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A alegria de saber que você existe faz-me forte para suportar a tristeza de sua ausência.

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Eu o vi chegar calmo, tranquilo. No mesmo lugar, na mesma hora de sempre. Usava uma jaqueta larga branco com mangas que vão até os antebraços. Ele também usa jeans finos que se encaixam com um tênis brancos que combinava com sua jaqueta.

Tudo está exatamente como todos os dias desde a semana passada. Exceto por ele estar com fones de ouvido desta vez. É incrível como parecia ignorar tudo a sua volta.

A coragem toma conta do meu corpo, irei finalmente falar com o garoto da estação de trem, o menino que em algumas semanas, ganhou meu coração. Caminho devagar para perto dele e paro ao seu lado, nossos olhares se cruzam e eu lanço um sorriso gentil para ele que abaixa a cabeça envergonhado.

Ele então, guarda seu celular e os fones no bolso e eu me sento ao seu lado.

Eu apenas observo cada movimento dele.

- Olá. - Eu murmurei para ele encarando meus pés que se mexiam em sincronia com o tilintar das barras de ferro do trem.

- Oi. - Ele disse baixo. Seu tom de voz saiu quase que... depressivo? Acho que estive cega antes por não perceber que aquele garoto realmente devia ter uma vida difícil.

Não, na verdade tudo indicava, as olheiras bem aparentes, estava sempre num canto de cabeça baixa e a sua pele que era bem pálida.

Ouve um momento de silêncio entre nós, talvez não soubéssemos oque dizer uma para o outro por não nós conhecermos, mas... Este não é apenas mais um motivo para conversarmos?

- Você... está bem? - Tomei coragem e lhe perguntei.

As vezes perguntar se uma pessoa está bem mesmo que ela não lhe responda pode fazer a diferença na vida dela.

- Acho... que vou ficar. - Ele não me encarou, mas eu notei que ele se afastou um pouco de mim.

"Minha presença é um incômodo para ele? Sou uma pessoa estranha por me aproximar dele do nada?"

- M-me chamo s/n, Pode me dizer o seu nome? - Perguntei corada e com uma fina esperança de que talvez pudéssemos ser amigos.

Ele novamente permaneceu em silêncio, mas talvez só estava em dúvida se dizia seu nome para uma desconhecida ou não.

- Y-yuta, okkotsu yuta. - Ele murmurou apertando a barra das roupas com força, na verdade com tanta força que pude ver a ponta de seus dedos ficando alvacentos .

- Sabe, minha mãe sempre me diz que nenhum dia é igual aos outros, então... se você estiver passando por algo difícil, você pode pelo menos ter a esperança de que o outro dia vai será melhor. - Eu disse para ele e neste mesmo momento ele retribuiu o meu olhar e nele eu pude ver.

"Seus olhos são mesmo bonitos, mesmo que estejam vermelhos, mesmo que pareçam tão vazios..."

- Obrigada. - Aquele tom calmo, porém triste ... Partiu meu coração. Ele parecia alguém que quebraria a qualquer momento, mas oque o tornou assim?

"Vendo ele estar tão vulnerável perto de mim me faz querer abraça-lo.
Porém é uma pena que já esteja chegando no meu ponto. Talvez se eu tivesse tomado coragem mais cedo acho que poderia..."

"

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Desconhecido... [Concluido]✓Onde histórias criam vida. Descubra agora