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Sentia as algemas queimarem meus calcanhares à cada passo que dava, ouvindo quando seu peso atingia ao chão em ritmo de outros passos, igualmente pesados.
O cheiro forte de cinzas se espalhava pelo ar, fazendo com que respirar fosse difícil. Era possível ouvir vozes lamentando a perda que haviam acabado de sentir.
- Você consegue ver algo? - Cochicho para o pássaro que se encontrava voando baixo pelo ar, próximo à mim.
O corvo negou com a cabeça, espionando por todos os lados, em busca de alguma informação sobre quem teria a intenção de saquear uma pobre cidade como essa.
Em um movimento rápido, porém furtivo, solto as algemas de minhas mãos, segurando-as para que não gerasse desconfiança. O verdadeiro desafio estava em meus pés, me abaixar em meio a uma fileira seria inconveniente, chamando atenção de maneira desnecessária.
Não consigo negar que o alívio em meus braços me trazia certa satisfação.
Logo chegamos à uma construção provisória, seu semblante artístico em forma de um circo me deixava intrigada.
- Mas que porra é essa? - Digo à mim mesma, ainda confusa.
A parte interior não deixava de ser interessante. Cautelosamente construída com a real intenção de um show circense. Algo que seria agradável de se frequentar em uma situação comum do dia à dia.
Solto uma risada irônica. Ao mesmo tempo, é impressionante a falta de segurança que esse lugar consegue ter.
- Saia! Vão desconfiar de você! - Novamente sussurro à Finn, que obedece, voando para fora da tenda pela entrada principal.
Lentamente me abaixo, ainda olhando para a frente, com a intenção de me desfazer das algemas em minhas pernas. Consigo ouvir o baixo som dos prendedores de cabelo contra o fecho de ferro.
Ao me soltar, não consigo evitar se me assustar com o som do objeto caindo sobre o chão à minha frente, que milagrosamente havia sido abafado por uma melodia circense estridente que se iniciava enquanto as luzes se apagavam.
Olho para meus pés e consigo ver o estrago que o ferro havia causado, feridas sangravam me deixando um pouco agoniada.
Lentamente vou me abaixando, com a intenção de me esconder por de trás dos bancos, engatilhado na direção contrária à porta. Talvez, esses palhaços tenham algo de valor.
Entro em uma sala de fundos, repleta de roupas e maquiagens, grande parte perdurada em diversas araras de madeira.
- Wow, até que é bonito! - Digo para mim mesma.
Um cartaz de procurado com o nome "Buggy, o palhaço!" escrito logo acima do valor de 15 milhões me chamou a atenção.
- Buggy? Que nome merda! - Sorrio.
- Isso foi um pouco pessoal! - Ouço uma voz atrás de mim.
Rapidamente tendo jogar a primeira coisa que encontro sobre a mesa, como reflexo.
- Você invade o MEU camarim, faz chacota do MEU nome e agora pretente lançar coisas contra mim? - Sua voz parecia descrédula.
A única coisa que consigo sentir é um soco direcionado à meu rosto, sem saber nem sequer de onde veio. Caio para trás sem ter onde me apoiar.
- Eu não faço a mínima idéia de quem você é... - Uma fumaça vermelha começa à se espalhar pela sala. - Mas isso aqui, me diz tudo o quê eu preciso saber! - Ele abaixa o decote de minha regata o suficiente para expor claramente a tatuagem que tenho no centro do busto.
Sinto a tortura ficando cada vez mais forte e o peso do meu corpo desaparecendo. Meus olhos começam à fechar sem permissão e tudo que consigo ouvir antes de apagar completamente é uma gargalhada invadindo meus ouvidos.
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Olá, aqui é a Maya!
Quero muito que vocês coloquem suas opiniões no final de cada capítulo, para que eu saíba se vocês estão realmente gostando, estou muito feliz em estar escrevendo uma história novamente!
Enfim, era apenas isso!
Beijos! 💋
- Maya! ♡
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☆ The Drunk Sailor! ☆ [Buggy The Clown].
Fanfiction[Nome] é uma fugitiva da marinha, com tantos mistérios à esconder, tentando uma vida nova e sendo uma pessoa comum. Até que um dia é propositalmente sequestrada pelo Capitão Buggy. Sem sequer ter uma chance de retornar para o lugar onde vivia, ela e...