O destino da excursão foi alterado a última da hora. Até aqui tudo bem. Era para ir fazer o Cruzeiro na Ria Formosa e agora vou fazer o cruzeiro no rio Tejo Internacional. É diferente e algo novo que desconheço. Nunca tinha ouvido falar, até hoje.
A vida dá-nos com cada lição, que só Deus sabe. Às vezes mudar de planos é bom.
Não tenho o roteiro impresso sobre os sítios para onde vamos passar, só me resta o Pinterest e mesmo assim...
A noite foi ansiosa, o cérebro ficou ansioso por toda a experiência em si.
Saio de casa ainda bem escuro, e só se ouve o ruído da mãe natureza.
Uma tentativa falhada de chamar motorista três vezes entre Bolt e Uber e venha o diabo e escolha. Uma corrida contra o tempo. Apanhar comboio esquece. Agora é pagar seja o que for e tentar chegar a horas.
Quando entrei no carro, o motorista falava inglês e muito pouco de português. Começa a fazer perguntas sobre mim, se vivo ali, se sou casada, etc. Tudo em inglês, é ótimo para praticar. O que não é bom é o inquérito demasiado íntimo...
A IC19 livre para nós, assim como gosto a esta hora da manhã.
Saio do carro, desejamos um bom dia reciprocamente e siga viagem. Lá consigo encontrar um multibanco que tivesse dinheiro na estação de Sete Rios.
O encontro marcado à porta do Jardim Zoológico era às 06:40h.
Quando me aproximo já lá está um autocarro de turismo e passageiros a entrar. Pela conversa entre duas pessoas que ocorria, este não era o meu, mas sim de outra empresa que aqui vem buscar pessoas também - Naturdouro. Também iam para uma excursão para não sei onde.
O meu chegou depois. Já trazia pessoal das duas primeiras paragens mencionadas na mensagem enviada na noite anterior.
Check-in feito e siga.
Próxima paragem - Hotel Ravidson Campo Grande - mais meia dúzia de senhoras, entraram.
Aqui para o motorista arrancar e que foi... Lá a organizadora teve de pegar no microfone, senão, nunca mais. Depois querem ir pertinho umas das outras para irem à conversa e ai jesssuss... primeiro que escolham o sítio onde sentar.
Paragem seguinte - Aki Oriente – entraram mais cinco pessoas, mas desta vez aqui foi diferente. Aqui houve reclamação devido aos lugares. Que há lugares marcados, blá blá blá. E que era a última vez que vinham, etc.
07:14h e o sol teimava em não nascer. Estávamos a chegar a Alverca.
Em Alverca, na última paragem, os clientes ainda não tinham chegado. Para mim, isto é um tremendo desrespeito para com o restante grupo. Alguém à minha frente reclama com tamanha situação. E com razão. O combinado eram 07:20h e chegaram em cima da hora. Típico português.
Um pouco antes das 8h parámos no Restaurante Pôr do Sol – em Aveiras de Cima, para o pequeno-almoço (incluído). Tivemos meia hora para comer. Comi e ainda fiz umas fotos do espaço.
Quando viemos para o autocarro, houve gente que já nem sabia qual era o autocarro a que pertencia. Mais uns minutos perdidos. Com isto, uma senhora experiente nestas andanças revela um truque fantástico para evitar situações destas – tirar foto com o telefone à matrícula do autocarro. Pois é, se tiverem 3 autocarros exatamente iguais, qual deles é o nosso? Assim, não há enganos!
Entrámos em Castelo Branco por volta das 10:30h. Até o autocarro estacionar deu logo para ver que era uma cidade grande. E o castelo? Não era branco.
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DOS 8 AOS 80
Non-FictionDesde miúda que me lembro de receber na caixa do correio, de vez em quando panfletos a anunciarem excursões onde no fim haviam ofertas e vendas de presuntos e frigideiras e até colchões milagrosos. Excursões essas, a sítios lindos, que um dia sonhav...