Cap 3

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Já se passou duas semanas, e eu ainda não vi a criança, além de estar sempre rodeado de enfermeiras

Ontem, a família de Lee Dojun, ou melhor dizendo

A mãe de Lee Dojun, veio até o hospital com uma papelada com todas as informações úteis e inúteis sobre Lee Dojun para ajudar na questão da aminesia, e também com a documentação e chave de casa

Ela foi firme ao dizer que estava expulsando o próprio filho da família, e que não aceitava uma criança que não se sabia de quem era filho, também ouvi grandes insultos durante bastante tempo

Mas apesar disso tudo, tudo mesmo, ela me deu um cartão com dinheiro o bastante para viver durante uns 20 anos sem se preocupar e uma casa em outra cidade, uma casa bem longe para que eu possa viver com meu filho de maneira discreta e distante para não manchar a reputação da família

Eu não me importei muito com isso, já que seria melhor assim, e até fiquei feliz por receber dinheiro e uma casa

Ela também deixou o número de celular dela, para que eu possa pedir dinheiro caso o que eu tenho acabe, deixando bem claro que me ajudaria financeiramente em troca de me manter distante da família e de escândalos

Talvez seja por isso que o vilão desapareceu na história, por que foi para longe viver em silêncio com o filho

Enfim, hoje eu seria dado de alta, então querendo ou não, teria que conhecer a criança que supostamente é meu filho

Na verdade, é filho de Lee Dojun, não meu

Mas como estou no corpo de Lee Dojun, tenho que viver sendo ele, então agora sou pai solteiro

De tarde, a enfermeira chegou no quarto com um bebê em braços, eu estava terminando de arrumar minhas coisas para ir embora quando ela chegou

Larguei tudo que estava fazendo, e olhei para o bebê, que tinha os olhos fechados mas estava sorrindo que nem um tonto

Era um bebê tão fofo, e foi quando terminei de pensar nisso, a enfermeira empurrou ele para os meus braços

Tomei um susto e fiquei com medo de deixar essa pequena criatura cair, mas de maneira instintiva peguei ele no colo e o abracei

Senti o calor corporal da criança, e a pele de bebê que é tão macia, aquilo me fez sentir como se tivesse milhares de borboletas no estômago

A enfermeira me olhava com um sorriso no rosto e me perguntou

- Qual nome você dará?

Foi então quando minha mente começou a dar voltas

Qual nome eu dou para esse bebê? É um menino, então tem que ser um nome forte

Mas é um ômega, então teria que ser um nome delicado? E se ele for parecido comigo? Um nome delicado com uma aparência assim como a minha, não seria bom

E se eu colocar um nome estrangeiro? Eu era originalmente um americano

Não, isso seria ir muito longe, e se ele não gostar do nome quando crescer?

Mas eu tenho que registrar ele, e pra isso preciso de um nome

Se meu apelido é Lee, o nome tem que combinar com esse apelido, para não ficar estranho

Tenho que pensar em alguns nomes até o fim do dia, porquê preciso registrar ele antes de sair do hospital

Mas e se eu não conseguir pensar em um?

Foi então, quando estava no mundo da lua, que o bebê começou a chorar e isso me fez despertar

Entrei em pânico e olhei para a enfermeira, até que ela riu

- Ele está com fome, quer tentar alimenta-lo?

- Aa sim, que? Sim, como?

Fiquei meio confuso, mas respondi, e foi ai que ela apontou e então eu percebi

Nossa, sou um tonto mesmo

Acordei como pai solteiro?!Onde histórias criam vida. Descubra agora