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Em alguma ilha de East Blue próxima a uma Base da Marinha, eu estou morando atualmente.

Antes éramos três, minha mãe, meu pai e eu. Mas nossa antiga ilha foi atacada por ninguém mais, ninguém menos que Buggy o palhaço. E para me proteger, meus pais deram sua vida para me colocar em um pequeno barco e me mandar para longe, como eles estavam correndo contra o tempo, a única coisa que puderam por no barquinho eram seus dois maiores tesouros, uma Akuma no mi e o fruto de seu amor. Essa akuma no mi que foi o único alimento que tive em duas semanas no mar à deriva, foi o que me salvou da morte e ao mesmo tempo me condenou pelo resto da vida.

Essa akuma no mi era a fruta do tempo, que me dá o poder de desacelerar o tempo em módulos. Por exemplo, o módulo um: desacelera o tempo em 1,5× e assim vai sucessivamente, até o módulo 10 que é onde eu consigo desacelerar o tempo e deixá-lo o mais lento possível, isso é, parar até a luz. Um poder foda eu diria.

Na visão dos outros, eu fico mais rápida, mas pra mim o mundo fica lento, que é o que realmente acontece. Mas o módulo 10 não é um mar de rosas, com muito treinamento eu consigo mantê-lo por 5 minutos contados por mim, o que equivale a 0,0000000001 segundos.

Meus pais foram grandes heróis pra mim, eu os amo muito e eu sou grata pelo que eles fizeram. Assim, eu posso arrancar a cabeça desse palhaço com as minhas próprias mãos.

Mas então, vamos ao que realmente interessa.
Alguns dias atrás, em um tipo de bar ou restaurante ouvi um nome bastante conhecido pelos caçadores de Piratas... O Roronoa Zoro em pessoa.

Aparentemente, pra salvar a pele de uma garotinha, ele se opôs a Marinha, ou melhor ao filhinho mimado daquele boca de metal, ele é tão ridículo que eu nem me lembro o nome.

O Roronoa foi levado sob uma promessa de que seria solto se sobrevivesse 10 dias, mas todo mundo dessa ilha sabe que mesmo que ele sobreviva sem água ou comida e exposto ao sol, os vira-latas da Marinha não vão libertá-lo.

E como uma boa curiosa, eu vou dar uma olhada nele todos os dias. Ele tá tão xoxinho que olhar pra cara dele me faz querer rir.

Lembram que eu falei "alguns dias atrás"? Então, no agora, eu estou em cima do muro, observando ele e cada mínimo movimento que ele faz, ou melhor, consegue fazer. Vale lembrar que ele está preso.

- Qual é o seu problema hein? - Ele pergunta com clara irritação na voz.

- Ah, por favor, me ignore. Eu estou aqui apenas para apreciar um dos famosos caçadores de piratas ser mantido preso pela marinha. - Respondo para ele em tom de deboche. - Mas, aí... Você não fica com fome não?

- Isso não é da sua conta, pirralha! - Ele continua sendo ignorante.

Não vou negar, ver alguém que não fez nada errado nessa situação é agonizante.

- Certo, certo. Eu vou embora então, o tempo de visita já acabou. Passo aqui amanhã, Alga marinha. - Me despeço do meu "colega".

- Já vai tarde, maluca. - Ele retribuí o apelido.

Então eu desço do grande muro que separava a base da marinha da cidade e vou em direção a minha casa. Não dá pra negar que nos últimos dias eu me senti apegada ao Roronoa, mas isso não é culpa minha, ou talvez seja. Geral dessa cidade me evita, mas eu faço pouco caso disso.

O Zoro é o primeiro amigo que eu tenho, depois daquilo... E eu nem sei se ele me considera da mesma forma.

Ignorando toda a grosseria e xingamentos vindos dele, de fato ele é um cara bem legal. E eu tenho pensado nisso a um tempinho, então vou por o meu plano em prática. É bem simples, vou fazer alguns onigiris pra ele e levar um pouco de água, e também vou avisar sobre o plano daquele mimado desgraçado. Não que eu ache que o Zoro não saiba, mas não custa avisar.

Chegando em casa, noto que a maçaneta da porta não está do mesmo jeito que eu deixei, logo pego a adaga que sempre levo na cintura e silenciosamente entro em minha casa. Lentamente passando pelo corredor, olhando cuidadosamente em meu quarto, no banheiro e por fim, indo em direção a cozinha.

Apenas para encontrar um garoto de cócoras em frente a minha geladeira aberta, e um outro quatro olhos sentado na mesa apenas observando o seu amigo.

- Quem são vocês? - O de cabelos rosa se assusta e ao notar minha adaga se afasta até encostar na parede, o do chapéu de palha apenas olha pra mim e dá de ombros. - Eu vou perguntar mais uma vez... Quem são vocês?! - Pergunto pausadamente.

- Eu sou Monkey D. Luffy e aquele lá é o Kobi. - O mais alto responde ainda mastigando um pedaço de carne.

- Ótimo, bom saber seus nomes, assim posso saber quem eu vou entregar para a Marinha. - Rapidamente pego minha Katana que fica exposta na parede da cozinha próximo de onde eu atualmente estava. - Mas se vocês se retirarem pacificamente, eu até penso em deixar vocês irem. - Aponto minha espada em direção a eles.

- Tá. Vamo Kobi, já enchi o buxo. - o outro responde um "Tá" com a voz meio trêmula.

- Se eu ver a cara de vocês por aqui de novo eu vou arrancar suas cabeças, entenderam?!

- Tá, tá, tia. A gente já tá indo. - O do chapéu responde caminhando até a saída.

"Tia"?! Ninguém deu uma aula de senso pra esse moleque não?

Enquanto o maior saía desleixado, o nanico pedia desculpas e se curvava.

Decido ignorar o acontecimento de minutos atrás e vou olhar o que restou da minha geladeira. Por sorte aquele idiota só comeu as carnes, então meu plano de fazer onigiris ainda estava de pé.

Depois de cerca de 30 minutos estava tudo pronto, e eu já estou a caminho do lugar onde o Roronoa estava.

Mas então tive uma grande surpresa ao chegar lá.


*

Espero que esteja do agrado de vocês, me avisem os erros ortográficos e as críticas construtivas são sempre bem vindas.

Tomara que tenham entendido como a akuma no mi de vocês funciona.

Um beijo na bunda e até o próximo capítulo. ❤️‍🩹

Tudo. (Luffy X Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora