Freenbecky: Um Mundo De Sonhos

capítulo IV

Rebecca

Depois do café da manhã silencioso e calmo eu sai da casa de Henrique e fui caminhar um pouco.
Apreciar as coisas que o destino me reservou, mas a vontade era zero.

Um pouco mais distante da casa eu vi alguns jovens andando com uniformes escolares, rindo e conversando.
Alguns deles me olharam e deram sorrisos maliciosos, isso nunca muda.

Eu revirei os olhos e mostrei o dedo do meio pra eles, logo sai caminhando novamente pra ver as estruturas medievais que Toledo tinha.

Passei a manhã inteira andando pela cidade e conhecendo as estruturas medievais que Toledo era conhecida, foi incrível que até esqueci de voltar pra casa.
No caminho de volta vi aqueles mesmos adolescentes na rua perto da casa de Henrique e por coincidência também estava a olhos castanhos.

ㅡAí você viu que aquela garota entrou na casa do senhor Armstrong de novo? ㅡ falou uma delas, mas não era a olhos castanhos.

ㅡ Vi sim, ela deve ser alguma parente dele ou algo do tipo ㅡ essa é a olhos castanhos, mas por que eu já decorei a sua voz?

...

Aquela manhã estava até boa, calma e relaxante.
Fui direto pro banheiro e tomei banho, hoje eu iria para a escola e Henrique já havia me mostrado o uniforme, tenho que confesar que não estou acostumada a usar uniforme escolar, mas esse era bonito.

Nos Estados Unidos sempre usei a roupa que eu queria, sem esse negócio de uniforme.

Desci as escadas com calma e ainda meio sonolenta, vi Richie e Henrique a mesa tomando café e conversando.

ㅡ Bom dia becky ㅡ Richie foi o primeiro a falar.

Esses dois dias que passamos aqui em Toledo tem feito bem ao meu irmão, ele está menos triste e mais alegre.
Ainda tem dor e tristeza em seu olhar, mas acho que ele esconde isso.
Richie resolveu dar uma parada na faculdade de direito, ele ainda está triste pela perda da mãe.

ㅡ Bom dia Richie, bom dia Henrique.

ㅡ Bom dia, o uniforme ficou perfeito em você Rebecca, vem tomar seu café da manhã pra gente poder sair ㅡ ele apontou para a cadeira ao seu lado, mas eu desviei e fui sentar ao lado de Richie.

Assim que terminei minha refeição, Henrique foi ao seu escritório pega suas coisas pra gente poder ir.
Ele havia me dito que eu iria com ele para caso eu não me perdesse e se eu quisesse depois disso poderia ir só.

A escola de Henrique era grande e tinha uma área vegetativa enorme, eu fiquei impresionada.
Na entrada já tinha alguns alunos, mas eu só consegui presta atenção nas tulipas bem no centro. Mamãe amava tulipas.

Henrique me levou até a sala dos professores e em seguida me levou pra minha sala. Eu não sabia que os diretores poderiam fazer isso.

ㅡ Bom dia alunos, desculpa professor mais eu tenho um comunicado pra fazer aos alunos ㅡ Henrique disse ao parar em frente uma sala. Eu fiquei logo atrás dele, nervosa.

ㅡ Tudo bem diretor, fique a vontade ㅡ assim que o professor autorizou sua entrada ele pegou em minha mão e me levou para dentro da sala.

Todos os olhares foram instantâneos pra cima de mim, murmurrinhos e conversas baixas até que o professor mandou eles ficarem quietos.

ㅡ Bem, nesse novo semestre que vai cmeçar eu queria apresenta uma nova aluna pra vocês ㅡ Henrique me deu uma olhada encorajadora, foi estranho.

Eu estava nervosa, porém animada pra fazer novos amigos, eu não sabia falar o Espanhol fluente, mas sabia algumas coisas.

ㅡ Pessoal essa é a minha filha, pode se apresenta por favor ㅡ ele pegou em meu ombro me trazendo para mais perto dele.

ㅡ Olá, meu nome é Rebecca Armstrong, é um prazer conhecer vocês ㅡ dei um leve sorriso pra não parecer seria demais.

ㅡ É um prazer te conhecer Rebecca, você pode sentar na última cadeira ㅡ o professor foi educado e me mandou para a última cadeira ao lado da janela.

Caminhei até a última cadeira e me sentei ainda sobe o olhar daqueles alunos curiosos.
Depois disso Henrique se despediu e foi embora, mas eu queria que ele ficasse.

O professor William começou a aula e confesso que até estava entendendo, mas como ainda sou nova aqui eu não não conseguia entender muito bem as coisas.

Os minutos se passaram e quando o sinal tocou eu agradeci aos céus.
Caminhei sem olhar pra ninguém até o refeitório, mas estava cheio e eu não conheci ninguém.
Comecei a caminhar pelos corredores até achar uma escada a qual presumi dar até o terraço, eu estava certa.

No terraço avistei uma garota deitada em meio a grama que havia ali. Não sabemos como foi nascer grama ali, mas era bonito.

De primeira já pude sentir um leve arrepio percorrer a minha espinha. A garota pareceu não notar a minha presença ali.
Ela era linda, cabelos negros, mas eu não vi a cor de seus olhos pois os mesmos estavam fechados, parece que eu já a conhecia de algum lugar, mas de onde?

ㅡ Olá... será que eu posso me sentar com você? ㅡ falo observando a garota mais de perto.

A garota abriu os olhos. Era ela, a olhos castanhos. Agora posso ver a sua beleza de perto.

ㅡ Claro senta aí ㅡ falou a garota me olhando com lindos olhos castanhos.

ㅡ Obrigado, meu nome Rebecca ㅡ disse erguendo minha mão pra ela e tentando parecer o mais tranquila possível.

A garota se levantou e sorriu,  puta que pariu, que sorriso lindo.

ㅡ Eu sei quem você é, e não sou abrigada a te dizer meu nome ㅡ falou voltando a observar o horizonte.

Eu franzi o cenho.

ㅡ Como você sabe o meu nome e eu só estava tentando ser educada ㅡ digo tirando minha mão e fazendo um pequeno beicinho.

ㅡ Desculpa, hoje não é um bom dia pra mim, e todos os alunos estão falando da suposta filha do diretor da escola ㅡ disse abaixando a cabeça.

Por que achei ela meio fofa? Ai Rebecca, para com isso.

ㅡ Não vai mesmo me dizer seu nome? ㅡ pergunto enquanto solto o meu lindo sorriso. Era o que minha mãe dizia, ela sempre falava que meu sorriso encantava qualquer um.

ㅡ Meu nome é Freen, e sobre o assunto do momento a escola toda já ficou sabendo ㅡ disse voltando o seu olhar em minha direção. Aquelas órbitas castanhas eram lindas, pareciam doces chocolates.

ㅡ Nossa, não tem nem um dia que eu estou nessa escola e já fiquei famosa ㅡ zombei me virando para encarar os pares de olhos castanhos que me observavam tão docemente.

Eu e Freen ficamos no telhado até ouvimos o sinal tocar de novo, em algumas partes da conversa ela foi grossa comigo mais eu apenas não falei nada, eu via um vazio em seus lindos olhos e tristeza.

Eu queria mudar aquilo, talvez virar sua amiga e fazer aquele vazio ser preenchido e... no caminho possa preencher o meu vazio também.