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Oiiiiii amores olha quem teve um surto de criatividade? Eu que não fui kkkkk, só que estava eu aqui tentando me inspirar e morrendo de saudades de vocês quando encontrei nos meus rascunhos alguns capítulos de streetlight e pensei... Que tal dar um mimo para meus amores? E bom aqui está... Essa história é meio diferente de tudo que já escrevi então espero que gostem, não esqueçam da estrela e do comentário.

Pode conter erros ...

O clima na montanha refletia muito bem o tempo em Seul, a diferença? O som da natureza era a única companhia do ômega naquele fim de tarde, observando o tapete branco de neve que cobria antes o verde sem fim do lado de fora, a única coisa que distraía o escritor era sua ressaca literária e seu bloqueio de escrita, a taça de vinho pela metade em cima da mesa velha o mostrava o script de seu último livro,um drama, mais um daqueles que o escritor conhecia bem, um romance dramático aonde o final não seria feliz, porque de fato os verdadeiros finais nunca eram, o jovem ômega suspira novamente olhando pela janela e processando aquelas informações, como poderia escrever finais felizes se todos os que ele viveu e conheceu acabaram em desilusão, dor e tragédia, finais felizes só existem em fantasias e contos de fada, jamais seria possível alguém quebrado como o jovem escritor ter um final não trágico, não daria para juntar os cacos que ele havia se tornado, não de novo, não outra vez, o ômega entendia bem que as vezes por mais que se cole algo que foi quebrado as marcas do remendo estarão lá e sempre serão as partes mais frágeis e possíveis de se quebrar novamente pois de fato elas só foram coladas e jamais estarão inteiras como foram um dia, jamais serão novas outra vez.

Ele se levanta e vai até o banheiro ajeitar seu banho de espuma quente,a solidão que sentia nos últimos dias doíam seus ossos o faziam querer gritar e rasgar sua pele com as unhas como se ela fosse apenas uma embalagem que o proibia e o isolava do mundo. Ao entrar na banheira quente seu corpo relaxou um momento, mas não demorou para a realidade o acertar novamente, ele estava quebrado de novo e isso o fazia questionar novamente sua sanidade, seu bloqueio está mais intenso mas agora ele tinha um nome e esse era o que o escritor queria esquecer.

Após um longo e demorado banho ele apenas se cobre com seu roupão antes de encarar seu rosto cansado no espelho do velho banheiro, ele analisa sua face desfigurada e abatida no espelho mas antes de fazer uma nota mental de como sua aparência estava mudada e abatida foi interrompido por batidas incessantes na porta, ele fecha seu semblante e se concentra para ter certeza se havia ou não escutado aquele som, e ficou surpreso quando as batidas voltaram a acontecer, ele não estava esperando por ninguém, na verdade nunca estava, não quando estava recluso na mansão das montanhas, aonde ele ia somente quando estava passando por essas ressacas literárias.

Ele caminha receoso até a porta, pessoas estranhas só iam até ali quando estavam perdidas ou se precisavam dar um recado muito importante para o ômega, sem contar que no frio que estava em Seul no momento uma pessoa não estaria ali se não fosse uma dessas duas ocasiões, ou mais provavelmente a primeira delas, ele ouve mais batidas e então abre a porta e sua feição muda sequer uma linha, ele encara curioso o alfa parado a sua frente completamente encolhido e agasalhado contra o frio cortante que se tornava ainda mais implacável com o avançar das horas.

streetlight  - Changlix ( short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora