Capítulo 2

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Dois anos depois…

Ally…

Dois anos se passaram depois que Vithor foi embora, a última notícia que eu tive dele e que estava noivo e essa notícia fez com que nossos filhos nascessem prematuros, nossos gêmeos, Katie e Vithor Jr. Nossa filha era linda e tinha os olhos do pai, já nosso filho eu somente podia imaginar como ele era. Ele foi roubado na maternidade, depois de um longo mês vivendo dentro do hospital, meus dois bebês ganharam alta, mas quando fui buscar os dois tive a triste notícia de que meu pequeno bebe fora roubado por umas das enfermeiras.
Até hoje busco informações dele, se está vivo, como está, quando me lembro disso meu coração se parte em um milhão de pedaços e ainda me pergunto se seria diferente se Vithor estivesse conosco. Saio dos meus pensamentos com uma vozinha gritando, era Katie que acordou chorando e novamente chamando pelo pai.

-Katie, meu amor, porque está chorando? Pergunto para a minha pequena que chora sentada no berço.
-Papai. Disse ela esticando os bracinhos para que eu a pegasse.
-Eu sei que quer seu pai meu amor, mas mamãe não tem como trazer ele aqui. Disse embalando ela em meu colo, ela tinha quase um ano e meio, e já havia aprendido a chamar pelo pai.

Desde que nascera, Katie sabia que Vithor era seu pai, eu nunca pensei em esconder isso dela e nunca quis. Por mais irônico que seja, a primeira palavra de minha filha foi "Papa" e não Mamãe. E há algumas noites Katie tem acordado chamando por ele, isso me entristecia, era algo que nem eu, nem Gus conseguimos suprir, a necessidade que ela tinha de ter o pai por perto.
Durante a gravidez abri um restaurante em Porto Alegre e que hoje é considerado um dos mais movimentados da cidade. E não sei se a vida gosta de brincar comigo, mas me apaixonei por Gus, que hoje trabalha comigo e somos namorados.
Coloquei Katie adormecida em seu berço novamente e me deitei em minha cama, admirando a bela aliança que Gus havia me dado um dia antes, na frente de todos, era o pedido oficial de namoro.
Quando acordei pela manhã, vi minha pequena ainda dormindo no berço pela babá eletrônica, fui para o meu guarda roupa e troquei minha roupa por uma mais formal, hoje pela manhã encontraria com meu advogado para saber como estava o processo do hospital. Arrumei tudo o que Katie precisava na bolsa dela e arrumei minha bolsa, como não podia ficar com ela hoje pela manhã a deixaria com Dona Liz que não perdia uma oportunidade de ficar com a neta.
Acordei minha pequena e a levei ainda de pijama para o carro e assim irmos para a casa da avó, Gus morava com a mãe ainda, e isso era motivo de piada para mim. Chegamos e Dona Liz abriu a porta e o cheirinho de café estava delicioso.

-Oi, minha linda. Disse ela pegando Katie do meu colo.
-Bom dia Dona Liz. Disse entrando e fechando a porta.
-Como você está querida? Perguntou ela enquanto íamos para a cozinha.
-Katie acordou chamando por Vithor de novo. Disse quando vi Gus na cozinha.
-Oi amor. Disse ele vindo me dar um beijo.
-Oi. Disse o abraçando, era estranho estar com ele, mas ele me fazia muito bem.
-É tão bom ver vocês juntos. Disse Liz colocando Katie na cadeirinha de alimentação, ela apoiou meu namoro com -Gus depois de ver o quanto eu sofri por Vithor.
-Como minhas meninas passaram a noite? Perguntou Gus sentando ao meu lado na mesa.
-Dormi muito mal, e Katie chamou pelo papai de novo. Disse dando alguns pedaços de morango para Katie.
-Ansiosa com o encontro do advogado hoje? Perguntou Gus segurando minha mão.
-Sim, preciso de respostas, já se passou muito tempo Gus. Disse tomando meu café.
-Eu sei, ah fiz as panquecas prediletas para a minha mocinha favorita. Disse olhando para minha filha que lhe retribuiu com um lindo sorriso.
-Eu pego. Disse me levantando e indo até a bancada onde duas panquecas de ursinho esperavam para serem devoradas por Katie.
-Vai para o restaurante hoje? Perguntou Gus.
-Vou sim, tenho que terminar o cardápio de sobremesas daquele casamento, faltam quinze dias. Disse olhando para ele.
-Ah sim, daquele casamento que a noiva quer tudo com chocolate. Disse Gus rindo.
-Esse mesmo, aquela mulher vai me deixar maluca. Disse tomando mais um pouco de meu café, Gus era responsável pelas entradas e pratos principais, já eu havia me especializado nas sobremesas.
-Eu sei que está sendo muito difícil fechar um cardápio, mas relaxe. Disse ele.
-Gus, eu tento, mas cada coisa que apresento não é o suficiente para ela, sabe que gosto de me organizar cedo, e se continuarmos assim, ela vai decidir o cardápio um dia antes do casamento. Disse olhando para ele.
-Ah meu bem, logo ela decide, e você não tem que fazer algo com frutas vermelhas porque  noivo pediu? Perguntou ele curioso.
-Sim, vou sugerir aos dois um mini bombom de geleia de frutas vermelhas, com uma ganache de chocolate meio amargo junto, e por cima do bombom um detalhe de chantilly. Disse imaginando o prato em minha cabeça.
-Parece delicioso, como você pode ser tão criativa para sobremesas? Perguntou ele sorrindo.
-É um dom. Disse retribuindo o sorriso, mas ele sumiu rapidamente quando escutei uma voz familiar na sala, nesse momento Katie fez uma gracinha com sua panqueca e eu acabei rindo de seu sorriso.

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