𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐_𝟎𝟑

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Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.

🔷𝐋𝐮𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐚🔷

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🔷𝐋𝐮𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐚🔷

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— I-Isso é verdade? — Wooyoung gaguejou, e era impossível não fazer isso naquele momento, estava de frente para o lobo que ninguém tirava da boca e que era um monstro para todos.

— Sim. — San falou, tentando esconder a voz magoada, pois se lembrou de tudo o que aconteceu antes de chegar a esse momento.

San não se importou em falar aquilo tão rapidamente, não tinha o porquê de esconder e Wooyoung poderia ir embora logo, o deixando sozinho novamente. Ele não iria se importar e era até o que queria.

Mas isso não aconteceu.

— Eu sinto tanto, San...

— Não sinta. — respondeu ríspido e virou a cabeça para o outro lado da sala, voltando a se reencostar no sofá. — Não está com medo? Não vai fugir?

— Eu quase acabei de passar pelo que você passou e você acha mesmo que eu irei? Não tenho para onde ir e se eu voltar para lá poderei morrer, eles estão piores do que antes. — Wooyoung disse, um pouco magoado.

— Me desculpa.

— Não precisa se desculpar. — Wooyoung se levantou e veio em direção a San, que se remexeu desconfortável pela aproximação do menor. — Eu que devo me desculpar por invadir seu espaço e por todas as pessoas que te fizeram sofrer.

O de cabelos loiros se ajoelhou e abraçou San, o mesmo retraiu seus músculos e depois de um tempo devolveu o abraço, se sentiu estranho, nunca mais havia recebido um abraço em sua triste vida.

— Estamos juntos nessa, San. — apertou mais o abraço. — Você não está mais sozinho.

Quando ouviu aquela fala, Choi sentiu seu coração disparar e uma lágrima involuntária desceu por seu rosto, ele realmente sentiu que não estava mais sozinho naquilo mesmo não conhecendo o loiro direito.

''''

Os dois estavam na cozinha, San menos emotivo e com o rosto sério de novo e Wooyoung com um sorriso costumeiro nos lábios, não ligou mais para o machucado que estava no braço e ainda ardia pela profundidade.

Jung estava fazendo ovos com bacon e a cozinha inteira estava cheirando bem. A cozinha era bem simples e tinha uma cor verde água monótona, por ter ido se desgastando com o tempo e não ter sido pintada novamente. A luz fraca de algumas velas iluminavam o cômodo, deixando Wooyoung enxergar melhor o que estava fazendo. O maior olhava tudo e percebeu o talento do garoto que cozinhava.

— Você gosta de morar aqui, Sannie? — Wooyoung perguntou, batendo levemente mais um ovo na borda do fogão e o abrindo para deixá-lo cair dentro da frigideira.

— Eu consegui me acostumar.

— Mora aqui há quanto tempo? — perguntou novamente enquanto pegava mais uma pitada de sal e espalhou por todo ovo.

— Dez anos, e é o tempo que estou amaldiçoado. — San abaixou a cabeça.

— Meu deus, quanto tempo... — seu semblante era triste. — Como se alimentou por todos esses anos?

— Eu ia até a cidade vizinha e voltava com suprimentos suficientes, lá ninguém me conhece e eu também tenho um pouco de dinheiro reserva. — puxou uma cadeira meio velha e se sentou. — E você, Wooyoung? Me diga sobre você, não quero falar só de mim.

— Bom, eu... — Wooyoung virou o ovo com uma espátula. — Eu morava com a minha mãe e meu pai na vila, ela tem um pub em que eu também ajudava e foi lá que falei o que não devia.

— Você falou o que você é, não tem como esconder. — San tentou passar conforto para o que estava de costas, ainda cozinhando. — Tem irmãos?

— Sim, só um, mas ele mora fora. — Wooyoung levou o ovo já frito para um prato, onde já continha um. — Talvez ele fique com pena do que aconteceu comigo ou me odeie como os outros.

— Ele não vai te odiar.

— Como tem tanta certeza? — Wooyoung se virou para ele.

— Ele é seu irmão, Wooyoung.

— Minha mãe também é minha mãe e me odeia. — Wooyoung se virou, para disfarçar uma lágrima que caiu, e voltou a cozinhar, colocando dessa vez duas fatias de bacon. Disfarçadamente limpou a lágrima.

— Desculpa por iniciar esse assunto. — San brincou com os dedos. — Pelo menos estamos nos apoiando um no outro.

— É verdade. — finalizando tudo, levou à mesa o prato com o que acabara de fritar, sentou-se e dividiu a comida para os dois.

— Obrigado pela refeição, Wooyoung, faz anos que não como a comida de alguém. — sorriu mínimo e agora Wooyoung pôde ver melhor os detalhes da máscara, era preta com alguns riscos pelo desgaste, devia ter sido feita há muito tempo e, como falado antes, cobria apenas um lado do rosto e a metade dele.

— De nada, San.  — sorriu. — Falando de você novamente, poderia me dizer a verdade?

— Como assim? Verdade do que?

— Na vila as pessoas criaram boatos de você, e é de se esperar que não sejam dos bons. — levou uma garfada até a boca. — Eu nunca gostei do que eles falam.

— O que eles falam? — San fez o mesmo que Wooyoung e seu corpo tencionou pensando o pior.

— Que você é um monstro, que vira um lobo do mau e em toda lua cheia vai para cidade atacar quem ficar nas ruas, eles falam isso para pôr medo nas crianças e essa é a versão mais leve. — olhou triste para o maior. — Me desculpe falar tudo isso, e não fique mal, você não é nada disso.

— Em uma parte eles estão certos. — San deixou o garfo no prato e fechou o punho.

— Estão? Em qual, San? — o semblante de Wooyoung mostrava preocupação.

— Que eu sou um lobo e que me transformo na lua cheia.

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My Wolf_WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora