ɪᴍᴀɢɪɴᴇs sᴜᴘᴇʀɴᴀᴛᴜʀᴀʟ

Sᴇᴍ ꜱᴀíᴅᴀ - ᴘᴀʀᴛᴇ 2

À noite, logo após atualizarmos os outros sobre o cabelo encontrado, dividimos os cômodos. Eu e Jo dormimos juntas.

Assim que caí na cama, peguei no sono. O cansaço pelas horas dirigindo fez cada músculo do meu corpo doer.

Levantei cedo. Jo ainda estava adormecida. Encontrei Dean dormindo na poltrona da sala de maneira bem... Desconfortável.

Aproximei-me dele, com cuidado, observando seu rosto tranquilo.

Eu poderia olhar por horas seu nariz reto, queixo anguloso, a barba quase sempre por fazer, seus olhos...

Porém, Sam apareceu na sala bem na hora, olhando-me com curiosidade. Senti minhas bochechas esquentarem e, para encerrar o clima estranho, o convidei para ir comprar café comigo.

E cá estamos. Com dois copos na mão cada.

- Conseguiu alguma pista do Azazel? - Ele perguntou, olhando para os carros parados ao atravessar a rua.

- Nada. Ele simplesmente sumiu. - Suspirei. Isso era algo que vem me incomodando demais. Como um demônio some desse jeito? - Mas se ele aparecer, vou estar na cola dele.

O jovem apenas assentiu. Mas o notei olhando de soslaio para mim.

- Você está indo atrás de alguma resposta para os seus poderes, não é? Indo atrás de demônios?

Olhei para Sam. Rápido demais para ser casual. Tentei disfarçar com um riso sem graça.

- Claro que não, Sam. De onde tirou isso?

Ele parou, olhando para mim.

- Talvez porque de uma hora pra outra você resolveu não caçar mais com a gente. Ou talvez, porque eu vi, sem querer, suas anotações quando estava na casa do Bobby.

- Você leu minhas anotações? - questionei, sem acreditar nisso.

- Eu... - Sam passou a mão no rosto, respirando fundo. - Eu sei como você se sente. Eu também quero saber mais sobre meus poderes... Porque eu tenho eles mas, S/n, eles são perigosos, e traiçoeiros...

- Eu sei, Sam. - O cortei. - Mas vocês me tratam como uma boneca de porcelana. Principalmente o seu irmão. - Presisonei meus dedos na têmpora. Odeio discussões logo pela manhã. - Sam, essa pode ser uma oportunidade única de descobrir algo relevante. Eu estou cansada de sentar e esperar até que alguma coisa ruim aconteça! - Olhei em seus olhos, séria. - Por favor, não conta pro Dean. Ele não entende.

Rezei para que meu mísero discurso desse certo. O jovem me olhou por um intante, antes de responder.

- Eu não vou falar pra ele. - Suspirei, aliviada. - Mas só se você prometer manter contato comigo. Eu senti sua falta.

- Eu prometo.

Entrelacei meu braço no dele, voltando a andar. Eu não queria falar mais nesse assunto.

- Eu também sinto sua falta. - Ele sorriu. - Como você está, depois de tudo isso.

Sam fixou seu olhar à frente. Sua expressão fechada.

- Melhor, eu acho. Caçar tem me distraído.

Antes que eu pudesse fazer qualquer comentário, vimos uma viatura da polícia em frente ao prédio.

Trocamos um olhar confuso antes de subir as escadas depressa, e nos depararmos com alguns policias pelos corredores.

- Vamos avisar o Dean e a Jo. - Assenti para Sam.

Assim que abri a porta vi Dean e Jo sentados próximos.

Um pouco próximos demais.

- Está cheio de policiais lá fora. Outra garota sumiu.