~ Capítulo 2 ~

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Eu quero que o tempo passe devagar entre você e eu
Bem devagar o tempo entre você e eu... —Mi suerte





Todos os anos, em março, a cidade de Miami celebra o seu popular festival que unem-se diferente tipos de culturas e pessoas que vem de todos os lugares. Um dos destaques é o Miami Primavera Poetry Fest, uma celebração ao ar livre que dura um fim de semana inteiro. Milhares de visitantes vão todos os anos para ouvir música ao vivo, entre relembrar clássicos escritores, artistas, saborear comidas deliciosas, aproveitar o entretenimento para crianças e conferir a incrível seleção de arte local que remetiam a todas as obras de pinturas, esculturas dos últimos séculos.

Mais de 200 artistas locais mostram a sua arte para as multidões. Você pode passar uma tarde caminhando pelas barracas de arte e encontrar de tudo, desde pinturas e esculturas até joias e fotografias antigas à venda.


[...]


Fomos andando até o Park Central, onde havia uma atmosfera de festa e cultura. Era o Festival Internacional do Miami Primavera Poetry Fest, um evento que reunia diversas culturas de diferentes partes do mundo para celebrar a palavra, a arte, a gastronomia e principalmente as músicas clássicas de sucesso. Luna me disse que adorava vir todo ano, pois acontecia na melhor época do ano, que era na primavera.

Chegamos ao Park Central, onde havia várias tendas com livros, artesanatos, comidas e bebidas de vários países. Caminhamos pelo parque, admirando as luzes coloridas que enfeitavam as árvores e as barracas, criando um clima mágico. O cheiro de café, dos tacos mexicanos e do tiramisu italiano —que eu com certeza não deixaria de provar— Nos convidava a experimentar as delícias daquelas barracas. A música tocava ao fundo, misturando diversos ritmos como rock, jazz, blues e bossa nova. Havia várias pessoas curtindo o festival, desde famílias até amigos e pessoas sozinhas. Luna me puxou pela mão, animada para ver o palco principal, onde aconteciam as leituras de poesias de autores renomados e novos talentos.

—Não é possível que Giovanna tenha sumido também, marcamos de nos encontrar aqui, mas ela simplesmente não me responde mais —diz focada no celular mandando outra mensagem, dizendo que já tinha chegado e o guardando logo em seguida.

—Ei, Matteo, acho que não me lembro de ter te convidado para ir até minha casa —para de caminhar e fica em minha frente, enquanto arregaçava as mangas.

—Sua casa? Nós não estamos indo até o evento? —pergunto, confuso.

- Minha casa em Marte. Você estava meio perdido aí, olhando para cima com a cabeça nas nuvens —brinca, fazendo gestos para o céu.

—Ah, sim, claro. Fui conhecer um pouco da sua família dos astros e quem sabe final do ano você me leve para passar as férias em Saturno.

—Mas ainda é março —reclama.

Masaindaémarço imito sua voz.

—Ei, ei, eu não falo assim —protesta, cruzando os braços e franzindo a testa.

—Claro que não, minha tia Maria que fala —me olha, enquanto sorri pelos cantos dos lábios. Ficamos nos encarando e eu a imito, cruzando os braços também.

Não aguentamos e caímos na risada.

—Vamos logo, já é quase 20:55 —confere em seu celular.


...


Continuamos a caminhada, não sem antes Luna tirar uma foto nossa e encaminhar para Giovanna, até que começamos a escutar vozes ecoando pelas caixas de som. Percebemos que estávamos mais perto do evento, pois a iluminação era mais forte e o som mais alto.

Uma Canção de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora