Eleanor é uma jovem de 20 anos que vem sonhando constantemente com uma garota misteriosa desde os seus 5 anos.
Eleanor escuta sussuros e sempre tem ilusões que fazem ela se perguntar porque isso só acontece com ela? E porque ela nunca viu essa garo...
| inferno / Los Angeles CA |19 de dezembro de 1666
Pov:melanie |
Ando de forma desesperada e apressada com uma cesta em minhas mãos, torcendo pra não acabar encontrando ninguém até eu voltar.
Olho pros lados me escondendo atrás de um carro, do outro lado da rua conseguia ver o orfanato no qual eu deixaria a criança, não conseguia ver nenhuma luz escapar pelas janelas, mas conseguia ouvir barulhos de que haviam "pessoas" la dentro.
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࿐
Me desespero quando ouço o ser de dentro da cesta chorar alto ecoando pela rua deserta.
Olho pros lados com medo de algo ou alguém aparecer, e abro a cesta vendo-a chorar desesperadamente, devia estar com fome.
Passo minha mão em suas bochechas, sentindo as mesmas gélidas, dou meu polegar pra ela chupar e não acabar chorando com falta de sua mãe, olho para seu rostinho, sua pele era clara como a neve, brilhava. Seus olhos eram densos como o mar, seus cabelos pequeninos e loiros, era como um anjo.
Ainda chupando meu polegar, ela o morde, sinto uma leve dor e vejo sangue sair de meus dedos e ir pra sua boca, seus olhos imediatamente se converteram para cinza escuro, a vejo sugar todo o sangue que estava em meu dedo sorrindo.
- Ah sua sapequinha, descobriu como morder - falo em tom brincalhão com a pequena em minha frente.
Sem muita paz, me assusto com sons vindo do outro lado da rua.
- Aí, que merda - me agacho com a neném na cesta em meu colo, espero as criaturas em sua face original andarem até um pouco mais longe, fazendo o mínimo de barulho possível, e me levanto.
- Está hora de nos despedirmos, pequena - dou uma última olhada nela, tiro meu polegar de sua boca e a olho com ternura.
Ela dá um grito gritinho agudo me encarando com seus olhos pequeninos,
- Billie. - sorrio com seus olhos me encarando - sua mãe lhe deu esse nome, é lindo, sabia? - fecho a cestinha, atravessando a rua apressada.
Quando chego em frente ao enorme portão, respiro fundo e o abro subindo as enormes escadas que davam para a porta do orfanato.
O clima estava gelado, o chão com uma neblina muito densa, as flores mortas no canto da escada. No céu só consigo ver figuras voando e outras gemendo de dor, Não posso esperar menos que isso já que estou no inferno.
Chegando na enorme porta, olho os detalhes dela, era grossa e muito velha mas parecia ser bem resistente se tentassem derrubá-la.
Avisto uma aldrava com rosto estranho, deixo Billie na frente da porta e bato nela com a aldrava e corro para me esconder atrás de uns arbustos, esperando que alguém abra a porta.
Depois de dois minutos vejo uma senhora de meia idade abrindo a porta avistando a cesta em seus pés, levantando a mesma vendo a pequena neném dentro da cesta. Logo a leva pra dentro e fecha a grande porta atrás de si.
