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BAT MITZVAH，A PASSAGEM JUDAICA QUE TRANSFORMA A CRIANÇA EM ADULTO. Na visão de Angelina, é a cerimônia que faz adolescentes imaturos acharem que estão prontos para a vida adulta, mesmo sem estarem prontos nem para um teste escolar de múltipla escolha.
Angelina Salvatore vivia com sua mãe e irmão mais novo, seu pai havia falecido a alguns meses, e para ela, esse era um assunto que vinha acompanhado de 50 bandeiras vermelhas. O mesmo era judeu, assim como sua família. Todos sempre acreditaram muito em Deus e depositaram toda sua fé nele.
Todos menos ela.
Na verdade, ela acreditava sim. Mas depois da morte de seu pai sua fé reduziu bastante, e sua mãe respeitou e entendeu esse ato.
No momento a casa estava um caos. Todos se arrumando para o bat mitzvah de Devin, um garoto aleatório que estudava com a mesma.
— Anda logo, Angelina! — sua mãe a apressou pela décima vez — Nos já estamos prontos.
— Só falta o rímel. — a menina de roupão, bobs no cabelo e com apenas metade da maquiagem pronta gritou nervosa antes de se apressar — Me da cinco minutos.
Uns 40 minutos depois ela desceu vendo sua mae cochilando no sofá e seu irmão comendo cereal
— Tô pronta. — avisou balançando a mãe que acordou a olhando de cima abaixo
— Finalmente em! Tá gatona. — piscou para a filha que riu
A garota usava um vestido preto com manga curta que era apertado até a cintura, depois era soltinho e ia até o meio das coxas.
— Tá de luto? — o garoto loiro zoou ao ver que o tênis e o vestido eram pretos
— Tô, pela infância dele. — ela colocou uma mão em cima do peito e a outra secou falsas lágrimas
— Vamos logo. — sua mãe riu indo até a porta — Deveria pegar um casaco.
— Tô de boa. — a menina respondeu indo até o carro
— Eu sento atrás! — o mais novo gritou indo até o carro estacionado do outro lado da rua
Em famílias normais os irmãos brigam para ir na frente, mas na família Salvatore eles brigam para irem deitados atrás.
— Nem morta! — ela gritou atravessando e chegando nele primeiro — Chupa essa, OTARIO! — ela tirou sarro do mais novo sem perceber seu vizinho perto dela
— Tá bonita pra uma esquisita. — Andy Goldfarb chamou sua atenção fazendo ela olhá-lo
— Você?
— Sou seu vizinho, lembra? — falou com um sorriso cínico
Ah sim, tem esse fato. Andy Goldfarb, o garoto por quem ela tem uma grande raiva morava na casa em frente a sua. Ele sempre tentava começar conversas mas ela o cortava na primeira oportunidade.
