A Protegida

Capitulo 1 - O Ataque

-Elizabeth ! - grita minha mãe sentada debaixo da árvore - Venha, nós já temos que ir embora querida.

Paro de brincar com um beagle de uma mulher que está dormindo sentada no banco do Parque,segurando a coleira do cachorro e vou até mamãe,papai,Sophia e Adam.

- Mãe vamos ficar mais um pouco. Por favor, isso será meu presente , não pedirei nada .

-Lize você disse a mesma coisa sobre vir ao Central Park - ela está certa, em casa ela me acordou carinhosamente dizendo "Feliz dezesseis anos meu amor " e em seguida me perguntou o que eu queria fazer e respondi "Ir ao Central Park" . Eu gosto de vir aqui ,gosto de estar ao ar livre , gosto de me sentir livre.

-Tudo bem a senhora tem razão.

-E à tarde o que você quer fazer? - pergunta meu pai.

-Ver mágicas do Mister Thomaz - papai faz ótimas mágicas , e me contou que antes de se tornar policial usava a mágica para impressionar as garotas.

-O.k , mas é melhor irmos comer, jã são 11:30 e só tomamos café e comemos algumas frutas - ele olha o relógio de prata no pulso para confirmar a hora.

-Eu e Adam podemos escolher o lugar?Lize já escolheu o local do passeio - diz Sophia fingindo indignação .

-Mas escolham um restaurante , não uma lanchonete -  minha mãe avisa.

-Tudo bem - Adam responde , ele e Sophia começam a discutir sobre onde ir . Eu começo a tirar a toalha quadriculada amarela do gramado e mamãe pega sua bolsa,enquanto papai pega o mp3 descarregado de Sophia do gramado.

-O restaurante de comida chinesa perto de casa - diz Adam pegando seu boné azul pendurado em um galho na árvore .

-O.k , vamos logo então - responde meu pai , e então vamos andando até chegar a esquina onde deixamos o Classic 2012 dele.

                                                                                   + + +

O trânsito está um caos e , considerando que nossa casa fica há mais ou menos 1 hora de distância do Central Park  e ainda não estamos nem na metade do caminho, acho que vamos comer bem tarde hoje.

-Pai ligue o rádio - diz Sophia no banco que fica atrás do banco do carona (onde mamãe está) .

- Tudo bem -  responde ele ligando o rádio na estação de notícias depois de virar em uma rua (tão estreita que parece um beco) para tentar fazer um atalho.

-Eu quis dizer para ligar na estação de música pai - Sophia fala em forma de advertência enquanto faz um coque nos seus cabelos pretos e longos.

- Você já escutou muita música hoje Sophia - e aponta para o porta luvas em que está guardado o mp3 dela.

Antes que eu possa rir ouço um estrondo vindo do teto do carro que chega até a amassar .

Papai e mamãe saem do carro com tanta rapidez que me espanto . Enquanto meu pai põe as mãos na parte decima do teto e um homem (extremamente forte,careca e todo vestido de preto) sai de lá, minha mãe vai para junto de papai e tira algo da cintura . Uma faca sem cabo não, é uma ... uma adaga? ! . Paro de pensar nisso quando mamãe enfia a adaga na barriga do homem , ele se transforma primeiro em estátua de cimento e segundo depois explode e se eleva a pó .

Tudo acontece muito rápido , mais dois homens fortes vestidos de preto aparecem do final da rua . Um armado com uma arma estranha que parece uma PT 100 Plus , e o outro com uma adaga em formato de "c" (do tamanho que se pode comparar do pulso até o cotovelo)  muito bem afiada . O da "PT 100 Plus" acerta meu pai no peito e o outro faz um corte profundo na coxa direita da mamãe . Um grito de desespero vem do meu lado , Sophia . Estou paralisada sem conseguir entender , sem conseguir digerir tudo , sem conseguir acreditar. Os homens . Onde estão ? Onde estão os assassinos de meus pais? . Não penso duas vezes e saio do carro , mas eles não estão mais lá . Lágrimas brotam em meus olhos, Sophia e Adam saem do carro e vamos até nossos pais . Me ajoelho ao lado mamãe e ponho minha cabeça sobre a clavícula dela.