O Marcos segura firme minha mão me fazendo girar em meus calcanhares para nós afastarmos do banheiro.
— Vai embora mesmo? Verdade dói né Sn! – viro minha cabeça para a Anne. — Você é igual a sua mãe problemática. – o sorriso de felicidade estampado com batom vermelho escuro me cega.
— Você não tem moral nenhuma para falar da minha mãe. – me solto do Marcos.
— Não vale a pena, vamos embora... – o Marcos segura meus ombros.
— Eu tenho, afinal filho de peixe, peixinho é. – ela gargalha olhando para o acompanhamento que está ao seu lado.
Renovo do meu pé um pá do salto e arremesso nela.
— Vai se foder sua vagabunda! – aponto o dedo na direção dela que está com a mão onde o salto bateu no rosto dela.
— OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – Anne grita mostrando o sangue que escorre no rosto dela.
— Ei, já deu. – o Marcos se posiciona na minha frente.
Só cai na real de como tá a situação quando vi três seguranças nos escoltando para fora do salão, eu gargalhei tanto dentro do carro. Anne é a famosa frase " cachorro que late não morde ".
— Você é louca.
— Eu sei, me sinto estranhamente muito bem agora. – falo olhando para o Marcos que está ao volante.
Observo a silhueta dele me imaginando sentando em seu colo nua, sentir a mão grande dele envolvendo minha cintura.
— Quer ir mesmo para a festa? – passo minha língua no lábio inferior.
— Sim, eu falei que não quero voltar para casa. Não vão estranhar nossas roupas? – coloco minha mão na coxa dele.
— Não vão, ao contrário dos seus amigos os meus não ligaram para o que você está vestindo. – sorrio. — Não leve isso com duplo sentido Sn. – o Marcos ri parando o carro em um farol vermelho.
A mão quente do homem sentado ao meu lado cobre a minha, um gesto simples mas que para mim é muito.
— Você brigou com sua mãe? – Marcos pergunta entrelaçando os dedos de nossas mãos.
— Não, só estamos com alguns problemas. Quando vou conhecer seu filho adotivo? – mudo de assunto.
Não quero entrar em detalhes com o professor sobre a loucura que mamãe esta fazendo, ela já é grandinha demais para que eu precise ficar falando o que ela deve ou não fazer.
Talvez eu consiga um trabalho de doméstica, não é o fim do mundo.
— Quais problemas? Eu posso ajudar? – o carro volta a se movimentar.
— Não, eu não quero conversar sobre isso.
Ficamos em silêncio, tenho que sobreviver aos meus pensamentos suicidas até o local da festa.
Saiu do carro com apenas um par do salto alto, a grama verde esta sobe meu pé descalço fazendo cócegas. Observo a casa branca de muros alto de onde vem uma música de pagode.
— Ei. – o Marcos se junta a mim.
— Sim? – olho para ele.
O professor coloca a mão na minha nuca e me beija contra o carro, o cheiro do perfume dele me envolve de uma maneira tão família e gostosa.
Seguro sua cintura próxima a minha, nossas línguas se tocam enquanto eu só queria era esta tocando outra coisa.
Marcos
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Professor de Inglês / Imagine
Teen FictionBaseada em fatos reais. Após receber uma piada estranha vinda de seu professor a S/N se entrega a tentação de saber do que se tratava a piada exatamente e acaba matando a curiosidade de outra forma. - Qual é o feminino de centavo S/N? - o professo...