MARIEN - A VAMPIRA E SEU LOBO.

O INÍCIO.

[ - MARIEN P.O.V - ]

 Os anos passaram para Marien, mas ela continuou jovem e bonita, sua beleza imortalizada junto com todo seu corpo, sempre bonita mas sempre sozinha, não literalmente sozinha, ela tem seu mordomo e outros funcionários trabalhando na grande mansão, mas isso não era o suficiente, nunca foi.  

  Ela queria amar alguém e se sentir amada, mas quem amaria uma vampira de 89 anos? ela pode ser velha mas sua imortalidade a salva da velhice, mas ela não poderia se apaixonar por um humano ou humana, seria perigoso e arriscado para ambos os lados, não funcionaria, porem ela tentou... não deu certo como pode ser notado, chamaram ela de bruxa, feiticeira ou até mesmo filha do demónio, ela teve alguns probleminhas depois, entretanto nada que gerasse a "morte" dela.

  Ela diria que até gostou dos momentos que teve com seus antigos parceiros humanos, mas na verdade foi apenas um breve momento de paixão, não amor, ela não quer ver amor e romance nos livros, ela quer viver e sentir isso, ela quer sentir seu coração sem vida bater, no sentido sentimental, fisicamente seria estranho.

   Ela apenas sentava, lia e pensava, mas tinha vezes que ela "atormentava" seu mordomo, era divertido. Neste momento ela estava lendo, como de costume, sempre lendo romances ou livros de terror, são interessantes cheios de sentimentos, medo, raiva, tristeza, amor,- marien sempre amou livros -, principalmente romance, porem as vezes um livro onde a dama não precisa do amor de um homen para ser feliz é bom, entretanto casais felizes são bons também, Mas ela quer emoção. para que ler um romance quando  você pode escrever ou até mesmo reescrever seu próprio romance? mas isso é só para aqueles que tem a sorte de serem correspondidos ou para aqueles que tem alguém. 

[ - SEBASTIAN P.O.V - ]

   Sebastian nunca foi uma pessoa fácil de lidar, talvez por seu comportamento frio ou sua vida amargurada ou os dois, provavelmente os dois, mas nesse dia em especifico ele deveria ter guardado a língua dentro da boca, ele deveria ter feito, se ele tivesse feito não estaria sangrado e grunhido de dor no meio de uma floresta escura na chuva, - ele gosta da chuva e da natureza -, mas quando se está sangrando com a visão turva em dia chuvoso, isso não parece tão agradável. 

    Ele caminhava pela floresta na completa escuridão da noite, os trovões ecoavam alto em sua cabeça, a agua caindo o molhando todo, seus lábios tremendo levemente pelo frio e pela dor de seu ferimento. Ele andava sem rumo, apenas tentando fugir e se esconder em algum lugar, não importava qual fosse o lugar... ele só precisa de um lugar.

    Foi quando ele vi uma mansão velha e embolorada presumindo que não tinha ninguém, ele fez um esforço e caminhou até uma janela e tentou quebrar o vidro, digamos que não houve tanta sorte quanto ele esperava, porem ele continuo até ouvir o som do vidro quebrando e os estilhaços pelo chão. ele empurrou alguns pedaços de vidros que ficaram na janela, ele colocou as mãos borda da janela e deu um pequeno pulo, ele não tinha força suficiente para entrar de um jeito mais confortável porque seu ferimento na barriga não o deixava.  

     Ele até tentou, mas acabou caindo para dentro, ele grunhiu de dor, até que passos puderam ser ouvidos junto com murmúrios, o lugar era cheio de livros e estantes com mais livros, uma poltrona e uma lareira e velas, lustres de velas e quadros. Os passos e os murmúrios ficaram mais altos, ele mesmo com sua visão turva pode ver duas figuras se aproximando dele, uma figura masculina vestindo preto e uma figura feminina pálida com roupas vermelhas e pretas, ele tentou se afastar, entretanto a figura se aproximou rápido, ele grunhiu de dor pelo ferimento.

    A figura feminina se aproximava mais, ele não poderia fugir por causa de seu ferimento, ele só poderia tentar se afasta, mas não adiantou, ele estava indefeso, parecendo um cachorrinho assustado, tremendo, gemendo de dor, sangrando, ele estava sem saída. A figura feminina se aproximou e olhou para ele, ela parecia furiosa, ela perguntou para ele - "Quem é você?!" - parecia mais um grito de exigência do que uma pergunta, mas antes que Sebastian pudesse responder tudo ficou escuro.