Rosé se sentou em carro, com as mãos apertando o volante com força, a cabeça apoiada em cima deles e com os olhos fechados. Ela respirou profundamente na tentativa de limpar a cabeça. O que diabos ela tinha pensado? Ela se questionou batendo sua cabeça contra o volante suavemente. Rosé não conseguia entender o que a havia possuído para fazer algo tão estúpido. Havia uma razão para manter seus sentimentos em segredo, uma razão muito válida. Não foi porque ela estava com medo da rejeição de Jennie, embora ela admita que tinha inúmeros debates internos sobre a reação de Jennie. Não, o silêncio era na verdade, devido a razões muito menos egoístas. Jennie era vulnerável, ela estava lidando com um monte de estresse: sua saúde, a escola e Rosé não queria acrescentar mais essa situação. Rosé era feliz em ser amiga de Jennie, mais do que feliz de fato. Passar um tempo com Jennie era melhor do que nada e sua felicidade significava mais para Rosé do que a dela mesmo. Rosé tinha mantido seus sentimentos porque no fundo ela sabia que Jennie precisava dela mais como uma amiga do que como uma namorada. Agora, tudo foi arruinado e havia uma possibilidade muito distinta que ela perderia completamente Jennie, tudo porque ela não conseguia manter a boca fechada.
Rosé bateu a cabeça contra o volante novamente. Merda. Merda. Merda. Merda.
Ela respirou fundo mais uma vez tentando livrar-se do medo aterrorizado que parecia ter consumido todo o seu corpo. Rosé tentou lembrar o que ela estava pensando quando ela confessou tudo para Jennie, mas a verdade é que ela não estava pensando. Naquele momento ela se sentia bem e não podia ignorar a ação de finalmente ter falado as palavras que ela desejava dizer desde o primeiro dia que elas se conheceram. Pela primeira vez, Rosé tinha tomado seu próprio conselho e deixado o coração governar suas emoções. Ela parou de cismar com tudo, deixou seu cérebro e sua lógica enlouquecedora e fez o que Jennie havia sugerido: ela assumiu um risco.
O único problema era que a vida era dolorosa. É uma dor filha da mãe. Assim que havia falado, não teria como voltar atrás. Jennie tinha dito a ela que a vida era muito curta e Rosé concordou com esse sentimento de todo o coração. O pensamento de perder Jennie assustava Rosé. O pensamento de Jennie nunca saber o que ela significava para Rosé aterrorizava mais do que qualquer coisa, especialmente porque a sua confiança e autoestima já eram tão baixos. Então ela pensou "Mas que diabos? Qual a pior coisa que poderia acontecer?" Se ela tivesse pensado sobre isso um pouco mais, talvez ela teria escutado a racionalidade irritante que muitas vezes ela se orgulhava de ter e manteria a boca bem fechada.
Em vez disso, ela agora se encontrava sentada sozinha em seu carro, o silêncio mortal que se seguiu a sua confissão suavemente tocando em seus ouvidos. Rosé levantou a cabeça do volante e passou a mão pelos cabelos querendo se direcionar para o mais longe possível da casa de Jennie, para que ela pudesse limpar a cabeça e pensar. Ela rapidamente encontrou as chaves do carro no colo, as colocou na ignição e ligou o motor do carro. Rosé olhou para o espelho retrovisor momentaneamente para ver se o caminho estava livre, seu pé encontrando o acelerador e movendo o veículo para longe do meio-fio.
Rosé estava ganhando velocidade quando percebeu o movimento com o canto do olho e a próxima coisa que ela assimilou era que algo tinha se jogado na frente de seu carro. Ela bateu o pé no freio, o carro parando bruscamente apenas centímetros da pessoa a frente dela que havia batido no capô firmemente com ambas as mãos numa tentativa de se proteger do impacto. A boca de Rosé caiu um pouco surpresa quando ela finalmente percebeu que era Jennie que estava olhando para ela do outro lado do para-brisas e voou para fora do carro, sua preocupação com a outra garota que se manifestando como raiva.
"Jesus Cristo, Jennie!" Rosé gritou batendo a porta do carro firmemente atrás dela "Que diabos você pensa que está fazendo? Você está tentando se matar?" Ela praticamente gritou "Eu teria pensado que você tinha entendido que não deve se jogar na frente de um carro em movimento!"
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Trials And Tribulations (Chaennie)
Fanfiction"Um mar calmo, nunca fez um marinheiro hábil." Adaptação Chaennie