fofoquinhas.

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                                   ACRE:

      Capixaba, minha melhor amiga, me contava mais uma vez que faria de tudo pra ter um romancezinho fofo com alguém, mas que tinha dificuldades até mesmo em conversar com alguma pessoa sem travar de vergonha.

– Por que você não deixa isso de relacionamento pra depois? você pode muito bem continuar cuidando das coisas que você gosta, miuda. — tomei mais um gole de guaraná, ja que eu e ela não eramos muito chegados a bebidas alcoólicas, então sempre tiravamos um tempinho pra tomar algo gelado.

– Mas é tão bonito ver as pessoas com seus companheiros, sempre juntinhos e continuando a fazer coisas que gostam.. — fez bico, parecendo meio decepcionada em não ter aquilo.

– Bom.. pelo menos.. — cocei a nuca, meio sem ideias do que dizer. — se relacionar deve dar em vários problemas também, e se você encontrar alguém vai ter que tomar cuidado pra não ser aquele tipo de pessoa que só te usa por um dia pra já ir pro próximo!

– Humhum, quero isso não, prometo tomar cuidado! enfim, acho que ja vou indo, tenho que me encontrar com os outros estados da minha região, eles falam que eu não posso ficar perdida por ai.

– Por que não dorme aqui e vai amanhã?

– Eles querem ficar sempre de olho
em mim, são ciumentos, que nem irmãos mais velhos!

– Então eu vou te deixar, é bem mais seguro, assim nenhum homem do saco preto te confunde com uma criancinha e te leva. — dei uma corridinha na frente dela porque ja esperava pelos tapinhas que a pequena me daria por fazer piadinha com sua altura.

– Eii! — tentou me acompanhar, não demorando muito pra seguir os mesmos passos que o meu. — tem mais alguma fofoquinha hem?

– Iih garota, ta parecendo aquelas vizinhas que ficam no portão querendo saber da vida de todos. Mas não, achoo que não.

– Ficou sabendo da tretinha que teve entre o potiguar e o barbudo lá? éé, podem até ser melhores amigos, mas aqueles dois faltam arrancar o cabelo um do outro.

– E por qual motivo foi dessa vez?

– Potiguar ia dando em cima do "namoradinho" do Rio Grande do Sul, ninguém sabe se o Norte sabia que os dois estavam juntos ou não já que eles se aproximaram a esses tempinhos, mas você sabe como o Norte é né. 

– Acho que todo mundo deve saber, aquele Norte é um safado viu. — encarou a garota. — Espero que você nunca dê nem um chance pra ele!

– Repreendido, aposto que eu sofreria muito.

  Ri da garota e fiquei caminhando mais um bocado com ela até encontrar os outros estados que estavam a espera da Capixaba, conversei um pouco com cada um e me despedi de todos, já voltando direto pra casa.
  Acabei ficando bastante pensativo sobre a fofoca da garota, sei que Norte é o tipo de cara que não segura as calças no lugar, mas não acho que ele tentaria pegar o caro do melhor amigo.

– Diacho homi, tá fazendo o que andando sozinho a essa hora? — falou Pará enquanto passava com a caminhonete dele, onde no banco ao lado estava Amazonas.

– Ram, fui deixar a capixaba ali com os outros, me dá uma caroninha ai!

– Sobe ai, menino, que a gente te leva até teu portão. — apontou pra trás.

– agora eu vi, tão bem com medo de verem um dinossauro né. — balancei a cabeça julgando e pulei pra dentro da parte traseira da caminhonete.

– vai saber se eu não sou engolida por um..

Alguns minutinhos depois eu finalmente tinha chegado em casa, deixado no portão assim como eles haviam falado, mas só não reclamei porque já tinham me poupado de andar muito.

– esses bicho são besta, viu.

Caminhei até a minha casa, morava sozinho e não recebia visitas frequentes pelo medo que eles tinham de acabar aparecendo algum animal pré-histórico. Acendi as luzes e decidi ficar deitado na rede que ficava na área, me balançando enquanto observava meu macaquinho chamado nery, companheiro que vivia comendo frutas, era até barrigudinho.

[...]

  Acordei de repente com Nery tentando comer meu cabelo, acabei por fechar meus olhos com força pela luz que estava no momento, o que fez a ficha cair de que eu acabei dormindo do lado de fora.

– Vixi maria, ainda bem que não acordei morto... — levantei e tirei minhas chinelas antes de entrar pra dentro de casa, peguei uma toalha e sai pra fora outra vez, indo em direção à um pequeno igarapé não muito distante, preferia tomar meu banho lá pela água ser bem geladinha, ignorando o grande risco de cobras aparecerem. Entrava ja sem roupa e apenas relaxava escutando os pássaros cantarem, muitas das vezes assobiando igual as suas cantorias.

– Melhor eu ir, nem minha comida eu preparei ainda e ja to varado de fome.

Me troquei e voltei pra casa, decidi preparar uma baixaria como café da manhã com nada mais nada menos com o acompanhamento do querido café. Sempre que eu preparava separava um quantidade em um pote pra ararinha levar pra Amazonas, a bichinha sempre ficava esperando do ladinho de fora, por sorte baixaria era uma comida que não pesava nada, então não tinha problema o animalzinho carregar até a AM que esperava no portão.

– VÊ SE PEDE PRA ELA DEVOLVER MEUS POTE!! — falei em um tom alto, esquecendo completamente que a arara não era nenhum papagaio tagarela.  — Se ela devolver só pote de manteiga ela vai ver só.

Entrei pra dentro de casa pra comer em paz, mas ja com o macaquinho se atrepando do meu lado enquanto procurava algo pra comer.

– Meu caba eu já não te dei comida agorinha? – fiquei encarando ele por um segundo enquanto o bichinho mostrava a língua lentamente. — Oohh, pode colocar esse língua pra dentro de novo, se não ja sabe com o que vai ficar sem.

O bichinho finalmente desistiu de conseguir algo comigo e foi assaltar alguma coisa das plantações, o que ja era comum dele fazer.

– Égua que hoje ta é quente.. ue... quem são aqueles ali entrando aqui hem? — fechei um pouco os olhos pra tentar focar nas pessoas 2 pessoas entrando.

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autora:
Olaaa, peço desculpas por estar curto e se tiver algum erro ortográfico peço desculpas por isso também! Faz tempo que não escrevo.
Enfim, esse cap foi mais voltado a vida cotidiana do Acre, então não se preocupem que logo vai ter coisinhas do ac e rn.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2023 ⏰

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