Eu pedi, aliás eu implorei para que minha tia não deixasse que eles me levassem, mas foi em vão ela tinha um sorriso imundo nos lábios. Nunca iria esquecer.
— Pare! – Ai meu Deus, eu sabia que minha tia não deixaria eles me levarem. O alívio toma conta do meu corpo. — O meu dinheiro.
Ela estendeu a mão e o senhor tirou um envelope amarelo do bolso, minha tia olhou dentro do envelope e sorrio com o mesmo cinismo que olhou para mim. Vagabunda ainda ia pagar por tudo que está fazendo comigo.
— Podem levar. Seja feliz, sobrinha. – Ela diz e o cara alto segura em meu braço me puxando para fora da casa.
Penso em gritar, mas lembro que nossa casa é muito longe da cidade. Entretanto eu me recusava a ir de bom grado, sei lá para onde ou para quem eles estão me levando, então eu grito o mais alto que consigo.
Uma mão grande cobre minha boca apertando com tanta força, nisso o arranho, no entanto ele aperta mais forte, agora sua outra mão está segurando meus braços. Ele me tira do chão como se eu fosse uma criança.
Ele entra no carro comigo me colocando sobre o banco. No processo de propósito ele bate com a minha cabeça em alguma coisa dura.
— GAROTA OU VOCÊ FICA QUIETA OU EU FAÇO VOCÊ FICAR — Ele não grita, mas sua voz soa decidida e sem espaço para discussão. Ele afasta a blusa o suficiente para que eu possa ver sua arma, fico quieta eu nunca tinha visto uma arma pessoalmente e decido não gostar delas.
— Não é preciso ameaça-la, Sérgio. Ninguém aqui vai te fazer mal, somos todos bons e você não será mais maltratada. Ela irá ficar quieta não é mesmo menina? — Confirmo. Depois de anos alguém interfere por mim e eu tento não sentir afeto por esse senhor estranho, mas sei lá parece impossível não gostar dele. Só que isso estava fora de cogitação, era ele quem está me levando talvez para minha morte. Já estava morta o que mais eu podia almejar ? Ele foi o primeiro a demonstrar que se importa comigo para o bem ou mal, Ele demostra que se importa e isso mexeu comigo.
— Sim – digo meio que sussurrando. — Para onde estão me levando?
Se eu colaborar, talvez eu consiga me adaptar. Talvez eu consiga ser ou parecer mais forte do que fui com minha tia.
— Para o meu patrão.... Ei não precisa ficar com medo, querida. Ele não é um monstro.
Tentei. Entretanto parecia impossível não o ver como um monstro, reparei que ainda tinha a foto da minha mãe e guardei no bolso do shorts que eu usava.
O caminho foi muito longo tentei não dormir, minha cabeça esta doendo muito e me sentia tonta. Paramos m frente a uma enorme casa que tinha um murro ainda maior Tentei não ficar com medo, mas parecia impossível. Meu Deus, por favor me proteja.
Felipe
Horas antes
— Júlio, eu já disse que não quero uma outra garota trabalhando aqui, você não se esqueceu do que aconteceu com a Maria – falo para o meu mordomo, ele é como um pai para mim, então aproveita para poder me manipular.
— Não. Mas esta é diferente ela não poderá sair, a tia dela vendeu ela para esta casa.
— Sr. Júlio isso é crime ela não é um objeto...
— Me escuta meu jovem. Aqui ninguém vai fazer mau a ela. Jessica estava anunciado a menina em todos os bares, quero fazer por ela algo que vai acalmar a alma desse seu velho. – Júlio pega uma foto do envelope e me mostra. Fico impressionado com uma menina linda de pele morena e olhos castanho, ela tem um sorriso doce e sexy ao mesmo tempo. Entendo o que Júlio quer dizer com fazer algo para acalmar sua alma. No passado ele perdeu uma filha que nem ao menos teve a chance de aproveitar. Ele descobriu que possuía uma filha que foi morta ao tentar atravessar a fronteira ilegalmente.
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VENDIDA: OS MONTENEGRO I
Romance"Obra registrada no cartório. Plágio é crime. tenha as suas próprias idéias e você crescera pelo que é, e não pelo que copia." ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ Parece que já não era o bastante ter que viver com uma Tia prostituta que me agredia diariamente tinha que so...