Me senti na obrigação de escutar "welcome to new york" quando coloquei os pés para fora do aeroporto

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Me senti na obrigação de escutar "welcome to new york" quando coloquei os pés para fora do aeroporto.

Assim como fala na música, eu senti que Nova Iorque estava esperando por mim. Me sinto em êxtase por estar realizando meu sonho, ainda não acredito que é real, é como se eu fosse acordar a qualquer momento.

Entro no táxi que estava a minha espera, peço que ele me deixe na faculdade para que eu possa guardar minhas coisas. Mas diferente do que fazem, não vou descansar, quero explorar esse lugar. Explorar a universidade, as ruas, a Time Square, tudo que for possível por hoje.

-Muito obrigado -agradeço saindo do táxi e pagando o senhor que me trouxe até aqui.

Diferente de outras universidades, a NYU não tem um campus comum, seu campus é praticamente a própria cidade a sua volta, então tudo por aqui é movimentado, principalmente pelo fato de ser início de semestre.

Sigo até o corredor que ficam os quartos e procuro pelo meu. Recebi um e-mail me informando o número e corredor, assim que confirmei minha matrícula, e descobri que minha colega de quarto se chama Amber.

Tomara que ela seja uma boa pessoa e que seja minha amiga, imagina ficar sozinha em Nova Iorque.

-Licença -digo após abrir a porta e ver que uma menina de no máximo 20 anos está dentro do mesmo. Amber, eu imagino.

-Oi, sou Amber -diz simpática assim que entro no dormitório- Seu nome é Alice, certo?

-Isso. Prazer em te conhecer -dou um sorriso e me assusto quando ela me abraça.

-Espero que sejamos boas amigas -ela se separa do abraço que eu ainda estava surpresa por recebe-lo.

-Espero o mesmo.

-Agora, me fala, qual curso você vai fazer? -Amber pergunta animada.

-Moda -digo não conseguindo evitar um sorriso- E você?

-Aí que máximo! -ela da um sorriso e fico feliz, gostei muito dela. - Cinema.

-Eu amo esse curso e profissão. Acho tão lindo -seu sorriso se alastra.

-Bom, vou sair para andar um pouco, quer vir? -ela me chama e eu concordo pegando minha carteira e celular.

[...]

Amber é nativa daqui, o que fez com que ela me apresentasse a cidade. E por incrível que pareça, me apaixonei mais ainda.

-Vou te apresentar a todos meus amigos, eles vão amar você -ela me fala enquanto saímos do Starbucks- Alice, posso te fazer uma pergunta? -ela continua e eu assinto com a cabeça- Você namora?

-Não, já namorei há 2 anos atrás, mas foi traumático -faço uma careta.

-Ótimo, porque eu tenho um amigo e ele também é solteiro, perfeito pra você, gatinha -ela pisca.

-Não, pelo amor de Deus, não -nego rapidamente- vim para estudar, não quero ter um relacionamento tão cedo, principalmente porque não sei qual será meu próximo destino daqui 3 anos.

Ela tentou continuar nesse assunto, mas eu cortei e mudei de assunto perguntando coisas sobre ela e ela fez o mesmo comigo.

Acho que seremos boas amigas.

O sinal ficou verde para os pedestres e eu coloquei os pés para atravessar, quando um maluco passou praticamente voando em um carro.

-Presta atenção, Idiota -grito não me contendo e o carro volta. AI. MEU. DEUS.

-Como é? -o maluco desce o vidro do carro e me encara.

-Isso mesmo o que você ouviu, imagina se eu estivesse no meio da rua. Você iria me atropelar, seu maluco. -falo pra ele.

-Alice, melhor irmos, deixa quieto. -Amber me puxa e eu reluto, mas mesmo assim ela me tira de lá.- Não adianta brigar, ele é um Graham, iria se safar ou continuar se achando o certo e faria você se arrepender. Bom, se ele já não vai fazer isso...

-Que porra é Graham? -pergunto ainda estressada

-É uma das famílias daqui, o pai dele é um dos maiores advogados do país. Tem uma das maiores empresas de advocacia, com filiais em todo canto do mundo.

-Eu não ligo para isso. E se ele atropelar alguém? Uma criança? Um cachorro? Ou até machucar ele mesmo?
Ele tem que aprender a se controlar - bufo.- Vamos voltar para a faculdade -vou andando na frente.

[...]

Chegamos no dormitório e logo fui tomar um banho e fazer minha rotina noturna de skin care. Já são 21:00 aqui, o que significa que são 23:00 no Brasil, tenho que ligar para minha família e é exatamente isso que eu faço.

-Oi mamãe e pestinhas -digo sorrindo.

-Oi, Lili -Luan responde sorrindo e Alan acena com a mão.

-Oi meu amor, está sozinha? -minha mãe pergunta.

-Não. Amber, minha colega de quarto está aqui, querem ve-la? -pergunto e recebo um sim como resposta.

Mostro Amber e fico conversando com minha família até o sono aparecer. Me despeço com o coração na mão.

Cheguei Nova Iorque

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