As pálpebras de Will estavam fechadas, seus outros sentidos focando-se nos ruídos exteriores. Sentia o vento arrastar-se sobre sua pele. O suave bater das ondas do oceano cubano sobre a areia, um silêncio em meio aquele tempestuoso canto da natureza, era quase divino. Em suma, é compressível as demasiadas religiões que idealizam as criações naturais. Ele com a mente desprovida de pensamentos, era suave, e calmo, tão ameno que era quase possível escutar sua própria respiração. Aproveitar esse instante como um agrado do finito a sua mera existência. Moveu seus pés descalços na areia, e pressionou seus dedos contra ela, como uma forma de conectar-se à materialidade presente. E assim, inspirou e expirou longamente.
Enquanto o perfilador estava em sua plena associação, Hannibal o enamorou de longe, seu amado parecia tão próximo, no entanto, tão distante. Essa breve ilusão o recordou dos momentos em que ele e Will estavam sendo separados por uma parede de vidro, podendo assim apenas ânsia-lo pelos olhos. Sem toque, limitado somente a admiração.
E nesse átimo Will estava tão imerso em si, mais ao mesmo tempo imerso fora de si, sua beleza completando-se com a vastidão do mar. Tão leigo ao seu redor, que não percebeu a aproximação lenta mais fraternal do abraço caloroso de Lecter as suas costas. Mãos quentes e gentis tocaram sua cintura, e um deslizar suave de lábios tão conhecidos a sua nuca, formaram-se em um cumprimento de amor.
Com ciência de tal informação física, esbanjou um sorriso bobo nos lábios, e assim abriu os olhos. E permitiu-se envolver no toque de seu amado.
— Está lindamente semelhante a uma ninfa próximo do mar, meilė. O mais velho pronuncia-se, e logo, encosta sua face nos cachos de seu amante e inala seu cheiro amorosamente. Era uma doce mania, como o gesto impulsivo de cheirar uma rosa.
Com tal afirmação o cacheado sorrir divertido, e enlaça os dedos em sua cintura com os seus e diz:
— O oceano está te inspirando, Hannibal?
Desse modo, Hannibal finaliza o abraço e seu querido fica diante de si, e assim, estende sua mão para acariciar o rosto de seu amado, arrastando com o polegar lentamente na bochecha alheia. Trocou olhares de ternura e por conseguinte, responde:
— Estar com você, querido, sempre me inspira. Ele diz isso enquanto sela seus lábios rapidamente. E continua a falar. — Encantador. Desse modo o beijou novamente, dessa vez pressionando mais sua boca contra a do cacheado, este que o recompensou com um suspiro de deleite. E por fim, disse próximo de sua boca, em sussurro. — E sensualmente intrigante.
Assim, inconscientemente, o cacheado expôs um sorriso espontâneo que aquece o peito de Lecter substancialmente, como as consequências de ambrosia. Ah, como sentiu-se tentado a beijá-lo como se não houvesse o amanhã.
Contudo, as oportunidades de avançar em lentidão sobre seu amor, ele faria, sem pressa para adorar seu objeto de desejo. Posto isso, fechou os olhos e seu querido fez o mesmo, como um reflexo desprovido de consciência, prosseguiu com um ósculo lento, uma intimidade quase ingenuamente delicada.
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Amor quid est? Voluptas mentis
FanfictionDo latim, significa " O que é o amor? O prazer da mente." Essa história é headcanon, serve como consolo aos fannibais sofredores, essa obra é um consolo. Espero que aproveite! "Seu querido sabia do quão absorvido ele estava em cada gesto seu, e dess...