06

88 17 3
                                    

  O som do silêncio se fazia presente, já estávamos, mais de três horas esperando na sala de espera, no início só se ouviam o choro da família de Vargas ao ter o comunicado do médico que ele não havia resistido, minha mãe estava abalada muito abalada com a notícia o vargas já chegou ao hospital sem vida isso fez minha mãe ficar sem chão, Manuela já havia sido transferida para o quarto o médico disse que oque a salvo foi ela esta na cadeirinha no momento e a Sarah ter se jogado em cima dela oque fez com que nenhum caco de vidro pegasse nela.
   Sarah uma das balas acertou de raspão em seu braço no momento em que vargas bateu e perdeu a direção pela batida, o carro virou, o vidro respingou todo no corpo de Sarah e o corte, mas profundo, foi na cocha dela aonde ela levou bastante ponto, estava com ponto na cabeça também 
  lembro que assim que chegamos ser informadas que ela havia perdido muito sangue o medo de perder ela foi muito grande, dona Fátima passou mal na hora de doar, foi uma confusão, pois minha mãe a acompanhou e acabou doando minha tia Alice, Arthur não sei como funciona acho que o doutor Douglas só deixou pelo desespero que estavam todos agora depois de nove horas estávamos aqui ainda na sala não podíamos entrar para ver Manuela, pois já estava tarde somente Dona Fátima e Gilberto entraram entrei com minha mãe assim que amanheceu meu coração apertou ao ver a pequena logo depois foi a vez se vermos Sarah primeiro Fátima e Gil minha mãe iria entra comigo porem preferiu ir ao enterro de Vargas juntamente de meu pai minha tia foi para casa e levou Carla e aqui estou eu entrando acompanhada de Arthur 
    Sarah está cheia de fio, sinto um grande aperto em meu peito, minha vista embaça, novamente vejo Arthur se aproximar dela enquanto o mesmo chorava ele fica por um tempo e sai sem direcionar a palavra a mim, com isso continuo intacta ela esta pálida só ouço minha respiração falhando e o som do batimento cardíaco dela é visível os machucados no rosto bem perto do olho da boca a testa com curativo os braços
  sinto minha respiração falha, o ar não se faz presente em mim novamente, aquele aperto no peito, ponho a mão em meu coração tentando puxar o ar, sinto meu corpo tremer, meu coração acelera a lembrança da notícia que ela estava aqui, da madrugada, do medo de perde ele se ela não se aproximasse de mim ela não estaria aqui não estaria assim a Manu estaria bem e o Vargas estaria vivo 

• Juliette - ouço dona Fátima e logo sinto suas mãos em minha cintura- senta aqui 

a mesma me ajuda a senta eu sinto as lágrimas descerem não conseguia me controlar era para eu esta ajudando ela não ao contrário ela é a mãe ela tinha que esta com raiva de mim... paro de pensar no momento que sinto ela me abraça retribuo no mesmo instante e o choro sai ela chora junto comigo me levanto e ficamos assim por uns instantes

• Desculpa, por favor me desculpa, se ela não fosse minha amiga ela não estaria aqui assim, agora ela estaria bem se eu não a convidasse para ir em minha casa elas estariam bem, me perdoa -digo e sinto ela me apertar em seus braços ela não diz nada apenas continua me abraçando por uns instantes eu moro nesse abraço

• Não tem oque te perdoar, isso não é culpa sua Juliette isso não tem nada a ver com você, culpa tem aqueles homens -diz mencionando os assaltantes- Entendeu não se culpa por isso, infelizmente o seu motorista não sobreviveu, mas aqueles homens vão pagar e outra minha neta está bem minha filha vai ficar também entendeu

 confirmo com a cabeça e encaro Sarah, dona Fátima faz o mesmo, pega minha mão e se aproxima de sua filha 

• eu iria dizer que não queria atrapalhar, porém, foi bom eu ter vindo aqui, mas os amigos de Sarah estão aqui e querem ver ela, o doutor liberou eles verem ela rápido -abaixo a cabeça e concordo- e outra você precisa ir para casa, já passou a madrugada aqui 

• Não eu quero ficar

• Juliette não é assim, você precisa descansar 

• Por favor, não me faça ir embora, eu não quero -dona Fátima me abraça

• Vamos fazer assim então pequena quando sua mãe volta vá em casa, toma um banho e volta 

• eu posso tomar aqui pedir para ela trazer roupa para mim -dona Fátima me encara surpresa- o Douglas é amigo da família e ele liberou se a senhora não se opor claro 

• Tem certeza Juliette você tem sua vida, a Sarah vai ficar bem -diz segurando minhas mãos

• tenho -afirmo 

• também não vou ser contra, mas vamos la para as meninas entrarem 


A troca Onde histórias criam vida. Descubra agora