água tocando seu corpo.

Ele pega o sabão líquido e coloca em sua mão, ele o passa por toda a extensão do seu corpo e se coloca debaixo do chuveiro novamente. As bolhas que se formaram desciam pelo seu corpo, chegando até o chão do box e indo diretamente embora. Com muita calma, estende o seu braço para pegar um shampoo, o abrindo e colocando em sua mão livre.

Ele o direciona para os seus fios morenos e esfrega o couro cabeludo, sentindo um alívio em sua alma. Céus, ele adorava chegar em casa e tomar um banho quente. Sentia como se sua alma tivesse sido libertada de algum peso acumulado do dia cheio de trabalho.

Alguns longos minutos passam e Suguru termina o seu banho.

Com uma toalha em seu cabelo e uma na cintura, ele se direciona para o quarto dele e de Satoru, que, provavelmente, estava dormindo. Por algum motivo desconhecido, Satoru ganhou 2 dias de folga e resolveu vagabundear o dia inteiro em casa.

Bem, desde que não bagunçasse tudo, estava ótimo para Suguru.

Abrindo a porta, ele direciona o seu olhar para a cama e solta um suspiro decepcionado ao ver Satoru deitado na cama, mexendo no seu celular...

Sem roupas.

Ao perceber a presença do marido, o sorriso de Satoru se abre por completo.

– Bem vindo de volta, Sugu!

Um pequeno sorriso aparece no rosto de Suguru.

– Obrigado, Satoru.

Dito isso, Suguru fecha a porta e vai até o guarda-roupas, abrindo a porta da sua parte do móvel.

Satoru observava cada movimento mínimo do seu marido, o observando com cautela e carinho no coração. Por um instante, deixa o celular de lado e apenas apoia o queixo em sua mão, que estava sobre o colchão da cama.

Não era como se Satoru estivesse fazendo algo para esconder sua admiração pelo corpo de Suguru, o que faz com que ele solte uma breve risada sincera enquanto escolhia uma roupa.

– Vai continuar me encarando, Satoru?

– Com toda certeza. – Dá um sorriso de lado. – Adoro observar o seu corpo, Sugu.

Outra breve risada é ouvida de Suguru. Ele gira os calcanhares e olha para o marido, deixando a roupa de lado. Leva suas mãos até a toalha em sua cintura e a tira, fazendo-a cair no chão de forma repentina.

– Fico feliz em ouvir isso – dá um sorriso bobo.

O coração de Satoru dá uma breve palpitada. Ele se arruma adequadamente na cama e dá dois tapas leves ao seu lado.

– Deita aqui.

– Fazer o que? – Tomba a cabeça de lado, cruzando os braços.

Uma risada curta sai dos lábios de Satoru.

– O que mais poderia ser? Ficar abraçado comigo.

Um rubor leve aparece nas bochechas de Suguru. Sem exitar, ele vai na direção da cama e senta-se rapidamente, logo sendo agarrado por Satoru e caindo na cama. Uma risada alta sai dos lábios de Satoru.

– Me solta, Satoru!

– Nunca!

Satoru aperta mais Suguru e começa a lhe dar beijos na nuca. A toalha no cabelo de Suguru se solta e seus cabelos se esparramam pelo travesseiro.

– Vai molhar o travesseiro! – Repreende Satoru, mas dando algumas breves risadas.

– Não ligo!

Satoru vira Suguru para si e fica cara a cara com ele, lhe dando diversos beijos pelo rosto, como na bochecha, nariz, testa e, principalmente, boca. Um rubor aparece no rosto de Suguru e ele desvia o olhar, envergonhado.

– Tá, tá. Você venceu.

Um sorriso maior aparece no rosto de Satoru. Com a maior felicidade do mundo, abraça mais o marido e coloca o rosto em seu ombro, colando seus corpos.

Satoru adorava momentos assim. Ele sentia toda a felicidade do mundo quando ficava abraçado com Suguru, sentindo todo o calor do seu corpo no dele.

Para muitos, ficar assim, sem fazer nada sexual, era completamente impossível.

Mas para Satoru e Suguru, era totalmente natural. O relacionamento deles não precisava de nada além disso.

Ali, naquele instante, era apenas ele e Geto Suguru, o amor da sua vida.

Apenas você e eu (SatoSugu)Onde histórias criam vida. Descubra agora