Em procura de mim mesma

#2

Agora são 18:20 acabei de chegar da escola, mal entrei em casa e já ouvia minha mãe reclamando na cozinha de alguma coisa,ela  só sabe reclamar Carol isso Carol aquilo as vezes queria que a boca dela fosse costurada.
Nem penso muito e a primeira coisa que fasso e ir para o meu quarto, quando entro nele não sei explicar me dá uma sensação de paz, nele e só eu comigo mesma e mais ninguém. Guardo minha bolsa no armário e saio para ir ao banheiro enquanto passava pela cozinha minha mãe chamou a minha atenção.

— Carol porque você não lavou a louça?
— me desculpa mãe eu esqueci
— esqueceu? você não faz nada menina não sabe cozinhar não sabe passa um pano nessa casa, você acha que quando você se casar seu marido vai fazer tudo pra você é?

Não respondo nada e vou para o banheiro, discutir com a minha mãe e inútil ela nunca me ouve, assim que fecho a porta do banheiro começo a chorar, todo dia e a mesma coisa minha mãe acha alguma coisa em mim para reclamar e logo começa o showzinho dela, eu não aguento mais.
Volto para o meu quarto depois de tomar banho, meu quarto não e tão grande mas tem bastante espaço nele tem um guarda roupa de três portas,uma cama de solteiro e uma escrivaninha ele e todo decorado com desenhos que fasso e colo na parede.
E lá eu fico até meia noite, só sai para ir comer, olho para o horário na tela do celular e já vi que vou passar mais uma noite em claro, me levando e me olho no espelho do guarda roupa, e nesse momento tudo cai sobre mim a dor,a tristeza o ódio e a culpa.
Começo a chorar, lágrimas quentes e saldadas escorrem pelo meu rosto até cai no meu peito.

— porque?, Porquê? Porquê que minha vida é uma desgraça parece que cai em um rio e estou me afogando e quanto mais eu me debato para sair mais eu afundo.

Começo a me aranha até ficarem marcas vermelhas na minha pele, parece que eu estou com coceira por de baixo da pele.

— Porque? — digo me lembrando das palavras da minha mãe "quando você se casar"— quando eu me casar? eu não consigo me apaixonar por alguém, sempre que achei que gostava de alguém era do ilusão da minha cabeça proclamando por amor e atenção

Olho pra mim mesma no espelho meus braços estão parecendo dois pimentões vermelhos, paro de me machucar e minha pele começa a arder depôs que a adrenalina abaixa.
Deito na minha cama olhando para o teto e não penso em mais nada,meus olhos se fecham e meu corpo relação.

Boa noite minha criança , durma, porque sua jornada não será fácil.