𝐷𝑜𝑢𝑏𝑙𝑒 𝐹𝑎𝑛𝑡𝑎𝑠𝑦 - 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑂'ℎ𝑎𝑟𝑎

Hora do jantar

Vermelho, ou azul escuro? Essa é a minha dúvida de sempre quando eu vou sair para um encontro. Nunca gostei muito de vestidos pretos, por isso sempre opto por uma cor diferente, principalmente nesse encontro, onde eu irei sair com o homem que eu mais papariquei durante todo esse tempo.

Optei pelo vestido vermelho e um salto 15 de tirinha da cor preta. Deixei meu pescoço à mostra, colocando meu cabelo em um coque frouxo, mas arrumado para parecer elegante. Utilizei jóias da cor dourada, que combinam mais com o meu tom de pele, passei um perfume bem marcante e com meu batom vermelho e um delineado raposa, eu estava pronta para a batalha.

Minha campainha tocou justo quando eu estava colocando meu colar, mas não quis deixar o Miguel esperando, então fui até a porta e quando abri quase caí para trás com aquela enxurrada de gostosura na minha frente.

A enxurrada foi tão intensa que deixou certas partes em mim molhadas.

— Estou atrasado? — Ele estava completamente lindo, com roupas sociais da cor preta e com um lindo e enorme buquê de rosas vermelhas.

— Miguel! — Digo, surpresa. — Meu Deus, não precisava.

Ele as entrega em minha mão, e então eu cedi espaço para que ele entrasse em minha casa, enquanto cheirava as flores.

— Você merece, minha linda. Isso e muito mais. — Com alguns passos ele fica próximo de mim, e toca meu rosto com delicadeza. — Você está impecável.

— Obrigada! Você também está. — Paro para analisá-lo, mas sinceramente só esse corpo faz minha sanidade ir pras alturas. — Você se veste muito bem,Miguel. — Vou até a cozinha procurar um vaso para por minhas flores, e o deixo ali em minha sala.

— Que nada. Hoje eu caprichei porque era pra você. Normalmente, eu uso um jeans e uma henley.

Sorrio.

— Ainda acho melhor do que muitos por aí.

— É porque eu sou melhor do que muitos por aí. — Diz,convencido.

Percebo que sua voz estava muito próxima então olhei para a porta da cozinha, e lá estava ele, escorado no batente da porta.

— Hm… que convencido.

— Ó quem fala. — É a vez dele sorrir. — Zahara Ogura, a dona da auto estima de milhões.

Gargalhei, pois ele estava usando uma das minhas gírias.

— Você? Falando assim? Está me copiando até nisso?

Ele ri, com um charme imensurável, e se aproxima de mim.

— Gosto do seu jeitinho,sabia?

— Só do meu jeitinho?! — sorrio, sentindo o corpo dele colado no meu.

— Não. Gosto de tudo em você.

Seus olhos encaram os meus, e ele abre aquele sorriso que me deixa de pernas bambas. Amo esses caninos afiados, e imagino sempre eles marcados na minha bunda.

Encaro descaradamente sua boca, e como ela está se aproximando da minha, e por um segundo eu cogitei em beijá-lo,mas sei que se fizesse, não pararia ali, e eu estou muito linda para me entregar tão fácil assim, então quando ele estava perto o bastante,eu me separei dele,fazendo seus olhos que estavam brilhando de malícia se fecharem.

— Eu ainda não terminei de me arrumar. — digo, saindo dos seus braços e indo até a sala colocar o vaso com as flores na mesa de centro.

— Não?! — vejo que aquela provocação deu certo. não tinha nem como deixar passar, pois o volume que apareceu em sua calça... Sorrio mentalmente. Eu sei escolher um bom homem. — E o que está faltando.