Um passado tenebroso

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29/04/2003 - Terça feira - 09am

A brisa suave da manhã havia finalmente chego, não conseguia conter a minha felicidade e ansiedade por estar indo acampar com meus pais pela primeira vez. As árvores estavam florescendo, e o sol brilhava no céu, pássaros cantavam por toda a floresta e a única coisa que atrapalhava era o ronco do motor do carro que estávamos.

– Já estamos chegando? – perguntei pela milésima vez.

– Calma, minha pequena. – disse minha mãe após uma risada sincera. – Estamos quase lá. – sorri admirando minha mãe.

Eu não conhecia ninguém como Iduna de Arendelle, não é querendo me gabar nem nada mas minha mãe é uma mulher espetacular, sua pele bronzeada harmonizava completamente com seus fios de cabelos morenos que tocavam sua pele com o bater do vento. Seus grandes olhos azuis pareciam como estrelas brilhantes no céu, enfim, minha mãe é perfeita.

– Como está a Anna, mamãe? - Indaguei passando a mão sob sua barriga.

– Ela está bem agitada hoje. - sorriu colocando sua mão sob a minha. - Pelo visto, ela será bem mais atentada do que você, platinadinha! - dei-me um toque no nariz fazendo com que eu caísse na gargalhada.

– Mas eu não sou atentada, mamãe.

– Ah, você é sim, garotinha! - os olhos do meu pai se encontraram com os meus pelo retrovisor central do carro. - Minha pequena atentadinha.

Finalmente estacionamos em um lugar distante da cidade, meu pai abre a porta para mim e eu pulo correndo até minha mãe que tem dificuldade de descer do automóvel por conta de sua grande barriga.

– Anna está muito gorda. - fiz uma careta ao perceber que não iria conseguir segurar minha mãe. - Mas eu vou ficar mais forte para te ajudar, mamãe.

– Obrigada, neném! - exclamou minha mãe arrumando meus cabelos. - Mas em alguns dias você não vai mais precisar se preocupar com isso, a Anna vai chegar.

– FINALMENTEEE! - sai correndo em direção a um lago que seria onde nós ficaríamos. - Ouviram peixinhos? Minha irmãzinha vai nascer. - a única coisa que eu conseguia ver na água era o meu reflexo, não havia nenhum peixe lá. - Onde estão os peixinhos, papai?

– Eles ficam mais ao fundo, pequena.

– Então eu vou até eles. - me preparei para pular mas meu pai me segurou pela gola da camiseta em que eu estava.

– Você não sabe nadar, Elsa.

– É assim que eu vou aprender, papai. - fiz uma careta, me debatendo dos braços do meu pai.

– Elsa, te aquieta.

– Agnar, você quem criou esse monstrinho. - disse minha mãe, puxando uma toalha.

Depois de alguns minutos aproveitando a paz distante da cidade, o motor de um carro potente nos atrapalha. Olho para trás e vejo um carro que compraria ao menos cinco do meu carro, parando perto de nós. Meu pai prontamente se levanta e fica a nossa frente, minha mãe se prepara para me proteger mas eu sou mais rápida e fico a frente dela a protegendo. A porta de trás do carro se abre, e dois pés pulam de lá de cima, revelando a silhueta de um garoto, que provavelmente tem a minha idade ou um pouco mais velho. Ele tem os cabelos brancos iguais aos meus, olhos azuis e a pele extremamente branca. Ele se assusta ao nos ver ali parados, e recua para trás da porta de seu carro.

Alguns segundos depois, a porta do motorista e a porta do passageiro se abrem juntamente, do carro descem um homem e uma mulher. O homem tem os cabelos brancos iguais aos do garoto, mas ele não parece ser velho ao ponto de ter cabelos brancos de velhice. A mulher ao seu lado carrega uma cesta em mãos, ela tem os cabelos morenos, e olhos verdes.

Um tiro por amor - JelsaOnde histórias criam vida. Descubra agora