𝗙𝗜𝗥𝗦𝗧 𝗟𝗔𝗗𝗬

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❛ SOPHIE JAMES ❜

Addison escolheu voltar para Washington com a sua mãe e aquela definitivamente foi a melhor escolha que ela poderia fazer. Estar aqui com todas essas lembranças e o peso do luto não faria bem para ela. Além disso, era perigoso ficar perto de onde os inimigos estavam.

Voltei a pensar mais racionalmente sobre os problemas e tomei a decisão de entregar nomes para a polícia. A maioria desses criminosos já estava presa ou em processo, outros moravam fora do país e não tinham mais envolvimento com coisas ilícitas. Só sobraram dois nomes e o chefe de Vinnie tinha certeza de qual deles estava envolvido nisso.

O juiz da suprema corte não deixaria barato o fato de que Frederic acabou manchando o seu nome ao ser preso em um evento que o mesmo estava presente. As atenções estavam voltadas para aquele homem e isso estava fazendo as pessoas duvidarem do seu caráter. Ele estava a um passo de entrar num processo de destituição de seu cargo caso as investigações policiais chegassem nele. E se ele tivesse mesmo mandado matar o Frederic como todos achavam, seria o fim da linha. A confirmação de que ele era o responsável se deu porque depois de vários dias conseguiriam rastrear a ligação que eu recebi e vinha de uma das casas do juiz.

Marcaram uma data para efetuar a prisão dele depois de provas o suficiente serem coletadas. Eu estava ansiosa para que tudo acabasse e eu pudesse não ter medo de sair do meu quarto. Tudo o que eu mais queria era poder ter uma vida normal, sem preocupações, traumas ou coisas ilícitas para lidar. Parecia surreal que essa possibilidade estivesse se aproximando.

Um dia antes do dia da operação, eu fui à minha última consulta para avaliar o estado do meu tornozelo. Eu já conseguia pisar tranquilamente no chão, havia terminado de tomar os medicamentos e estava pronta para ouvir do médico que eu podia voltar a dançar.

— Acho que mesmo que ele diga que está tudo bem você ainda devia pegar leve. — Vinnie disse para mim quando estávamos dentro do consultório aguardando o médico.

— Não vou mais dançar como se os meus ossos fossem feitos de titânio, não se preocupe. — sorri fraco.

— Antes que eu me esqueça, preciso que saiba que o Bryce vai ficar com você amanhã. — disse com o rosto sério.

— Por que? — o olhei com desconfiança.

— Fui convocado para a operação.

— Ah, não... — me preocupei. — Não pode pedir para alguém te substituir?

— Por que eu faria isso?

— Porque é perigoso! Esse cara deve ter matado o Frederic com apenas uma ligação. Tem ideia do que isso significa?

— Sim, eu lindo com gente assim há anos. Não tenho medo deles.

— Não é questão de ter medo, é zelar pela própria vida.

— Meu amor, é o meu trabalho. — falou como se isso pudesse ser o suficiente para tirar o meu medo.

— E se acontecer alguma coisa com você?

Quando ele deu de ombros, eu quis estapeá-lo. Não podia ser tão banal para um policial a ideia de sair para um dia de trabalho e simplesmente não voltar mais para casa. Aquilo era muito sério.

— Estamos falando da sua vida, não trate como se não tivesse importância! — exclamei.

— A minha vida tem importância, mas a partir do momento em que eu decidi proteger outras vidas aceitei os riscos disso. Sou um policial treinado e com bastante tempo de experiência, sei como não ser morto, mas também sei que posso falhar na tentativa de ficar vivo.