Revelações Amargas

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Eliza despertou com o som insistente do despertador, o sinal de que mais um dia a aguardava. Enquanto se espreguiçava e lutava contra a tentativa de permanecer sob os lençóis aconchegantes, ela sabia que a rotina a esperava. O escritório sempre atarefado, os prazos implacáveis e a montanha de responsabilidades óbvias não dão trégua.
Vestindo um traje profissional e tomando um café apressado, Eliza se lançou no turbilhão cotidiano. Horas se passaram, e o sol começou a ceder à escuridão da noite quando Eliza finalmente deixou o escritório. O cansaço pesava em seus ombros, mas uma sensação de realização também estava presente; ela havia cumprido suas tarefas, como sempre.
Caminhando pelas ruas movimentadas da cidade, Eliza passou por um café pitoresco. A lembrança de seu namorado,Aidan, veio à mente, e ela decidiu que merecia uma pausa, mesmo que breve. Ao entrar no café, o aroma reconfortante do café recém-preparado a envolvia, e ela vai até o balcão para fazer seu pedido.
Enquanto esperava, Eliza pegou o celular e começou a verificar suas mensagens. Um sorriso involuntário surgiu quando viu uma foto de Aidan, então uma risada conhecida chamou sua atenção dentro do café, quando ela foi em direção a risada viu Aidan, seu sorriso se dissipou quando viu uma garota junto a ele, eles estavam abraçados trocando carícias. Com um nó no estômago, ela chama seu nome.
Eliza: Aidan?

suas mãos tremiam enquanto ela os olhava.

Aidan: Eliza?

Aidan se levanta rapidamente do lado da garota

Aidan: O que você está fazendo aqui?

O mundo parecia desacelerar enquanto ela os via. Uma sensação de traição a atingia como uma onda de choque. Ela não conseguiu acreditar no que estava vendo.

Eliza: Não acredito nisso Aidan.

Eliza diz com Lágrimas nos olhos
Aidan tentou explicar,mas suas palavras tropeçando enquanto ele tentava justificar suas ações. Mas Eliza não estava ouvindo. A sensação de ter seu coração partido tomou conta dela, as lágrimas finalmente rolando por suas bochechas.
Era como se o café, antes aconchegante, agora tivesse se transformado em um local onde as máscaras caíam e as verdades cruas eram reveladas. Enquanto Aidan continuava a falar, Eliza percebeu que aquele momento marcava o fim de algo que ela pensava ser inabalável.
Deixando Aidan para trás, Eliza saiu do café, uma mistura de emoções se agitando dentro dela. O que uma vez foi um dia de trabalho árduo e rotina se transformou em um mar de incertezas. No horizonte, o sol se pôs, lançando núcleos quentes sobre a cidade, mas para Eliza, tudo estava mergulhado em uma sombra de tristeza e perda.
Com o coração pesado e olhos embaçados pelas lágrimas, Eliza saiu do local em que testemunhara a traição de seu namorado. Seus dedos tremiam enquanto ela pegava o celular, o impulso de ligar para sua mãe quase irresistível. Mas, com um suspiro frustrado, ela desistiu da ideia. Talvez fosse melhor falar com alguém que não estivesse tão emocionalmente envolvido.
Seus pés a conduziram pela cidade enquanto ela discava o número da única pessoa que vinha à mente: sua melhor amiga, Maya, que conheceu na faculdade,e tornou-se sua melhor amiga. Enquanto o telefone chamava, Eliza lutou para conter as lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento. Finalmente, uma voz conhecida atendeu do outro lado.

Maya: "Alô? Eliza, é você? Algum problema?"

Maya perguntou, a preocupação evidente em sua voz.
Eliza engoliu em seco, tentando controlar a voz embargada.

Eliza: "Maya, você está em casa? Preciso falar com alguém, agora."

A preocupação de Maya aumentou.

Maya: "Claro, Eliza. Estou em casa. Venha o mais rápido que puder."

Sem mais delongas, Eliza pegou um táxi e dirigiu-se à casa de Maya. Seu coração batia ansioso enquanto o carro percorria as ruas, cada minuto parecendo uma eternidade. Quando finalmente chegou à porta de Maya, Eliza não hesitou em bater com força.
A porta se abriu e Maya apareceu, uma expressão de choque e preocupação ao ver o estado de Eliza.

Maya: Eliza, o que aconteceu? Entre.

Eliza entrou na casa de Maya, suas emoções finalmente se libertando e as lágrimas escorrendo livremente. Maya a conduziu até o sofá e sentou ao seu lado, dando-lhe um abraço caloroso.

Maya: Eliza, me conte o que aconteceu.

Com a voz trêmula, Eliza contou a Maya o que havia testemunhado no café, as palavras saindo em meio a soluços. Maya ouviu atentamente, segurando a mão de Eliza com firmeza enquanto ela se abria sobre a traição e a confusão que sentia.
Quando Eliza terminou de falar, Maya deu um suspiro compassivo e a abraçou ainda mais forte.

Maya: Eliza, sinto muito que você esteja passando por isso. Você não merece isso.
Você é forte, e vamos superar isso juntas.


Eliza se permitiu chorar, deixando suas emoções saírem sem restrições. Ela se sentia vulnerável, mas ao lado de sua melhor amiga, também sentia-se apoiada. Maya era o porto seguro que ela precisava naquele momento de tormenta.
Enquanto as horas passavam, Eliza e Maya compartilharam histórias, risadas e conselhos. A tristeza não desapareceu completamente, mas a amizade verdadeira de Maya trouxe uma sensação de conforto e alívio. Eliza percebeu que, apesar da dor, ela não estava sozinha nessa jornada.
Naquela noite, enquanto as estrelas brilhavam no céu, Eliza sentiu um pouco de esperança renovada. As ligações para a mãe ainda poderiam acontecer, mas, por enquanto, a amizade e o apoio de Maya eram tudo o que ela precisava para se reerguer.

Between Hate and Desire - Entre o Ódio e o DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora