capítulo 3: Anotações do passado

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Com lanternas em mãos, o grupo se aventurou pelas passagens escuras e corredores silenciosos da escola. Cada passo ecoava, criando uma atmosfera carregada de tensão. Ezequiel liderava o caminho, guiando-os com um conhecimento que parecia vir de fontes obscuras.

Enquanto exploravam os recantos sombrios da escola, eles começaram a notar marcas estranhas nas paredes, símbolos e inscrições que pareciam indicar um caminho. Seguiram essas pistas, desvendando um labirinto subterrâneo que os levou a um espaço amplo e escuro.

Atravessando um corredor estreito, chegaram a uma porta antiga, com entalhes intricados. Ezequiel a empurrou com cuidado, revelando uma sala secreta. O ar estava impregnado com um aroma de mofo, como se esse local não tivesse sido visitado há décadas.

No centro da sala, uma estrutura misteriosa se erguia: um pedestal de pedra, no qual repousava um livro empoeirado. Era um livro antigo, com páginas amareladas pelo tempo e capa de couro gasto. O título estava escrito em uma língua desconhecida, e ilustrações estranhas adornavam suas páginas.

Sónya estendeu a mão para tocar o livro, hesitante. "Isso é... incrível."

Ezequiel assentiu. "Eu ouvi falar sobre esse lugar há muito tempo. Dizem que esse é o Livro das Sombras, um livro que contém conhecimentos proibidos e segredos ocultos."

Enquanto folheavam o livro com cautela, eles encontraram uma seção que descrevia rituais e feitiços antigos. Ao ler as palavras, uma sensação de inquietude se apoderou deles. Afinal, o que aquele livro representava? E por que estava escondido na escola?

De repente, um ruído ecoou pelo corredor. O grupo se virou, alerta. Ezequiel sussurrou: "Devemos sair daqui. Não sabemos quem mais pode estar atrás desse livro."

Eles recuaram da sala secreta, retornando pelos corredores labirínticos. No entanto, a sensação de que não estavam sozinhos permanecia, pairando no ar como um frio inquietante.

Quando finalmente emergiram dos corredores subterrâneos, encontraram-se em um pátio sombrio. Ezequiel olhou ao redor, inquieto. "Precisamos ir. Não podemos ficar aqui."

Enquanto se afastavam do lugar, a mente do grupo estava cheia de perguntas. O que significava o Livro das Sombras? Quem mais estava atrás dele? E o que os grupos ocultos tinham a ver com tudo isso?

Enquanto o vento sussurrava segredos nos galhos das árvores, eles seguiram o caminho de volta, determinados a descobrir a verdade por trás dos mistérios sombrios que cercavam a escola. No entanto, a sensação de que o desconhecido estava mais perto do que nunca os deixou com a certeza de que a batalha contra as sombras estava apenas começando.
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Com o Livro das Sombras em suas mãos, o grupo se reuniu na sala de Michael, folheando cuidadosamente as páginas amareladas. As palavras eram escritas em uma língua antiga e desconhecida, mas, surpreendentemente, eles conseguiam compreender o significado das anotações.

"Isso é incrível", disse Sofia, estudando as páginas. "São registros de todos os alunos que frequentaram a escola na época de Julian. Parece que eles compartilhavam suas experiências e premonições sobre o futuro."

Michael franziu a testa. "Premonições? Como assim?"

Ezequiel apontou para uma passagem em particular. "Olhem aqui. Uma aluna escreveu que teve um sonho estranho sobre a escola pegando fogo e que sentiu uma sensação de perigo iminente."

Sónya olhou para outra página. "E aqui, outro aluno menciona algo sobre um 'relicário perdido' que poderia mudar o destino da escola."

Gabriel acrescentou: "Parece que eles tinham visões sobre eventos futuros e estavam tentando entender o que estava por vir."

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