𝟎𝟓 - 𝙿𝚎́𝚜𝚜𝚒𝚖𝚘 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚎𝚛𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 ɞ

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- Vamos logo.

Entramos e caminhamos pela vila procurando a loja do nosso alvo que por acaso era bastante destacada em comparação as demais.
Percebo que, embora sem as máscaras cobrindo todo o rosto, ainda haviam pessoas que olhavam torto para nós. Provavelmente por causa do físico de Kakuzu que é grande e robusto, naturalmente difícil de ignorar e que estou parecendo um possível viciado, andando curvado e com o rosto quase totalmente coberto.

Não tinha duplas melhores para fazer essa missão?

- Pain idiota.

Ouço o Kakuzu xingar em voz baixa e olho para ele de canto.

- Parece que você leu a minha mente. Estamos em sintonia, parceiro.

Forço a minha voz para ficar rouca - e é evidente de que a voz está forçada já que não passo nem 2% do meu tempo treinando dublagem - e dou um soquinho em seu braço e volto a olhar para baixo, nos aproximando da loja. Passamos por entre os demais clientes e vamos até o dono.

- Ei, você. É o gerente? -Kakuzu.

- Sou o Dono, na verdade. -Ele se aproxima com um sorriso falso e largo. - Como posso ajudá-los, cavalheiros?

- Quero comprar alguns itens para decorar uma casa e nos foi dito que você teria os melhores itens decorativos de todo o país da chuva.

- Haha! E isso está mais do que correto, meu rapaz. O que exatamente deseja?

- Tudo. Irei fazer uma compra completa.

Ele fala passando os olhos em volta como se analisasse cada item do lugar. Tanto o vendedor quanto eu ficamos surpresos vendo-o agir com tanta indiferença a gastar seu dinheiro.

- Eu imagino que isso irá requerer bastante dinheiro, meu bom rapaz... -Nos olha de cima a baixo "discretamente". - Talvez devamos fazer um orçamento?

- Não importa o valor. Meu irmãozinho aqui -Aperta meu ombro e me empurra para frente. - finalmente está indo morar sozinho e merece do bom e do melhor.

O nosso alvo olha para mim um tanto curioso mas logo desvia sua atenção de volta para o Kakuzu e abre um sorriso ainda maior.

- É sempre maravilhoso ver um laço fraterno tão lindo. Venham, podemos tratar do nosso negócio em um lugar mais privado.

Ele sai para o fundo do lugar e sinaliza para o seguirmos. Vamos até uma sala improvisada e ele se senta em um dos bancos e começa a pegas uns anúncios de móveis.
Olho para o Kakuzu por dentre os fios de cabelo que cobrem meu rosto e ele retribui o olhar, acentindo com a cabeça.
Em um momento de distração em que o alvo vira de costas, eu me aproximo e bato em sua cabeça, o desmaiando. Não perco tempo e corto sua garganta com uma kunai de forma silenciosa. Pego os papéis da herança e os coloco no fundo de uma gaveta onde serão achados e me viro para sair. Por um momento, Kakuzu e eu trocamos olhares antes que eu abaixe a cabeça novamente. Ambos saímos e assim como antes, metade das pessoas na loja ficam olhando estranho para nós. Saímos da vila em silêncio assim como entramos mas não demora muito para que gritos sejam ouvidos a distância.

- Devíamos ter escondido o corpo? -Pergunto com a voz forçada.

Ele da de ombros enquanto arruma as suas próprias coisas para partimos e logo faço o mesmo.

ᴼ ˢᵘᶜᵉˢˢᵒ ძᥱ ᵘᵐᵃ ᵖᵃ́ʳᶦᵃ - ɴᴀʀᴜᴛᴏ ᴜᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora