Núpero

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A lua tão bela e enigmática, branca e sedosa, posava sobre o céu azul-escuro, quase preto, aquela vasta imensidão, inexplorada, e instigante, era o que definia os céus, até os mais sábios questionavam, ''o que são os céus?" sendo sua companhia, as tão charmosas estrelas, que viviam entre o desconhecido e o real, apenas emitindo luz acima do enorme castelo histórico, que um dia, foi considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo. A beleza arquitetônica era a causadora de tantas perguntas, erguido com um único propósito e junto o lema "belo perigo", a enganação, a mentira bonita. O lema definia, de forma clara, o que o local era, belo pelas, antes brancas, paredes com bordas cortadas em diagonal e refinadas ao puro ouro, pinturas extravagantes com detalhes tão precisos que, pela Deusa! O artista que a criou foi abençoado, aquelas mãos abençoadas, desenhava como bailarinas nas pontas dos pés, como a água fluindo pelo rio e as árvores crescendo em harmonia, e as estátuas - diamantes modelados com calor - de reis e rainhas em poses extravagantes, a maioria com as mãos agarradas em objetos; cetros, orbes e o manto real ou qualquer símbolo da realeza, Estado e poder, o poder bruto e rico. Tudo isso significava o Norte, não apenas um continente, mas uma nação nascida em cima de sangue, fogo e ouro, o verdadeiro império.

A fundação datada entre os anos da guerra dos governantes, foi matematicamente pensada, a localização era favorável militarmente, entre os continentes e países, a cerca de 120 km ao sul da ilha Arna, com suas torres, altos muros e fortificações, redondas para os guardas terem uma visão 360, do norte ao sul. A mais alta torre, à esquerda, conhecida por benção dos céus, servia de vigília, matar quem ousasse entrar ao território, e a direita, a mais baixa, tão esquecida, sem nome, mas os guardas do palácio a chamavam de Dama da Lua, pois quando o luar chegava a torre era completamente banhada pela incrível luz. O pequeno forte era um alarme para os cidadãos.

O palácio Lunar é considerado uma relíquia da arquitetura militar dos tempos nortísticos, e residência oficial dos soberanos e hoje é a sede administrativa da monarquia lupina.

O edifício possui 77 mil metros quadrados e tem 775 cômodos, que incluem 19 quartos de Estado, 52 quartos reais e de hóspedes, 188 quartos para funcionários, 92 escritórios e 78 banheiros. O edifício tem 108 metros de comprimento de fachada e 24 metros de altura.Todas essas informações percorreram pela mente da jovem mulher, que coçava as sobrancelhas de tanto nervosismo e estresse.

— Titia, não vai nos pegar — O arteiro menino gritou do topo das escadas junto ao príncipe mais velho, a sua fala atrasada não o impedia de acabar com a saúde mental de sua pobre tia, partindo para se esconder da mais velha.

— Eu juro pela Lua que se vocês — As ameaças foram cessadas quando o barulho da porta foi solto pelo ar e um grito furioso foi exalado segundos depois — Eu vou matar os dois!

Tentou correr, mas o longo e apertado vestido quase a fez encontrar o chão de mármore branco, porém o problema logo foi resolvido no momento em que as mãos suadas e brancas agarraram o tecido azul bebe e seguiram na busca de vingança contra os pestinhas.

Seus pés imploravam socorro ao verem a escadaria imensa, coberta por tapetes vermelhos, extremamente caro e pesado, ao centro e corrimões dourados, conduto isso pouco importou para a jovem, não desistiriam tão fácil. Respirou fundo, tocando levemente sua barriga, que era esmagada pelo corset de ferro, e jogou os longos cabelos pretos, iguais a asas de corvo, para trás dos ombros e prosseguiu, marchando, quase furando o chão de raiva. Até as formigas ouviram de tão pesados que seus passos eram.

No alto da escadaria, o enorme corredor a fez parar, ''Onde estão?'' perguntou para si. As paredes de tons frios e claros acomodavam várias e várias portas de madeiras, poderiam estar em qualquer um. A luz amarelada das lâmpadas presas por pregos ou cordas nas paredes caiam sobre o rosto jovial e pálido da garota, as sobrancelhas ergueram em dúvida.

Caçada a alvoradaOnde histórias criam vida. Descubra agora