Você é meu oxigênio, minha sina meu destino.

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Com o coração doído por estar acabando, o penúltimo de ciganinha está no ar.

Boa leitura! <3


𖤐


Alexandre Nero

Os dias posteriores ao nosso casamento foram um caos completo, o que já era algo esperado por nós dois quando inventamos essa maluquice de se casar em uma noite qualquer da nossa viagem.

Nossos nomes foram parar em todos os sites de notícia, com diversas manchetes em estado de puro choque com o casamento repentino, mas Giovanna e eu não poderíamos nos importar menos com essa situação.

Estamos em completo êxtase, felizes para um caralho com tudo que vem acontecendo.

O sorrisão de orelha a orelha no meu rosto é a prova viva de que eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida, mesmo que vira e mexe a gente se desentenda.

Os próximos shows no exterior foram tranquilos, apesar da quantidade de paparazzis querendo apenas um minuto de fama pela felicidade alheia. Passamos por todas as cidades contratadas com todas as apresentações com ingressos esgotados, ao ponto de nem enxergar tanta gente na multidão.

Mais um sonho realizado pra conta.

Mas essa turbulência toda teve seus malefícios, principalmente pela rotina de correria que esses vai e vem de avião nos causaram.

Voltamos ao Brasil em uma quinta-feira pela manhã e já tivemos que subir pro ônibus, pois tínhamos shows marcados durante todo o final de semana. Acabei conseguindo convencer Giovanna de me acompanhar, já que ela só voltaria ao trabalho na segunda-feira, assim poderíamos aproveitar mais um tempinho de recém-casados juntos.

O destino da vez é o sul do país, onde passaremos por Maringá e depois Curitiba e voltaremos para Goiânia no domingo. Era até uma rotina tranquila se comparada aos dias de completa bagunça nos Estados Unidos, onde não tivemos descanso durante duas semanas.

— Finalmente o último show do final de semana, tô só o pó. — comentei enquanto me sentava no sofá que havia em meu camarim.

Estranhamente Giovanna estava bem quieta hoje, não está falando pelos cotovelos como sempre faz a qualquer momento e isso é motivo pra ficar em alerta.

Essa mulher em silêncio é mais problema do que ela tagarelando qualquer coisa 24 horas por dia.

— Gio, quer mais água? — Otaviano apareceu do nosso lado oferencendo a bebida, mas ela só meneou a cabeça em negativa.

Não consigo chegar a uma conclusão sobre o que poderia estar acontecendo, mas desde o dia que voltamos da viagem que ela vinha esquisita, vez ou outra passando mal.

— Vou pro show rapidinho, tá? Se quiser ir pro hotel, eu te encontro lá. — dei um beijo em sua cabeça em sinal de carinho.

— Vou te esperar, amor. Não quero ficar lá sozinha. — resmungou com a voz meio baixa.

Apesar da preocupação que sentia em relação a ela, não podia fugir dos meus compromissos e precisava entregar um show de qualidade pra quem havia se deslocado até ali para me assistir. 

Ao final da apresentação, não poderia dizer que foi uma das minhas melhores performances, mas foi suficientemente boa. Minha cabeça não conseguia pensar em outra coisa que não fosse na minha esposa que não está bem faz alguns dias e que é cabeça dura o suficiente para não querer ser medicada devidamente.

Coração CiganoOnde histórias criam vida. Descubra agora