Dreams And Other Deceptions

Capítulo 35: Passado: A Punição, A Proposição

Hermione pesou o pequeno frasco de vidro em suas mãos com cuidado, passando-o para frente e para trás da direita para a esquerda repetidamente enquanto contemplava seu próximo movimento.

O grupo coletivo da Grifinória dormiu toda a viagem de trem até King's Cross - Ginny se encarou com segurança sob o braço de Harry e dormiu com o rosto pressionado confortavelmente na dobra do pescoço dele. Neville, que não queria ficar sozinho, havia se estabelecido por Luna no chão do compartimento do trem, e os dois adormeceram com seus torsos inclinados um para o outro, tão atenciosos um com o outro no sono quanto na consciência.

Hermione acordou com os sons dos freios estridentes para encontrar sua cabeça apoiada no ombro de Ron e sua mão enrolada em torno da dela. Ela se ajustou rapidamente, mudando rapidamente para um ardil de reunir suas poucas coisas espalhadas pelo compartimento.

Foi a primeira noite que ela estava passando no Burrow no verão e se ela pensou sobre isso racionalmente, ela realmente deveria dormir sem sonhos hoje à noite. A primeira reunião da Ordem em que ela teria permissão para participar começou às oito da manhã seguinte e, embora ela quisesse estar presente e totalmente acordada para isso, ela colocou a poção roxa de volta em seu lugar dentro de sua bolsa.

Ela teria que contar com aquelas poucas horas de sono no trem para vê-la até amanhã, mesmo sabendo que nem chegou perto de descansar o suficiente para compensar o último dia e meio.

Cuidadosamente, ela começou sua meditação, limpando todos os pensamentos que não se relacionavam com Draco. Puxando sua conexão compartilhada para a vanguarda de sua mente, ela começou a repetir todos os momentos em que sua consciência havia chamado para ela. A sensação de estar se afogada nele, a maneira como consumiu seus sentidos e reivindicou toda a sua atenção, cada detalhe que ela pôde verificar, foi puxado para o foco.

Dedicando-se aos detalhes e imitando suas sensações a ponto de ceder às visões, ela se submeteu a dormir com a mão enrolada no colar de não me esquecer. A última coisa que ela notou antes que a inconsciência a alegasse era a sensação de calor irradiando contra a palma da mão.

...

Havia algo rastejando pela pele dela, mais sutil do que uma coceira, mas tão perceptível quanto a mordida do ar frio ao seu redor.

O sentimento era estranho, como se tudo o que é familiar e quente no mundo tivesse sido propositadamente removido, deixando-a com uma profunda sensação de desconforto, mas sem maneira de identificar o quê.

Unsettled foi a melhor palavra que ela poderia inventar para descrever a maneira sentida como o ambiente desconhecido da visão formada sobre ela.

Ela sabia que estava vendo o mundo através de um par de olhos cinza de aço familiares enquanto se forçava a se concentrar na cena ao seu redor. Seu corpo, o corpo de Draco, sentou-se rigidamente em uma cadeira implacável e rígida, olhando para uma grande sala de estar pouco iluminada.

Hermione podia dizer que os pisos sob seus pés eram feitos de mármore de ônix inconfundivelmente raro e precioso, embora o brilho da pedra fosse nublado por uma espessa camada de poeira e o que parecia ser meses de negligência. Os grandes lustres de prata que ela assumiu seriam bastante brilhantes em quaisquer outras circunstâncias, pairavam sem luz acima dele. A única luz na sala veio de grandes janelas sujas na parede sul, cada uma das quais estava parcialmente obstruída com cortinas verdes profundas, olhando para uma grande extensão de gramado. À distância, ela podia ver o início de um jardim sem manutenção, cheio de um crescimento desenfreado de flores e ervas daninhas altas e espinhosas.

Malfoy Manor era tão pouco acolhedora quanto Draco havia descrito e tão estranha quanto ela havia se sentido em suas memórias. O salão ao seu redor certamente já havia sido polido com perfeição, e provavelmente havia sido uma peça central da casa ao mesmo tempo. Agora, era uma relíquia do que já foi.