The Time Between Us

capítulo 3

N - Qual e Rogers você ja foi melhor que isso - Natasha revira os olhos, relaxando os músculos e abaixando a guarda, dando em conta que a luta ja havia acabado, novamente com o Capitão América sobre o chão

S - Estou enferrujado - O homem ri, se organizando para mais um fim de treino cansativo - Sua conversa com a Wanda parece ter ajudado - O homem diz a Natasha com um sorriso atencioso, fazendo a ruiva contorcer sua expressão confusa com o que ele quis dizer 

N - Não existiu nenhuma conversa - Natasha diz simples, prendendo o cabelo de forma rápida em uma trança desleixada para evitar o calor

S - Oh, eu pensei... depois da nossa conversa eu a vi andando pelo complexo e conversando com Bruce - Steve parecia envergonhado, mas Natasha não se importou muito com aquilo, no fundo, ela não queria que a garota ficasse presa em um quarto pelo resto de sua vida, sabia que a sensação não era nada boa. Mas o fato de ter Wanda perambulando pelo complexo não a alegrava imensamente

N - Soube que Pepper a levou para sair, agradeça a ela - Natasha da um tapinha no ombro de Steve, antes de seguir em direção ao elevador, discando o seu andar, pensando no que Steve havia lhe dito. Natasha se lembrava da conversa de um mês atrás, logo após a morte do gêmeo Maximoff, Natasha ouviu Steve dizer que deveriam acolhe-la, que ela não tinha culpa dos experimentos da Hydra, e que não deveria ser tratada como um experimento. Natasha esperou, o momento em que Bruce diria que e uma péssima ideia, ou em que Tony diria alguma piada acida sobre como ela mataria todos enquanto eles dormem, mas então, veio a resposta que lhe surpreendeu, acenos de cabeça exaustos, sem qualquer negação contra a mais nova moradora do complexo. 

Natasha chegou a se perguntar se ela havia entrado em suas mentes, em como poderiam ser tão imaturos e irresponsáveis, ela não entendia, não entendia como levou anos para que a Shield confiasse nela, uma simples humana, moldada por uma organização do mal, que só precisava de ajuda, mas recebeu olhares cruéis, uma cela gelada, e anos de esforço para receber confiança. E ali a frente dela, uma bruxa louca que poderia mata-los em um estalar de dedos, livre, para ir e vir quando quiser, sendo tratada como uma criança indefesa

Natasha queria entender, o problema estava neles, ou nela?

Ela não achou que teria uma resposta tão cedo, mas ainda no elevador, 2 andares abaixo do seu, uma espécie de luz vermelha invadiu o elevador, deixando Natasha em alerta e pronta para o ataque que se seguiria, porem, ele não aconteceu, a nevoa parecia inofensiva. O visor do elevador mostrava em que andar haviam passado, e Natasha suspirou, sabendo que o que faria a seguir provavelmente viria junto de uma onde de arrependimentos mais tarde, mas ao clicar no botão do elevador que permitiu sua parada, Natasha se viu pela primeira vez no andar que pelo ultimo mês havia sido tomado por Wanda Maximoff.

Natasha caminhou elevador a fora, havia um corredor simples, que separava o elevador da porta que dava ao real cômodo, as instalações do complexo eram imensas, cada andar era tomado por um apartamento enorme com tudo que você possa precisar, cozinha, sala, banheiro, quarto. As instalações da garota não eram diferentes, havia uma porta, claro, mas o que fez com que Natasha se questionasse era o por que da mesma estar aberta

Escancarada aos olhos de quem queira ver, de seu interior, os feixes de luz podiam ser vistos saindo, como aurora boreal no céu, seguindo em um feixe de fumaça avermelhado, dançando como pequenas fitas no ar. Com um pouco mais de coragem, Natasha ousou toca-los, encantada com a forma que se desfaziam, como a mais pura fumaça no ar

Natasha caminhou, adentrando o apartamento de Wanda, era triste, de certa forma, refletia  a garota, escuro, sem vida, ou qualquer coisa que remetesse a pessoa que vivia ali, não havia nada que esbanjasse o olhar de Wanda Maximoff, isso fora a fumaça vermelha que a guiava como uma estrada em direção a um cômodo, que assim que Natasha se aproximou, pode ter certeza de que era seu quarto