Capítulo 9

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Devon

Saio dali e vou até a cidade, me tele porto, chego a minha garagem que tenho reservada na entrada da cidade pego meu carro e entro na cidade, passo em um supermercado e pego tudo que precisa, jogo no porta malas, tenho roupas aqui na mala do carro e na casa, mas para ela terá de ficar para outra hora pegar, pago tudo e quando vou sair vejo na tv a notícia da morte e sumiço da família da garota, saio dali o mais rápido que posso, preciso saber o que está pensando na família, tenho de arquitetar um plano para que não em peguem ou que pensem que fui passado para trás.

Pego o carro e sumo, vou até a mata que dá para a casa, ponho tudo em um carrinho de madeira e faço o carro ficar invisível, mas não posso destruir, vou precisar dele, nem ela nem as pessoas podem me ver com certos poderes, então pego o carro, vou o puxando, não tem como seguir de carro até lá, é só mata fechada.

Assim que adentro a casa não ouço nada e largo o carro na cozinha e vou até a sala e a vejo dormindo coberta por meu casaco, como pode ela dormir assim depois de tudo que viu? De um estranho te lá trazido a força para um lugar desconhecido? Ela me viu matar seus pais, me viu matar homens e mesmo assim dorme como se estivesse protegida? Deve ser pela doença que ela tem. Ela não entende ao certo tudo que a cerca e tudo que eu fiz, saio dali e guardo a comida nos armários e sento na poltrona que fica de frente ao sofá dela e de frente a tv, encho meu copo de whisky e acendo meu cigarro, ligo a tv e fico ali a olhando e vendo sua respiração e seus movimentos durante o sono enquanto sinto o liquido queimar minha garganta como minha pele queima ao olhar está garota, o que ela tem demais que me fez por tudo que levei a vida para conseguir fora? São tantas questões que estão me atormentando e me fazendo ficar com raiva e ao mesmo tempo ansioso, resolvi ir me deitar, deitei em minha cama, mas a merda do sono não chega, tudo que eu quero é ficar lá perto daquela garota.

Depois de horas de bebidas e pensamentos acho que apaguei, apenas senti a garota me sacudir

Mel- tio! Titio! Estou com fome! – ela falava baixinho, mas me assustou ao sentir sua pequena mão quente em contato com minha pele, eu nunca mais tinha sido tocado, eu já toquei na garota, mas ela nunca tinha me tocado, no susto pego minha arma e sento rápido

Dev- O que está fazendo garota? – ela se assusta

Mel- só queria algo para comer, desculpe... – ela junta os dedos nervosa, minha voz é horrível e assustadora, não é algo que eu faça de propósito é algo que agora faz parte de mim

Dev- Saia e me espere na cozinha! – ordenei, ela pareceu hesitar – o que foi? – ela me encara e isso me faz sentir arrepios e meu olhos vão direto para aqueles lábios carnudos

Mel- Eu... é, eu queria tomar um banho, posso? – eu sorrio de lado, gosto da imagem que vem a minha mente, mostro a ela a direção do banheiro, ela olha e se vai apenas escuto o baque da porta sendo fechada lentamente, sei que ela vai precisar de roupas e de toalha, mas quero poder alcançar a ela, talvez ter um vislumbre de seu corpo nu.

Levanto-me e vou até o outro banheiro o do corredor, ela não sabe que há um lá, faço minhas higienes e saio apenas de calça moletom, fui direto ao quarto para ver o que a garota fazia e quando abri a porto segurei o ar por alguns segundos, ela estava procurando toalhas enrolada em um lençol branco e seus enormes cabelos pingavam água e assim que me sentiu ela se virou e segurou aquele lençol como se sua vida dependesse disso e eu sorri de lado por seu cuidado, isso indica que ela não é tão sem noção assim do que não se deve fazer e isso causa alguma resistência por parte dela o que me deixa mais atraído ainda, gosto do que não posso ter.

Sorrio de lado

Dev- O que procura? – ela engole em seco e abaixa a cabeça

Mel- eu, é... só queria uma toalha, me desculpe – ela deixa lágrimas caírem, mas que porra essa garota tem? Chorar porquê? – pelo lençol, não me castigue, por favor – ela se ajoelha e suplica, isso me agrada, mas não dessa forma, não agora, eu nem ao menos sei o que quero ou o que vou fazer

Dev- levante-se daí garota! – falei grosso e minhas vozes isso se torna atormentador, fui rápido e com raiva até ela e a peguei pelo braço e a pus de pé e a encarei, seus grandes olhos castanhos estavam brilhantes pelas lágrimas e eu perdi o raciocínio assim que a encarei, senti meu ar faltar, meu coração palpitar e meu pelos se eriçarem, ela respirava pesado e encarou minha boca, fique confuso – se vista! – a soltei me virando de costas e agarrando meus cabelos e puxando, droga! O que está havendo comigo? Porra! Garotinha do cacete!

Mel- eu, eu não tenho roupas limpas – me virei completamente confuso e desesperado, eu não sei como lidar isso, com o que sinto ao encarar está garota, sinto meu corpo todo tremer e as imagens daquela maldita noite me batem como uma onda gigante me afogando em mágoa, em raiva – apenas pegue algo meu e ponha, estarei esperando na cozinha! – saio batendo a porta, respiro fundo tentando não descontar nela o que sinto, ela não tem culpa, mas sua inocência me irrita, me faz querer arrancar dela a todo custo, fazer ela ver o mau, o pecado, a fazer de todas as formas possíveis para o ser humano, a fazer gritar que quer meu demônio a invadindo por todos seus buracos, merda! Não estou me ajudando, entro na cozinha e bebo água, bebo todo o litro, e esquento uma lasanha no micro ondas e ponho 2 pratos na bancada e sento nela enchendo meu copo do liquido dourado que tanto amo, acendo meu cigarro e espero, passam alguns minutos e escuto seus passos, olhos para a porta e solto a fumaça, ela está com os cabelos penteados e usa uma camiseta cavada minha, cobre até abaixo de seus joelhos, sou bem maior que ela, mas as alças apenas cobrem 1 terço de seus seios, para seu tamanho são bem fartos, isso não ajuda em nada e acredito que ela não use nada além disso, merda! Me sinto duro, levanto e saio parando de costas para ela

Dev- coma e vá deitar em meu quarto, eu durmo no chão, não há outros quartos aqui e na sala não é bom ficar, preciso trabalhar! – ela concorda com um uhum e eu saio sentando na sala, longe da visão tentadora da pequena garota em minha cozinha, sei que ela não fez de propósito, mas preciso escolher outras camisas para ela até eu comprar novas para ela ou eu acabo fazendo algo que estou resistindo o que posso para não fazer, apesar do que me acompanha urrar em minha cabeça para fazer eu não quero, jurei nunca mais fazer e assim o farei.

Quero ver o que tem No Escuro- LIVRO 1 Saga Luz e EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora