Encolhi-me num canto, comecei a cortar aleatoriamente um pedaço de madeira com uma faca com cabo de prata, talhei um toten pequeno, havia uma garota e um garoto.
- Aslan! Aslan!- Sai da barraca correndo- Olha isso.
- Um toten.
Disse Edmund.
- Não olhem!
Mostrei as espadas, o arco da Susan, as flechas e um punhal. Era um dia frio, Ed trouxe um casaco e colocou sobre mim, sorri.
- Obrigada.
- Tudo bem. Está muito cansada?
Balancei a cabeça, ele me puxou para perto dele, coloquei a cabeça no ombro dele. Todos se reunimos numa barraca vermelha com detalhes dourados, todos estávamos conversando.
- Agora vão descansar, amanhã o dia será longo.
Estava tão cansada que nem troquei de roupa. Na manhã seguinte acordei, estava com minha camisola.
- Edmund.
Ele entrou.
- Oi, bom dia.
- Bom dia.
Trocamos olhares, ele me beijou, retribui. Sorrimos e nos beijamos novamente. Fui se lavar.
- Anne!
- Peter.
- Você e meu...
Eu o interrompi
- Não, não estamos namorando.
Fui parada de novo.
- Ed.
- Eu te amo.
- Ed...
Ele me interrompeu
- Anne por favor espere.
-O que quer?
- Quer namorar comigo?
- O quê?- Se beijamos- eu te amo.
- Eu também te amo.
Se abraçamos, e depois se entreolhamos. Entramos, para procurar por Aslan e Lucy.
- Oi Aslan.
- Aslan.
- Meninos.
- Edmund?
- O quê?
- Hã?
- Sim estamos namorando.
- Aleluia! Opa!
Sorrimos, olhamos para nossas mãos. Ambos sabiam que toda vez que se aproximam algo ruim acontece, porém não desta vez não deixaram isso mandar nos sentimentos deles.
- Anne.
- Fala Ed.
- Acha que, se nossos pais soubessem, ficariam bravos?
- Não sei, mas a tradição da minha família depõe contra isso.
- Como?
- Na minha família temos a tradição de que toda garota deve manter distância de garotos até se casar e só podem fazer trabalhos de casa. Por isso normalmente estudamos em internatos só para garotas, bom só se estudarmos. Porém para os garotos já é diferente mas não tanto todos só podem trabalhar no exército. Todos os casamentos são arranjados.
