Capítulo 4: Primeiros sinais.

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-O que tá fazendo aqui Jake!? -Eu pergunto em um tom surpreso e irritado ao mesmo tempo.

-Ei calma aí, eu só senti saudades. -Ele falava debochando enquanto se abaixava para recolher as coisas que havia caído no chão.

-Eu preciso ir, estou atrasada. -Eu falo impaciente e pego as coisas da mão dele. Viro as costas e saio andando.

-Eu te espero aqui. -Eu o encaro, e ele ri.

Eu entro para dentro do evento, ainda estava processando o que estava acontecendo, com meus olhos procuro por alguém conhecido, mas não vejo ninguém, nem mesmo Cris que saiu de casa antes que eu.

Montei meus equipamentos e comecei a fotografar a festa, e um tempo passou, e nem sinal de  Cristopher ou da Catrina, então resolvi fazer uma pausa, e sai pra fora, ouvi risadas altas e segui o som.

Estava vindo da parte escura, perto do muro, me aproximei um pouco porque eu reconheci a voz de um dos três garotos, quando cheguei perto o suficiente, lá estava Cristopher, com um baseado na mão.  

-Que merda você tá fazendo? -Eu falo enquanto observo a cena.

-S/n! -Ele grita meu nome feliz.

-Voce tá louco? -Eu esbravejo. -O que pensa que tá fazendo, vamos embora agora. -Eu tento puxa-lo pelo braço, mas ele se solta de mim.

-Me deixa em paz! -Ele grita. -Eu não vou com você.

Isso realmente me deixou irritada, poderia bater nele ali mesmo, mas ele e só meu irmão e não meu filho, e ele não entenderia nada que eu falasse agora, talvez até achasse graça em levar uma bronca, só por estar completamente chapado.

-Voce que sabe Cris. -Eu falo pela última vez e viro as costas para ir pra longe.

Caminho para o estacionamento enquanto pego meu telefone para tentar ligar para Catrina, queria checar se estava tudo bem, já que ela não apareceu na própria formatura.

Mas ela não atendia de jeito nem um, te tentei mais algumas vezes, enquanto caminhava pelo estacionamento, mas todas as vezes sem resposta, até que na minha última tentativa, pude ouvir o telefone tocar.

-Alo? -Catrina falava na linha.

-Oi, Cat cadê você? A festa já começou. -Eu falava em tom de preocupação.

-A, eu não vou. -Ela falava e parecia calma.

-Como assim? Onde você tá?

-Eu tô em Lepzig, aconteceu uns problemas, na casa do meu pai e eu voltei pra casa da minha mãe. -Ela explicava, e eu fiquei completamente surpresa, isso realmente foi inesperado.

-Entendi, mas tá tudo bem com você? -Eu perguntava preocupada.

-Esta tudo bem, e só que lembra que te contei aquela história do idiota do meu vizinho? -Ela perguntava e eu tentava puxar na memória.

-Sim, o babaca que ficou iritadinho por que você não quis beija-lo. -Eu falava enquanto revirava os olhos, pensando em como homens assim são repugnantes.

-Isso. Então ele pareceu ter mudado muito, de uns tempos pra cá, eu dei uma segunda chance para sermos amigos, eu deixei que ele se reaproximasse, mas depois descobri que ele não mudou nada.

-Espera não vai me dizer que ele...

-Sim, exato, ele me beijou denovo, e eu o beijei também, mas quando eu disse que não queria transar, então ele se transformou e ficou muito agressivo, eu fiquei tão assustada.

-Que canalha! -Eu esbravejava.

-Então conversei com meu pai e eu decidi que seria melhor pra mim voltar  para casa da minha mãe.

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