1995, Rio de Janeiro - Brasil
Hana era uma ante social que viva com a expressão fechada, não tinha muitos amigos na escola mas tentava não se manter na solidão, então com isso se aproximou das garotinhas mais "legais" da sua turma, elas a aceitaram, mas a tratavam com desprezo fingindo ser suas amigas.
Ela sempre foi muito linda com seus olhos cor violeta seus cabelos loiros, e para completa sua beleza angelical, sempre estava muito bem arrumada, sempre utilizando brincos, colar e pulseira, isso mesmo sendo apenas uma menininha de 5 anos, e infelizmente isso era sua "maldição", pois recebia muito bullying e era sempre maltratada pelos seus "coleguinha".
-- Hana você não pode pintar a sua unha, somente eu e as meninas. (A pequena abaixou a cabeça tristonha e apenas concordou)
-- Essa boboca tá querendo parecer grande! (Um garoto irritante a provocou, eles estavam no recreio então não havia nenhum adulto para lhe defender)
Então ela fez o que seus irmãos disse para a mesma fazer e se defendeu partindo pra cima do menino, mas é claro que como uma garotinha ela não possuía força e acabou apanhando, mas mesmo assim ela não abaixou a cabeça para o garoto, ela nunca abaixava a cabeça para homem nenhum (com exceção de seu pai, afinal ela não queria ser castigada).
Ao longe, um garoto dois anos mais velho assistia aquilo já irritado com aqueles que sempre estavam tratando mal a linda garota que ele sempre admirava em segredo, e quando ele viu que a garota estava brigando com o idiota que foi pirraça-la, o platinado não suportou e partiu em defesa da menina, e isso resultou em uma Hana com o joelho arranhado e sangrando, um platinado "intrometido" com as mãos toda machucada de tanto bater no idiota (que ousou irritar a linda menina) que por fim acabou tendo que ser levado para o hospital.
Enquanto os dois estavam na frente da sala do diretor aguardando seus pais, Hana viu que a mão do seu "salvador" estava machucada, e ela como uma garota precavida sempre andava com um pequeno kit de farmácia em sua coisas, sem pedir permissão ela passou a cuidar das feridas do garoto enquanto o mesmo apenas a observava atentamente até que resolveu se pronunciar.
-- Você não deveria arrumar briga com os meninos, pode acabar se machucando. (O garoto a repreendeu de modo irritado mas se surpreendeu com o lindo sorriso gentil que recebeu)
-- Meus irmãos me fizeram prometer que eu sempre iria ser forte, então eu preciso me defender de idiotas assim. (A voz da garota era suave e calma transmitindo uma enorme calma ao rapazinho irritado)
-- E eles sabem que você tá arrumando briga com garotos que poderiam te ferir muito? (O platinado perguntou ainda de forma irritada)
-- Eles não sabem. (Hana ficou cabisbaixa, mas vendo o olhar curioso do garoto resolveu explicar) - Eu nasci no Japão, e meus irmãos moram lá com a minha mãe, já eu tive que vir morar com meu pai. (Ela tinha um grande pesar na voz, como se não gostasse disso e quisesse continuar onde estava, mas a garota de lindos olhos violeta logo se recompôs após terminar os curativos) - Me chamo Hana, e você?
-- Minami... (Ele respondeu meio receoso, afinal não era de fazer amizade com garotinhas mais novas e aparentemente tão encrenqueira, apesar dele mesmo ser por si só um tremendo encrenqueiro)
-- Hana! (Uma voz grave e forte fez a garota a sua frente estremecer)
-- Papai. (Ela parou na frente dele com a cabeça baixa, dava para ver que a mesma estava com muito medo, e logo ele entendeu porque, o homem alto deu-lhe um forte tapa na perna na menina fazendo-a se desequilibrar e cair) - Desculpa, desculpa, desculpa... (Ela fala entre soluços já se derramando em lágrimas e logo o homem a agarrou pelos braços a puxando com brutalidade dali sem ser contestado por ninguém)
Minami ficou extremamente irritado com a forma que a garota foi tratada e ainda mais por ninguém intervir, ele sabia que não era forte o suficiente para ajudá-la e isso só o deixou ainda mais bravo, e pensar em como ela seria castigada depois só piorou a situação.
Os três que brigaram levaram suspensão, então não haviam ido para a escola nesses três dias, mas no final da punição quando retornaram, Minami estava extremamente ansioso para ver como a garota estava, e não gostou nada do que viu, ela tinha alguns hematomas visíveis e estava extremamente cabisbaixa, com isso ele acabou se aproximando da garota no intuito de protegê-la ao menos na escola e com isso os dois ficaram muito amigos.
[...]
-- Eu vou senti tanta a sua falta! (Hana estava chorando agarrada ao pescoço do seu amigo que agora já tinha 14 anos e ela estava com seus 12 anos de idade)
-- Eu também vou sentir a sua, pequena! (Ele a apertava forte como se não quisesse soltá-la, e de fato ele não queria)
Acontece que assim como Hana, Minami também tinha família no japão, e com a morte de sua mãe ele teria que se mudar para lá e ficar com seus avós, mas ele não queria deixar a garota que estranhamente lhe era tão agradável, ele nunca se deu muito bem com ninguém, porém com ela era diferente, era quase uma necessidade de esta perto da mesma.
Mesmo ela sabendo que ele fazia coisa errada, Hana nunca se afastou e tão pouco o julgou, tão jovem e o garoto já dominava a favela em que vivia, mas isso nunca foi motivo para a garota se afastar, até porque ele a protegia até mesmo de seu cruel pai, mas isso chegou ao fim e ela teria que se virar sozinha daqui para frente.
-- Se prometer não me esquecer, eu prometo que assim que eu tiver uma chance eu vou pro Japão pra gente se reencontrar! (Ela disse com a voz embargada fazendo o garoto dá um pequeno sorriso)
-- Eu prometo, prometo nunca te esquecer, e prometo te reencontrar! (Eles se apertaram ainda mais sem vontade alguma se soltar um ao outro, mas era necessário, e depois de alguns minutos, assim finalizaram seu abraço de despedida)
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A Dama do Inigualável - South Terano
FanfictionHana foi separada de sua amada família ainda muito nova, deixando assim o Japão e seus tão amados irmãos, para morar com seu pai no Brasil, esse por sua vez fez da vida da jovem um inferno, mas "a males que vem para o bem". Mesmo que ela nunca quise...