Na luta e na correria
Esse foi o meu tormento
Aquela sexta feira
Foi só dor e sofrimento
E eu agora vou contar
Um pouco desse relentoPerdida logo nesse dia
Assim estava como goleira
Uma mulhara se assim dizia
Foi derrubada sem fronteira
Quatro gols ela foi levando
Podendo fazer defesaSaindo daquela quadra
A cabeça estava a mil
Aquela que era mulhara
No chão ela se viu
Saindo com a cabeça baixa
Vergonha foi o que sentiuSentada na arquibancada
Tristeza era o que sentia
Seu time a consola-va
Ela por vez ouvia
Seus olhos cheios de lágrimas
Era de pura agoniaO pios da arquibancada
Foi tudo que precisou
Três socos naquela quadra
Foi onde descontou
Seus olhos cheios de raiva
Pois não sentia mais dorSozinha assim estava
Tentando se controlar
As pessoas que a abraçava
Tentavam lhe confortar
Mas o abraço que lhe acalmava
Estava longe de láO sorriso que existia
Simplesmente este sumiu
Uma expressão seria e fria
Foi tudo o que lhe surgiu
Por fora estava calma
Por dentro chorava riosPerdida em pensamentos
Assim ela se encontrava
A cabeça de puro tormento
Cheia só com desgraça
Pensado só no jogo
E onde a goleira estavaAli foi sua ruina
Aquela quadra foi sua cova
Lembrava de suas defesas
Em outros jogos de fora
E tudo o que se perguntava
Era onde estava agoraLevantando sua cabeça
Lembrou da pessoa que era
Lutando contra tristeza
Com forças que não eram dela
"Nada é por acaso"
Dizia sempre a si mesma"Dias de luta dias de gloria"
Isso também repetia
Não era para elas ganharem
E isto ela sabia
Difícil era controlar
A culpa que lhe percorriaNo caminho para casa
Com Deus ia conversando
Lembrou-se então das palavras
Que disse a ele rezando
"Seja feita tua vontade
Senhor sabes que te amo"Pensou por mais um instante
Então logo assimilou
Foi da vontade de Deus
Que seu time não ganhou
Agradecendo com palavras
Abertamente ela falou"Senhor obrigado por este jogo
Mesmo com resultado diferente
Perdão por não entender
Os planos que tens pra gente
Mas só tenho a te agradecer
Em ti eu confio sempre"Mas leve ela ficou
Depois de com ele falar
Porem mesmo assim pensou
Na maneira que foi jogar
Do momento que começou
Ate a hora de acabarUm treino era o que precisava
Para renascer outra vez
A goleira estava morta
Naquele dia ela se des fez
E precisava se sentir viva
Para nascer outra vezMenina se encontre em você
Nasceste com pulso forte
Do teu potencial não duvides
Goleira de um jeito nobre
Sabes que eis capaz
Por isso faça por ondeJá caiu e se levantou
Já se feriu se curou
Agora não é diferente
Vença mesmo com dor
Levante a cabeça e diga
Sim, goleira eu sou.