Capítulo 8

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Emy Cavallare.

Havia passado um mês e meio e eu ainda estava me recuperando, mas com a ajuda de Sebastian estava indo bem. Ele insistia para que eu seguisse todo protocolo de recuperação para não ter nenhum risco de infecção. Sempre falava que não gostava da preocupação dele comigo, mas no fundo confesso que me sentia bem com toda essa preocupação.

— Bom dia. — Ele diz entrando no quarto. — Como passou a noite hoje, sem dores? — Suspirei e concordei positivamente com a cabeça.

— Estou bem, sem dores. — Levantei e fui até a penteadeira. — Já disse para não entrar no meu quarto sem minha permissão. — O vejo fazer sinal de rendição com as mãos.

— Não preciso de permissão para fazer as coisas, eu apenas faço. — Umedeceu os lábios sorrindo de lado.

— Ok. — Passei a mão sobre meu rosto. — Quando irá deixar eu ir embora? — Acompanhei seus movimentos e o vi abrindo a persiana do quarto.

— Você não vai embora, já conversamos sobre isso, não?

— Mas você não é meu dono, já conversamos sobre isso! — Insisti.

— Eu não teria tanta certeza. — Se virou e deu um riso sarcástico.

— Eu te odeio!

Exclamei e tentei sair do quarto, mas ele foi mais rápido e puxou o meu braço para perto do seu corpo.

— Minha garota. — Passou a mão sobre meu rosto com cuidado desenhando os traços do mesmo. — Disse que é para me obedecer, não disse?

— Sebastian... — Tentei falar algo mas ele me calou com um dedo, passando o mesmo sobre meus lábios.

— Me obedeça e podemos desenvolver uma boa relação, o que me diz, hum!?

— Certo, eu entendi. — Olhei pra baixo e baixei minha cabeça.

— Sempre mantenha a cabeça erguida, querida. — Segurou meu queixo beijando minha testa. — Nunca se reprima, por favor.

— Ok, irei tentar. — Senti a respiração dele contra meu rosto e sorri.

— Já disse que amo seu sorriso? Deveria sorrir mais vezes.

— Eu adoro seu carinho. — Sorri com meu rosto encostado ao seu. — Mas por favor, não me trate como se eu precisasse de um tutor, já sou adulta e sei cuidar de mim mesma. — Passei uma mão entre seus cabelos. — Por que me trata como uma criança?

— Tenho dificuldades de aceitar que minha garotinha cresceu e já não precisa mais da minha ajuda.

— Mas eu cresci. — Suas mãos desceram até minha cintura e apertaram a mesma com força mantendo meu corpo perto. — Não sou mais uma garotinha, tem que entender isso.

— O suficiente para... — Mordeu o lábio inferior pensativo, negou com a cabeça.

— Agora fale.

— Não irei falar.

— Covarde. — O olhei.

— Como?

— Covarde, você é um covarde, tem medo de falar algo para uma mulher? — Provoquei.

— Não sou covarde, muito menos tenho medo de você. — Senti meus pelos se arrepiarem quando ele se aproximou do meu ouvido. — Cresceu o suficiente para sentar pra mim como uma boa mulher!? — Mordeu a ponta da minha orelha me arrepiando, fiquei sem reação por um tempo.

— Acho melhor você ir, estou precisando tomar banho. — Me afastei.

— Posso me juntar a você?

Minha boca se abriu, chocada com o que ouvia. Minha pele se arrepiou perante a intimidade e o calor de seus lábios. Um silêncio constrangedor se estabeleceu entre nós: eu não havia entendido a provocação de Sebastian, mas ele parecia ansioso para me levar ao limite.

Eu não sabia o que dizer. Eu não queria aceitar, mas como resistir àquela sensualidade?

Senti seu corpo se aproximando do meu novamente. A minha respiração ficou ofegante.

Sebastian me encarou com aquelas pequenas e encantadoras falas, mas também com um ar sombrio. Percebi que ele estava testando os meus limites e queria ver até onde eu iria me prestar a um papel como esse. Entendi que ele estava debochando de mim, mas eu não tive a coragem de recusar.

Com um sorriso torto na cara, eu me afastei novamente. Mas ele me agarrou pelo braço e me puxou para mais perto ainda.

— Não estou gostando disso.

— Só um pouco, não é mesmo? — Sebastian murmurou no meu ouvido. Eu senti meu corpo se entornar sob as mãos quentes dele, e a minha resistência me abandonou.

Agora ele estava frente a mim, me encarando com um ar insinuante. Meus dedos encontraram a garganta dele, e eu sorri. Sebastian não tinha o direito de fazer com que eu me rendesse tão facilmente, mas eu não tinha mais controle.

— Vem cá. — Eu ouvi ele dizer.

Sebastian me puxou para perto de si, colocando-me em uma posição vulnerável. Sentia seu corpo contra o meu, as mãos dele passavam pelo meu rosto e pelo meu cabelo. Ele falou no meu ouvido.

— Você merece isso, querida.

Eu não consegui dizer nada, fiquei hipnotizada pelo olhar dele. Sentia seu cheiro no meu pescoço, uma sensação estranha, mas gostosa. Meus lábios se abriram automaticamente.

E eu segui seus desejos.

Meu corpo se aproximou do seu, e as nossas mãos se entrelaçaram. Eu estava me rendendo aos seus encantos, e meus dedos brincavam com o seu rosto, beijando-o gentilmente. Sebastian sorriu, e meu corpo tremeu.

— Mmm... Não paro de pensar em você, minha garota. — Ele murmurou.

Sua voz era doce e sensual, e seus lábios pareciam estar pedindo para serem beijados.

Eu estava pronta para seguir seus desejos.

Meus olhos se fecharam, e eu desci lentamente, beijando o seu rosto com a minha boca.

Os meus lábios eram macios, e minha língua explorava cada detalhe da sua pele.

Eu senti o seu corpo se retorcer, e meus olhos se abriram.

Eu estava no paraíso, e queria mais.

— Vou te provar, minha garotinha. — Ouvi Sebastian suspirar, e seu corpo se aproximou do meu de novo. Eu senti minha respiração acelerar, e meu coração batendo forte.

Nosso rosto ficou a uma distância de poucos centímetros, e eu olhei diretamente para os seus olhos sedutores. Seu lábio inferior se abriu para se aproximar mais ainda, e eu me curvei para a frente.

E eu não tive mais controle sobre mim mesma.

Meus lábios se aproximaram lentamente, e eu senti os meus dedos brincando mais com o seu rosto. Minhas mãos apertaram a sua, e o meu coração parecia estar batendo mais forte.

— Beije- me então. — Sussurrei com toda sensualidade que poderia o oferecer.

Só assim, eu poderia aceitar o que ele estava me oferecendo.

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⏰ Última atualização: Sep 14, 2023 ⏰

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