CAPÍTULO SETE

312 26 2
                                    

Emilly

Algumas coisas na vida não tem jeito, é agora ou nunca , eu preciso me acalmar porque se não eu piro, preciso ficar bem para poder cuidar do meu bebê que já vai nascer e eu só peço à Deus proteção para esse ser tão inocente, e que já se tornou o centro do meu mundo , porquê meu Deus se acontecer alguma coisa com ele eu nem sei o que será de mim, eu simplesmente não sei, dizer que estou com medo é pouco para descrever o que se passa no meu coração, eu quero gritar mais não posso , não consigo. Eu queria tanto , mais tanto uma família, estava desesperada pôr sentir- me amada de novo, depois dos meus pais eu só senti amor com Declan, sei que a minha melhor amiga me ama assim como a amo como se fosse minha irmã, mais eu preciso da minha própria familia, eu anseio isso, e desde que eu soube estar esperando este bebê , eu contava os meses e dias para carregar ele nos meus braços , e ama-lo , e só de pensar que talvez isso não aconteça me deixa louca, estou morta de medo do que pode acontecer, estou apavorada.

As infermeiras chegam para me preparar para ir para o centro cirúrgico, a mais velha delas tenta me tranquilizar, sorrio sem vontade pela sua boa vontade para me tranquilizar, mais sinceramente só vou ficar tranquila quando ver meu bebê e sentir que respira, Kiera chega e me abraça, beija minha barriga e fala com meu bebê dizendo para ele aguentar firme e que ela o ama muito, e isso me emociona, por que sei que é verdade, Kiera vai se trocar para entrar na sala de cirurgia comigo, a minha médica autorizou ela a ficar comigo na hora do parto, e graças a Deus por isso, pois preciso dela comigo me dando apoio e segurando minha mão, e então quando ela volta já vestida com roupa apropriada para entrar, nós vamos , e ela todo o caminho segura minha mão, acho que sente que eu preciso desse contato para me sentir segura.

Sento na maca , o anestesista fura na minha coluna, sinto uma picadinha um pouquinho dolorosa e depois me deito e espero a anestesia fazer o efeito desejado pelos médicos, e segurando a mão da minha amiga eu oro e peço a Deus pelo pedacinho de inocência dentro de mim.

E depois de 40 minutos ansiosos , eles tiram o meu bebê, ele não chora e eu me pergunto porquê ? e me desespero, eles tentam me acalmar, mais tem algo muito errado, entram dúzias de enfermeiros, e eles o levam e eu choro , minha médica se aproxima de mim e me diz para me acalmar, que ele está vivo só não está conseguindo respirar sozinho, e levaram ele para o examinarem e o colocarem no oxigênio, ele é tão pequeno, nunca vi um bebê pequeno assim e tão frágil, e agora ? e se ele não conseguir? , meus Deus ajuda ele , eles terminaram comigo e me levam para uma sala de pós parto, para me observarem, Kiera não sai do meu lado, beija minha testa , e eu sei que está tão emocionada e preocupada quanto eu . Depois de umas duas horas minha médica entra e me diz que eu serei transferida para outro hospital, pois aqui não tem meios para ajudar o meu filho , ele precisa de uma UTI neonatal equipada, e aqui não tem , e sem isso ira morrer, eu me apavoro, mais Kiera me diz que já está tudo certo, para eu não me preocupar que já esta tudo resolvido, como ela conseguiu isso? eu não sei, mais no momento eu só me importo com a vida do meu filho, o resto se arruma depois.

Fomos transferidos , o meu bebê ainda não pude ver , o médico que agora ira cuidar do meu caso é muito simpático e me passa segurança, é muito jovem , mais pelo que já deu para perceber é muito competente também, e me diz que se eu estiver me sentindo melhor amanhã poderei ir vê-lo na UTI, me explica que como é muito novinho os pulmões dele ainda não estão preparados ou maduros o suficiente para ele respirar sozinho, e me diz para não me assustar quando for vê-lo pois ele está cheio de fios, e acessos nos pezinhos e bracinhos, está sendo alimentado pôr uma sonda, e devido a baixa imunidade dele pegou um resfriado logo ao nascer, mais que ja estão cuidando dele, e eu peço a Deus que seje assim .

Hoje fui vê-lo meu Deus como é pequeno e frágil meu bebê, tão pequenininho meu filho, não aguentei e me emocionei, apesar de tudo está vivo, meu Deus , coloquei minhas mãos dentro da encubadora e pude sentir como fininha é a sua pele, peguei seu pezinho, sua mãozinha, passei a mão na sua cabecinha, não pude ver que cor são seus olhinhos pois não abriu os olhos para mim, ai que vontade de segurar ele, mais ainda não posso, coloquei a máscara de nebulização nele como me ensinaram, mais a máscara fica enorme no rostinho pequeno dele, passei o dia com ele na UTI, só a tardinha quando comecei a sentir a cirurgia latejando voltei com a ajuda de Kiera para o quarto .

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 26, 2015 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Laços inseparáveisOnde histórias criam vida. Descubra agora