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— não!- digo rindo

— não? Impossível!- rimos

Já estávamos no restaurante, pedimos petiscos doces e salgados, nada demais, apenas para conversar bem, estavamos tomando vinho e comento pequenas trufas de diversos sabores, comentávamos sobre eu nunca ter tido uma cárie na vida

— não, minha mãe cuidou dos meus dentes muito bem- rimos novamente

— meu Deus, eu estou na frente de uma pessoa que nunca teve uma cárie- rimos e eu beberico o vinho— você é divertida, deveriamos sair mais vezes- ele sorri

— você é divertido também- sorrio

— amanhã quero sair com você, para um evento da Bonten- arqueio a sombrancelha

— Bonten?- coloco uma trufa na boca

— nunca ouviu falar? É uma gangue, a minha gangue, compramos a faculdade por que o dono era um dos nossos comerciantes- levanto as sombrancelhas

— uma gangue? E vocês fazem oque? Roubam motos na avenida?- ironizo fazendo movimentos circulares na mesa de madeira com as unhas longas e vermelhas

— nós matamos algumas pessoas, roubamos marcas caras como gucci, Chanel, entre outras, também ajudamos na comercialização de drogas e armas, mas ressalto matar pessoas, matamos muito, tenho que lavar o terno quase todo dia- sorrio de lado

— eu gosto de caras com ganguezinhas- digo com a voz aveludada ironizando, ele aproxima levemente o tronco de mim

— eu gosto de garotas atrevidas- ele repete o meu ato me fazendo rir

— atrevida? Me ofendeu, Sano- coloco a mão no peito em forma de indignação irônica

— não foi a minha intenção, gata, mas você chamou a minha gangue de ganguezinha, eu que me ofendi- rimos

Olho para a janela do restaurante vendo que estava ficando escuro, pego o meu celular discretamente por baixo da mesa e vejo que já eram 17:20, desligo o celular e o olho

— quer ir para casa já?- ele pergunta colocando um Quiche de queijo na boca

— por favor- sorrio para ele

Em minutos vamos ao carro, assim que ele fecha a porta e me olha o olho de volta

— quer... sei lá, fazer alguma coisa antes de ir para casa?- rio com o seu comentário bem querotecomermasnaoseipedir

— oque você quer fazer?- decido jogar o seu jogo de inocência

— ah, sei lá, quer ir para um motel? A gente pode ficar na jacuzzi ou na sauna depois te levo embora- levanto as sombrancelhas contendo a risada

— ah, claro, pode ser- dou um pequeno sorriso

Ele sorri parecendo que ganhou um prêmio e então liga o carro dando partida, fico a viagem toda pensando em como conseguiria chegar em casa a tempo, tomar outro banho e escolher outra roupa para sair com Hanma, encosto a cabeça na janela esperando o caminho, em minutos chegamos em um motel, era grande e pintado de vermelho e preto, logo já estávamos no quarto, Sano pediu a suíte mais cara, confesso que gostei. Passamos horas juntos, na jacuzzi, chuveiro, varanda e qualquer lugar que conseguíamos, agora eu esperava ele abrir a porta do carro para mim para me levar em casa. Saio do carro quando ele abre a porta para mim, minhas pernas ainda tremiam um pouco e eu as sentia fracas, seguro em seu braço direito e ele fecha a porta do carro

— te vejo amanhã na faculdade?- ele me acompanha até a porta

— talvez, tô pensando seriamente em faltar- dou de ombros

Kill me, Sano Or MollyOnde histórias criam vida. Descubra agora