Ancions : A Civilização Perdida

Capítulo 3.

Passaram-se dois períodos noturnos desde a fuga de Coral da civilização. Quando as estrelas visíveis no céu se afastam e voltam como o Sol de nosso mundo. Com isso, foi deixada uma carta para trás sobre a maçaneta da porta de Ivanov, a qual dizia: "—Mãe, irmão, perdoe-me pela minha ignorância e ousadia de fugir tão covardemente... Eu não suporto mais a falta do papai.—"

O mesmo jovem garoto agora chorava em uma caverna de pedra da lua. Abraçado aos seus joelhos, suas lágrimas escorriam pelo rosto claro, aventurando-se pelo meu casaco.

"Mas eu não aguento mais isso... Eu não sou forte..!"

Dito isso, de repente, um ocorrido sobrenatural aconteceu. Um semblante de uma esfera brilhante como uma estrela cristalina pairava sobre Coral no meio da caverna. Era como algo celestial. De lá foi possível ouvir uma voz familiar, a voz de seu pai. Schaeffer.

"Coral, meu filho, o que aconteceu? Por que fugiu da sua própria nação? Onde está Opal?"

Coral se surpreendeu com a aparição misteriosa e repentina de seu pai. As lendas que ele ouviu durante sua vida até aqui são reais. O que o deixou mais confuso era como ele ouvia a voz de seu próprio pai tão claramente que era como estar em casa de volta.

"Pai?..."

Sua voz era impedida pelas lágrimas cheias de arrependimentos e desorientação. A figura reluzente da esfera revelou a figura do mais velho ancião da família. Schaeffer, em sua frente, se abaixou à altura de seus olhos e enxugou as lágrimas de sua criança. Foi incrivelmente reconfortante para Coral rever a sua figura paterna. Coral não queria que isso acabasse. Schaeffer respondia à cada chamado no momento.

"O que houve? Você estar bem?"

Enquanto a figura de Schaeffer confortava o Iniman perdido, Coral notou um detalhe importante. Suas púpilas. Eram brancas como se mal o enxergassem. Mas Schaeffer parecia vê-lo com clareza. Apesar disso, Coral não se conteu em abraçar-lo, sentindo o infeliz toque frio das mãos de Schaeffer. Felizmente era animador como o calor de uma fogueira na tempestade.

"Pai, é você? Por favor, me responda!"

"Coral, meu filho, eu já não sou mais o mesmo. Você vê, eu ainda luto. Mais intensamente do que nunca. Ouça, as estrelas combatem a besta, assim como os nossos ancestrais vivem com o mesmo papel. Você pode ter a minha garantia de que o futuro estará bem. Isso é tudo. Não se preocupe comigo, apenas siga o seu coração. A nossa família esta bem, meu doce Coral! Os Ancions são a prova viva."

O mais jovem tentava raciocinar a situação. Coral estava perante uma figura sobrenatural, a qual era a essência de um Inimans. A essência de Schaeffer.

"Eu peço-lhe para que tome cuidado. As criaturas perambulam pelas redondezas como os Endermans"

Capítulo 3. Destemidos espiritualmente

Durante o início de uma jornada, o céu estrelado estava a anoitecer sobre as ilhas flutuantes nesse universo tão suspenso à gravidade, mas de algum jeito milagroso, mal podiam sair voando das ilhas flutuantes. Como se isso fosse impossível para seres orgânicos. Em meio a paisagem, o pequeno Opal andava perdido procurando por Coral, sedento pelo conforto do irmão. O choro da criança menor ecoava pelos vastos caminhos.

Depois de tanto vasculhar, acabou por tropeçar no chão de pedra amarelada. Encolhendo-se em desespero, Opal pôde ouvir breves passos suaves. Erguendo o olhar marejado para cima, adimirou uma figura de estatura mediana, corcunda e de pele escura que estava parado logo ali. Seus olhos brilhantes eram como purpurina cósmica. Os mesmos se fixaram nos olhos azuis da criança como uma mira certeira. Aquela coisa se agachou à sua frente sem piscar. Nos olhos genuinos de Opal, ele parecia fofo, ou seja, inocente para ele.