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𝐀𝐫𝐭𝐡𝐮𝐫

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𝐀𝐫𝐭𝐡𝐮𝐫

Meu celular despertou cedo hoje. Me levanto, sem nem pestanejar, e me apronto para descer antes de arrumar para a academia.

—— Bom dia, Arthur. —— Rosa, uma das ajudantes da casa sorriu. —— A mesa está posta.

—— Bom dia, Rosa. Obrigada.

Me sentei na mesa na busca de procurar algo saudável para comer. Começo apenas me servindo com um copo de suco natural.

—— Filho —— Ouço meu pai de longe descendo as escadas. —— Está pronto para a aula?

Cuspo o suco para dentro do copo novamente, sentindo o desespero tomar conta.

—— Que dia é hoje? —— Me levanto e limpo minha boca com o guardanapo. —— 1 de agosto?

Ele franze o olhar confuso, percebendo o meu desespero, e, então, dá uma checada no celular.

—— Hm... Hoje é dia 30. —— Sinto meu corpo murchar de alívio.

—— Meu Deus, que susto! —— Coloco duas uvas na boca e levo o copo para a pia. —— Depois de amanhã que começa as aulas.

—— Ah. —— Se sentou na mesa, me olhando por baixo dos óculos. —— O que vai fazer hoje? Acordou cedo.

—— Vou ir mais cedo pra academia. —— Ele deu de ombros, voltando a mexer no celular.

—— Hm... E que horas o senhor foi dormir?

—— Acho que cedo. —— Ele volta a me olhar.

—— Cedo?

—— Sim. Umas 4 da manhã. —— Começo a rir pela sua cara de desgosto. Ele me jogou uma uva. —— Qual é, pai? Quatro horas é cedo!

Ele manda o dedo do meio para mim e começa a ignorar a minha existência. Quando finalmente consigo parar de rir, subo novamente as escadas e troco de roupa.

No caminho para a academia, pude perceber o quão lindo àquela manhã estava.

—— Viado, você não sabe o que eu descobri! —— Carlos sorriu, enquanto acelerava seus passos.

—— Vai mudar em algo da minha vida?

—— Não.

—— Então não quero saber. —— Começo a correr.

—— Vai se fuder! —— Correu atrás de mim. —— É um assunto que você vai querer saber!

Paro, me virando para trás.

—— Vou é? —— Cruzo os braços. —— E como você sabe?

Ele para um pouco também, pensando em uma desculpa.

—— Bom... Parece que temos uma colega nova de classe.

—— Nossa! Como eu quis saber disso! —— Sorrio ironicamente para ele. —— Minha vida até mudou ó!

𝐏𝐨𝐫 𝐚𝐜𝐚𝐬𝐨, Arthur FernandesOnde histórias criam vida. Descubra agora