Capítulo 1: Déjà vu.

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(S/n)

Nunca senti medo algum, de nada nem ninguém, sempre me senti segura pois sabia que era forte, nunca nada me fez sentir... Indefesa.

Exceto agora, eu estou com medo agora, aqueles olhos me penetravam de uma forma assustadora, tive um dejavu, isso, não e a primeira vez que essa cena se repete, a cada passo que ele dava se aproximando de mim, meu coração batia mais forte

Não devia ter aceitado vir até aqui para conversar, Jake e o tipo de pessoa que não sabe ter uma conversa pacífica, ele e mais do tipo que explode, ele e agressivo, e por isso que hoje eu vim até aqui, para dar um basta, para deixar claro que ele não tem mais nem um poder sobre mim.

Ele chegou bem perto do meu rosto, e me prensou na parede, eu sentia sua respiração forte bem encima de mim, eu senti medo, mas isso não me impediu de pensar, observei que a mesa ao meu lado havia alguns objetos, e também um vaso, que parecia ser pesado.

-Voce acha que pode resolver as coisas fáceis desse jeito né!? -Ele falava com raiva. -Acha que pode me descartar assim. -Ele colocava as duas mãos contra a parede, eu ficava bem no meio delas, ele chegava tão perto que quase me impedia de respirar, eu se quer o respondia, e o medo que eu sentia estava se transformando em raiva.

-Voce acha mesmo que vai ser fácil assim? -Ele ria alto. -Não vai se livrar de mim. -Ele olhava no fundo dos meus olhos e eu não demonstrei medo algum, isso o irritou.

-FALA AlGUMA COISA! -Ele gritava e dava um soco forte bem na minha boca, eu senti medo, e tanta raiva que não senti dor, mas não demonstrei sentimento algum, eu nem pisquei, eu o encarei com mais raiva ainda.

-Eu odeio você, vou me livrar de você nem que pra isso eu tenha que te matar. -Eu falava esbravejando e eu via ele ranger os dentes de ódio, eu custia nele o sangue que se acumulou na minha boca.

Ele levou sua outra mão que estava solta até o meu pescoço, e começou a apertar lentamente com força, até o ponto onde eu não consegui mais respirar, enquanto fazia isso eu via ele sentindo prazer na minha dor, ele sorria de um jeito maligno.

Eu dividia meu olhar entre ele e o objeto na mesa, eu estava sufocando e ele apertava cada vez mais, ele estava tão vidrado nos meus olhos que não viu eu esticar a mão.

Eu consegui alcançar o vaso pesado, e em uma frasção de segundos lancei com toda força que eu tinha, bem no rosto dele, ele se afastou levanto as duas mãos no rosto gemendo de dor, e eu aproveitei a situação para, fugir.

Eu o empurrei para longe de mim, e quando ia começar a correr ele segurou em meu braço e me puxou me jogando com força no chão, ele se preparava para me segurar novamente mas, estava mais lento por conta da pancada, eu deixei que ele se aproximasse suficiente para que eu conseguisse o atingir com um chute.

Assim que ele lê abaixou para me segurar e me levar, eu lancei um chute com toda força bem no nariz dele, e vi o sangue escorrer, então me levantei correndo, e peguei as chaves dele encima da mesa, enquanto eu saia para fora eu o ouvi gritar meu nome e pedir perdão.

Eu corri para fora, até ver a moto dele na calçada, não pensei duas vezes em fugir com ela o mais rápido possível antes que ele me achasse.

Não poderia ir pra casa, ele me procuraria lá, eu não sabia o que fazer e nem pra onde ir, eu só tinha uma opção, eu pilotei até a casa de um amigo, Luke O'connell.

Conheci Luke atrás de Jake, ele me disse que eu não deveria me envolver com Jake, mas eu não dei ouvindos, estou arrependida agora, optei por procurar O'connell por que ele sempre me ajudou, ele sempre dizia que se um dia eu precisasse dele eu poderia ligar, que ele me ajudaria.

-Eu te avisei S/n, eu disse pra não se envolver com o Jake, eu sabia que isso iria acontecer uma hora ou outra. -O'connell resmungava enquanto limpava o machucado na minha boca.

-Ele surtou a primeira vez, quando eu disse que queria terminar, então eu não tive coragem de realmente fazer isso, até hoje, e foi isso que eu ganhei

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-Ele surtou a primeira vez, quando eu disse que queria terminar, então eu não tive coragem de realmente fazer isso, até hoje, e foi isso que eu ganhei. -Eu me referia ao ferimento. -Mas pelo menos me livrei dele.

-Eu não sei, Jake não e o tipo de pessoa que desiste fácil, você tem que se esconder, ele não pode te achar aqui. -O'connell explicava.

Eu concordo com ele e minha atenção e tomada pelo meu telefone que toca incessantemente.

-Onde você tá? -Cristopher, meu irmão perguntava preocupado.

-Não se preocupa Cris, eu tô bem. -O'connell me encarava de cara feia.

-S/n, Catrina disse que você sumiu, pegou um progeto de fotografia por uma semana ou algo assim, mas eu sei que tá mentindo. -Ele esbravejava irritado, e eu apenas bufava.

Eu tive que inventar essa história para a Catrina, eu só iria sumir, não iria na viagem junto com ela, não até me livrar do Jake, tenho medo que ele faça alguma coisa para os meus amigos, eu só preciso me afastar para que todos fiquem bem.

-S/n, não faz isso denovo não some, eu tô preocupado. -Eu podia sentir a dor na voz dele, e isso me destrói, porém e preciso.

-Desculpa Cris, eu prometo que eu volto. -Eu desligo o telefone, e seguro o choro, preciso ser racional nesse momento.

-Olha garota, eu não sei no que tá pensando, mas eu acho que você deveria ir pra bem longe desse maníaco. -O'connell sugeria.

E parando pra pensar e um ideia boa, eu preciso ficar longe e fazer de tudo pra ele nunca encontrar meu paradeiro.

-Que lugar seria melhor para me esconder do que em outro continente? -Eu falava e ele me olhava sem entender.

-Do que você tá falando? -Ele perguntava confuso.

-Eu vou com a banda, eu vou na turnê com eles, assim Jake nunca vai me achar. -Eu explicava a ideia genial.

-Que banda? Do que você tá falando?

-A banda da Catrina, Tokio hotel!

-Espera, como você conheceu Tokio Hotel? -Ele perguntava incrédulo.

-Bom tudo começou quando... -Eu começava a contar a história de como conheci a banda toda.

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