capítulo 11: eu te amo meu filho...

9 2 1
                                    


O vento agitava as folhas das árvores enquanto o grupo se reunia novamente na biblioteca, onde tudo começara. O relógio marcava um momento crucial em sua busca, um momento que poderia mudar o curso da história ou deixar as coisas como estavam. O ambiente estava carregado de tensão, a sensação de que o desfecho estava próximo.

Julian, que havia acompanhado o grupo em sua jornada, olhava para o relógio com uma mistura de esperança e apreensão. "Vocês têm a escolha final a fazer. Usar o relógio ou deixá-lo onde está. Mas saibam que o passado não é algo que pode ser manipulado impunemente."

Sónya olhou para o relógio, contemplando o peso de sua decisão. "Mudar o passado... Isso nos trouxe aqui, mas também trouxe dor e caos."

Michael assentiu, recordando as palavras de Ezequiel sobre o quebra-cabeça complexo do tempo. "Talvez seja um aviso de que algumas coisas devem permanecer intocadas."

Gabriel se aproximou do relógio, examinando-o atentamente. "O passado moldou quem somos hoje, tanto as alegrias quanto as tristezas. Mudá-lo poderia ter consequências imprevistas."

Sofia, que estava observando o relógio com um olhar pensativo, finalmente falou. "Talvez o verdadeiro poder do relógio não esteja em alterar o passado, mas em aceitar e aprender com ele."

Enquanto eles ponderavam, Ezequiel surgiu das sombras, sua presença envolta em mistério. "Vocês chegaram a um ponto de escolha. O relógio é uma ferramenta poderosa, mas com poder vem a responsabilidade."

Michael olhou para Ezequiel, suas palavras ecoando em sua mente. "Quem é você, Ezequiel? Por que está tão envolvido nisso?"

Ezequiel sorriu enigmaticamente. "Minha identidade é irrelevante. O que importa é que vocês encontraram um caminho para entender a natureza do tempo e do passado."

Julian se aproximou do relógio, olhando-o com determinação. "Não podemos mudar o passado, mas podemos honrá-lo. O relógio deve permanecer onde está, como um lembrete de que nossas escolhas moldam nossa jornada."

Sónya assentiu, compartilhando um olhar significativo com Michael. "Estamos juntos nisso. E juntos, podemos enfrentar o desconhecido, seja qual for o desfecho."
------------

Ezequiel lançou um olhar desafiador para o grupo, seus olhos fixos no relógio que carregava consigo. "O poder do tempo está em minhas mãos agora."

Os corredores sombrios da escola pareciam se esticar infinitamente à medida que o grupo o perseguia. Cada passo ecoava, misturando-se com os batimentos acelerados de seus corações. O brilho espectral dos capuzes da seita reluzia nas sombras, uma ameaça constante.

Ezequiel liderava o caminho, guiado por sua determinação de usar o relógio para alterar o passado. Os outros corriam atrás dele, uma sensação de urgência os impulsionando. Eles sabiam que o poder do relógio nas mãos erradas poderia trazer desastre.

O grupo se aproximou, tentando encurtar a distância entre eles e Ezequiel. Cada esquina, cada corredor dobrado, parecia conter uma armadilha. A escola, normalmente quieta e serena, agora era um labirinto de ameaças ocultas.

As luzes piscavam, lançando sombras dançantes nas paredes. O eco de seus passos se misturava com os murmúrios indistintos da seita, como se eles estivessem sempre um passo à frente. A adrenalina corria nas veias do grupo, impulsionando-os a continuar a perseguição.

Ezequiel finalmente parou, apoiando-se contra uma parede. Respirava ofegante, mas sua expressão era de triunfo. Ele levantou o relógio, seus olhos brilhando com uma mistura de desejo e desespero. "Chegou a hora de mudar o passado."

O grupo se aproximou, suas respirações também irregulares. Michael, Sónya, Gabriel e Sofia trocaram olhares determinados. Ezequiel tinha que ser impedido de usar o poder do relógio.

Sombras do Passado: A Herança de JulianOnde histórias criam vida. Descubra agora