Capítulo 5: Caminhos Cruzados e Atentados

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Um mês havia se passado desde que S/n deixou Los Angeles. Ela buscava refúgio na casa de sua avó em Phoenix, na esperança de acalmar seus pensamentos tumultuados. Enquanto as lembranças de Billie continuavam a assombrá-la, S/n se via dividida entre o amor que ainda sentia e a decepção causada pelas mentiras.

Phoenix oferecia um cenário diferente das ruas movimentadas de Los Angeles. As montanhas e o ar fresco proporcionavam um alívio temporário, mas S/n sabia que as questões que a atormentavam não desapareceriam tão facilmente. Em sua mente, as palavras não ditas, as revelações ocultas, ecoavam como uma melodia dissonante.

Caminhando pelas calçadas desconhecidas, ela tentava organizar seus pensamentos. Um passo de cada vez, um momento para respirar, era o que ela precisava. No entanto, naquele dia, quando estava a caminho de uma consulta médica, o destino decidiu que a calma momentânea seria interrompida.

O som estridente de pneus derrapando e o chiar de freios preencheu o ar. Antes que S/n pudesse compreender a situação, o tempo parecia desacelerar. Um carro preto surgiu de repente, e o impacto de algo atingindo seu corpo a fez perder o equilíbrio. Um disparo cortou o silêncio, e a dor explodiu em sua mente.

S/n mal teve tempo para processar o que estava acontecendo. O mundo girava embaçado ao seu redor enquanto a realidade oscilava. Seus sentidos se afastavam, e a escuridão a envolvia.

Quando ela recobrou a consciência, estava deitada em uma maca, as luzes brilhantes do teto do hospital ofuscando seus olhos. Sua cabeça latejava, seu corpo latejava, e o pânico se instalava lentamente. As vozes dos médicos e enfermeiras eram um zumbido distante enquanto lutavam para estabilizá-la.

S/n apertou a mão da sua avó, buscando conforto em seu toque. "Vovó, o bebê... ele está bem?"

Sua avó acariciou suavemente sua mão, preocupação estampada em seu rosto. "Eles estão fazendo o possível, querida."

O tempo parecia se esticar enquanto o hospital se tornava um redemoinho de atividade ao seu redor. Ela sabia que não estava sozinha, mas a angústia a consumia. O que ela mais desejava era a segurança do bebê que carregava.

Enquanto os médicos se esforçavam para trazer estabilidade à sua condição, uma sensação de alívio se infiltrou em seu peito. O som distante de batimentos cardíacos acalmou seus medos momentaneamente. Ambos haviam escapado de um destino trágico por um fio.

Enquanto S/n se recuperava no hospital, a notícia do atentado chegou a Billie como uma tempestade. Ela entrou no hospital com urgência, olhos cheios de preocupação e culpa. "Como ela está? Como está o bebê?"

A avó de S/n respondeu, segurando sua mão com ternura. "Ela está se recuperando, e o bebê está bem. Por pouco, escaparam de uma tragédia."

Billie soltou um suspiro aliviado, seus olhos ainda cheios de tensão. "Posso vê-la? Por favor."

A avó de S/n assentiu, indicando a sala onde S/n estava. Billie entrou com cautela, encontrando o olhar cansado de S/n. A expressão de dor e culpa em seu rosto a atingiu em cheio.

"Como você está?" Billie perguntou, sua voz suave enquanto se aproximava da cama.

S/n suspirou, seu olhar fixo nas mãos. "Estou viva, e o bebê também."

Billie se aproximou mais, sua mão estendida hesitante. "S/n, eu sinto muito. Eu nunca quis que isso acontecesse. Eu nunca quis te colocar em perigo."

Os olhos de S/n se ergueram para encontrar os dela, um turbilhão de emoções passando
através do seu olhar. A dor da traição, a raiva das mentiras e a profunda mágoa de se sentir vulnerável diante de alguém que acreditava ser seu porto seguro.

Laços de Poder - Billie Eilish G!P (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora